sexta-feira, 29 de junho de 2012

RJ - Presidente da OAB-RJ afirma que acompanhar​á investigação dos assassinat​os de pescadores


Em ato de apresentação de um manifesto de repúdio aos assassinatos dos pescadores da Associação dos Homens do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, afirmou nesta sexta-feira que a entidade vai acompanhar o inquérito policial e cobrará uma “pronta apuração” do crime. Damous disse que os pescadores mortos lutavam contra "interesses econômicos e predatórios".

- Repudiamos veementemente um acontecimento bárbaro como este. Pescadores que lutavam contra interesses econômicos e predatórios foram assassinados. A OAB não vai permitir que novos crimes venham a acontecer pelo mesmo motivo. Nós exigimos das autoridades da Segurança Pública do Rio de Janeiro a pronta apuração do que aconteceu, em quais circustâncias, quem foram os autores. E vamos cobrar que as medidas seguranças que estão sendo requerida aos outros pescadores sejam prontamente atendidas - afirmou Damous.

Após os assassinatosde João Luiz Telles Penetra, de 40 anos, e Almir Nogueira de Amorim, de 45, na madrugada de sábado, também está sendo avaliada a necessidade de proteção a outros pescadores da Ahomar, com sede em Magé. O Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos é coordenado pela Secretaria estadual de Assistência Social. Das seis pessoas incluídas hoje no programa, o presidente do grupo ambientalista, Alexandre Anderson de Souza, já conta com escolta armada 24 horas por dia.

Os pescadores foram encontrados mortos, com pés e mãos amarrados, na Baía de Guanabara. A Divisão de Homicídios também investiga o caso. O coordernador do programa, Antônio Pedro Soares, disse que está acompanhando as investigações:

— Estamos avaliando a inclusão de outros integrantes do grupo de Alexandre em função dos últimos acontecimentos. Os conflitos podem envolver interesses econômicos de grupos poderosos, e temos todo o interesse numa apuração rápida dos fatos — disse Soares.

Alexandre contou ao GLOBO que vem sofrendo atentados desde 2009, quando a Ahomar começou a liderar movimentos contrários a projetos petrolíferos na Baía de Guanabara. Cercado por homens do 34º BPM (Magé), o pescador comenta que o clima é de medo:

— Tem pescador deixando a profissão e evitando sair à noite pela Baía de Guanabara.

Fonte: O GLOBO

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