quarta-feira, 31 de março de 2010

Semana Santa e o Peixe



A Semana Santa é tradição religiosa do Cristianismo que celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo. A Semana Santa se inicia na celebração da entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, que ocorre do domingo de ramos, e tem seu término com a ressurreição de Jesus Cristo, que ocorre no domingo de Páscoa.

Ficheiro:Rafael - ressureicaocristo01.jpg

Ressureição de Cristo - Raffaelo Sanzio (1449-1502) 

A primeira celebração da Semana Santa foi em 1682 pelos cristãos.

Estamos portanto no meio da Semana Santa, mais precisamente no dia que se encerra a quaresma, período iniciado a 40 dia atrás, na quarta-feira de cinzas. Período em que algumas igrejas, como a católica e a anglicana preparam seus fiéis para a Páscoa, onde estes fiéis são convidados para um período de oração, caridade e penitência, inclusive o jejum.

Talvez daí tenha surgido o apelo em se alimentar de pescado, pois na verdade existe a crença de que não se deve se alimentar de carne vermelha, principalmente na sexta-feira santa, dia da morte do Salvador.

Desta crença o consumo de peixe se acentua no período, o que historicamente se reflete em um período de preços melhores devido a maior procura por pescado. Bom para o pescador artesanal, principalmente os organizados no escoamento de suas produções, Amém!

Fonte: Wikipedia

Pesquisadores do Espírito Santo criam caranguejos em laboratório

Universidade Federal do Espírito Santo realiza a experiência para aumentar a produção de caranguejos nos manguezais (Fonte: Bom Dia Brasil).

Assista ao vídeo

Dessa você ainda não ouviu falar: criação de caranguejo em laboratório. É a última descoberta dos cientistas para aumentar a produção dos manguezais. O Bom Dia foi até a Universidade Federal do Espírito Santo para ver como essa técnica funciona.

Pedido dos mais frequentes nos restaurantes do Espírito Santo, caranguejo é servido como um tira-gosto. Mas antes de chegar à mesa, dá trabalho e sustento a quase 150 pessoas em Vitória. São os catadores, que quase todo dia entram no barquinho a caminho do mangue.

Ele se equilibra nas raízes, afunda na lama. Só encostando o rosto no chão é possível chegar ao fundo da toca e retirar o crustáceo. Nem sempre dá certo. É muito esforço para pouco caranguejo e cada vez menos.

“Antigamente, para tirar dez dúzias de caranguejo não precisa andar uma distância longa. Tinha uma grande diversidade de buracos. Podia escolher sem se esforçar”, lembra Vacildo Lucas, da União de Catadores.

Segundo os catadores, é culpa da pesca predatória, da poluição e dos aterros sobre o mangue. A situação ficou pior depois de 2005. Uma doença causada por um fungo chegou ao estado e matou muitos caranguejos.

Agora, para repovoar o mangue, a ciência quer dar uma ajuda à natureza. Doze fêmeas foram capturadas, cheias de ovos, prontas para soltá-los.

“Na medida que ela vai lavando, vai rompendo a membrana do ovo e as larvas saem no manguezal”, explica o oceanógrafo Luiz Fernando Loureiro.

O laboratório é uma espécie de berçário, que facilita o desenvolvimento do caranguejo. O animal encontra condições até melhores que no mangue. O tempo inteiro há controle de luminosidade, temperatura e uma alimentação super reforçada.

Todo dia, baldes de comida a base de algas e animais minúsculos. Assim a larva do caranguejo vai crescendo. Depois de um mês já dá para ver os pontinhos pretos na água. No microscópio, é possível enxergar o caranguejo já quase formado. Na natureza, do monte de ovos, só um chega a essa fase. No laboratório se espera bem mais.

PM e fiscais do Ibama distribuem 6 toneladas de peixes apreendidos

Peixes estavam em barco que não tinha licença para pesca de arrasto. Pescado foi entregue a moradores do Morro da Providência (Fonte: Portal G1)


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Prefeitura de Florianópolis serve marisco na merenda escolar

Pode chamar de marisco ou de mexilhão, o molusco é um dos alimentos mais antigos...

Uma boa estratégia para:

- Propiciar o acesso do pescado, em qualidade e regularidade a parte da população brasileira as margens da segurança alimentar e nutricional.

- Formar novos consumidores de frutos do mar.

- Nova frente de consumo, novo mercado.

- Valorização do produto e dos produtores (aquicultores e pescadores).

- Esperamos que iniciativas como esta se ampliem pelo país.

- Que o pescado oriundo da pesca artesanal tenha seu espaço também.

PAA  pode ajudar muito neste aspecto, junto ao esforço das prefeituras locais e das entidades de classe da pesca artesanal.

terça-feira, 30 de março de 2010

Pesca predatória - fiscalização

A Polícia Federal em Paranaguá, por meio de seu Núcleo Especial de Polícia Marítima, apreendeu nesta noite, na Ilha dos Currais, litoral do Estado, 2 barcos de uma empresa da cidade de Santos carregados com 10 toneladas de peixes de diversas espécies, além do comandantes das embarcações, que faziam pesca de arrasto a menos de 5 milhas da costa – o que é proibido pela legislação ambiental. 

A ação policial, apoiada pela Força Verde da PM/PR, resultou ainda na imposição de multa, pelo IBAMA, no valor de R$ 220 mil. Os barcos foram conduzidos à  Capitania dos Portos em Paranaguá para retirada da carga de peixes, que será doada pelo IBAMA, em procedimento administrativo próprio, para instituições de caridade. 
Um dos presos é reincidente na prática criminosa, uma vez que em 2001 e em 2005, no litoral do Rio Grande do Sul e de São Paulo, respectivamente, já fora flagrado cometendo o mesmo crime, previsto pelo art. 34 da Lei 9.605/98: “Pescar em período no qual a pesca esteja proibida ou em lugares interditados pela autoridade competente."

Pequenos aquicultores não precisarão de licença

Fonte: Correio do Litoral

O licenciamento ambiental para os produtores de pescado em cativeiro deverá tramitar com mais rapidez e os pequenos produtores ficarão dispensados da burocracia. O MPA e a Associação Brasileira de Entidades de Meio Ambiente (Abema) firmaram acordo de cooperação para simplificar os procedimentos para essas concessões. Pelo acordo, o MPA fará a capacitação de agentes ambientais dos estados de forma a unificar os procedimentos para concessão das licenças em conformidade com a resolução 413 do CONAMA. A resolução prevê a simplificação e uniformização dos métodos de análise dos processos e em certos casos, como o de pequenos empreendimentos, até mesmo a dispensa da licença.

Manguezal - Berço do mar



Mangue de Pedra - Armação dos Búzios - RJ (Foto:Maurício Düppré)

O ecossistema manguezal está associado às margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro de águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da costa. A cobertura vegetal, ao contrário do que acontece nas praias arenosas e nas dunas, instala-se em substratos de vasa de formação recente, de pequena declividade, sob a ação diária das marés de água salgada ou, pelo menos, salobra.

A riqueza biológica dos ecossistemas costeiros faz com que essas áreas sejam consideradas os grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies características desses ambientes, como para peixes e outros animais que migram para as áreas costeiras durante, pelo menos, uma fase do seu ciclo de vida.

Os manguezais em nosso país estão distribuídos no litoral desde o Amapá (latitude 04o 30' N) até Santa Catarina (latitude 28o 30' S).

No Brasil ainda existem cerca de 25.000 Km2 manguezais.

No mundo existem cerca de 162.000 Km2 manguezais.

Fonte: Manguezais do Rio de Janeiro, 2000. Secretaria Municipal de Meio Ambiente.


O que é Pesca Artesanal?



A pesca artesanal é um tipo de pesca caracterizada principalmente pela mão-de-obra familiar, com embarcações de pequeno porte, sua área de atuação está na próximidade da costa e nos rios e lagos e os equipamentos variam de acordo com a espécie a se capturar.

Este conceito tão difundido é atual? Os pescadores que outrora tinham as características acima citadas mas que com o tempo e a necessidade e por conta própria aumentaram suas embarcacões, seus petrechos e se aventuraram em águas mais distantes da costa não são mais pescadores artesanais? O que são?

O que seriam então?

A  LEI Nº 11.959, DE 29 DE JUNHO DE 2009. classifica a pesca artesanal como pesca comercial quando praticada diretamente por pescador profissional, de forma autônoma ou em regime de economia familiar, com meios de produção próprios ou mediante contrato de parceria, desembarcado, podendo utilizar embarcações de pequeno porte.


Na mesma lei as embarcações de pequeno, médio e grande porte são classificadas de acordo com sua arqueação bruta, sendo:


As embarcações que operam na pesca comercial se classificam em:

I – de pequeno porte: quando possui arqueação bruta - AB igual ou menor que 20 (vinte);

II – de médio porte: quando possui arqueação bruta - AB maior que 20 (vinte) e menor que 100 (cem);

III – de grande porte: quando possui arqueação bruta - AB igual ou maior que 100 (cem).


Foto: Desembarque no Gradim, São Gonçalo - RJ (Maurício Düppré, 2005).

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