terça-feira, 21 de setembro de 2010

Índios do Xingu recebem apoio da Embrapa

Os índios das 14 etnias que habitam o Parque Indígena do Xingu, situado ao norte de Mato Grosso, vão receber o reforço de técnicos da Embrapa, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Ministério da Pesca e Aquicultura para aumentar a quantidade de peixe na região, que está cada vez mais escasso.

Caciques de diferentes tribos visitaram a Embrapa nesta sexta-feira (17) para buscar apoio e ajuda das instituições. “Viemos aqui buscar ajuda para aumentar a quantidade de peixes nos nossos rios. De cinco anos para cá reduziu muito o número de peixes. Sabemos que isso é por causa do aumento da população e da construção de hidrelétricas nas regiões próximas ao Xingu. O rio começou a ficar raso”, explicou o cacique Aritana. Segundo ele, a questão também é cultural, uma vez que os indígenas realizam muitas festas com mais de dois mil índios, em que são oferecidos muitos peixes. Logo, a falta deles está prejudicando a realização das festas.

Para o presidente da Embrapa, Pedro Arraes, é de extrema importância atender ao pedido dos povos indígenas. “O peixe é um dos alimentos tradicionais dos índios, então não vamos medir esforços para ajudá-los e ensiná-los como fazer para aumentar essa quantidade de peixes. E para isso temos o mais recente centro de pesquisa, a Embrapa Pesca e Aquicultura para auxiliá-los no que for possível”, comentou.

Durante a reunião foi formada uma comissão com profissionais da Embrapa, Mapa, Ministério da Pesca e Aquicultura e Funai para atuarem na região. No primeiro momento ficou acertada a ida da comissão até o Parque Indígena Xingu, ainda na segunda semana de outubro, para fazer um diagnóstico de como está a situação. “A ideia é fazer um primeiro levantamento para verificar quais são as espécies que existem lá, os fatores que estão levando a diminuição da quantidade de peixes, para depois levarmos a laboratório e estudarmos a melhor solução para esse problema”, explicou o chefe da Embrapa Pesca e Aquicultura, Carlos Magno.

A expectativa é de que o cronograma de atividades e metas a serem atingidas seja elaborado ainda em setembro.

Fonte: Embrapa

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