segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Troca de pesca por ostra quase triplica renda de famílias no Sergipe



A troca da pesca pelo cultivo de ostras foi a forma que pescadores do povoado do Pontal, nas barrancas do Rio Real, fronteira entre Sergipe e Bahia, encontraram para quase triplicar a renda familiar.

Há nove anos, o cultivo de ostras é realizado na região de estuário, de preservação natural permanente e abriga uma vasta área de mangue.

Os produtores são orientados por técnicos ambientais. O cultivo é feito de forma artesanal para não agredir o meio ambiente.

O molusco é colocado em telas chamadas de travesseiros. Depois, vai para uma espécie de mesa que aparece na maré baixa e some na maré alta.

O ciclo da produção é de oito meses a um ano. O ostreicultor Tarcis Eder de Souza foi o primeiro a apostar na nova atividade como alternativa de trabalho para os pescadores da comunidade.

- Eu fiquei sabendo através do jornal e vim para a comunidade para participar de um cultivo, de uma criação, que é uma visão diferente da pesca artesanal.

Mas antes do sonho se concretizar, foi preciso união. Os moradores que vislumbraram na ostra a possibilidade de ganhar dinheiro tiveram de se organizar.

Para aprender o manejo, buscaram a ajuda no Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Carlos Alberto Santos foi um dos pescadores que acreditaram na ideia e não se arrepende:

- Melhora muito a renda da pessoa. Tem mês que tiro R$ 600, R$ 700. Eu vivia com R$ 250 há uns anos atrás. Consegui fazer minha casinha, comprei meu barquinho. Pra quem não tinha nada...

Atualmente, seis famílias garantem o sustento com a criação de ostras. Foi através do projeto que aprenderam técnicas de produção, controle de qualidade, além da criação de estruturas associativistas para a comercialização do produto.

Por mês, os ostreicultores chegam a produzir três mil unidades do molusco, que já tem destino certo.

Com a liberação da licença ambiental, os trabalhadores poderão fazer empréstimos em bancos para investir ainda mais no projeto.

Fonte: R7

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