sábado, 7 de maio de 2011

Dois Brasileiros no Everglades: Parte 05 - Broad River x Rodgers River Bay



Dia 04: http://cardumebrasil.blogspot.com/2011/04/dois-brasileiros-no-everglades-parte-04.html


Foto: Broad River


LEMBRANÇAS DO DIA 05 - 17/02/2011 - Broad River x Rodgers River


Fizemos nosso café reforçado como de praxe (melão, salada de frutas com leite e granola, café, etc..) e ainda espalhados no pier (dock) quando uma lancha com 4 pescadores vindo da foz do rio chegaram ao campsite o que nos obrigou a sair do pier (algo que não conseguiamos fazer desde que chegamos ao local na tarde de ontem) e desocupar o locar de embarque e desembarque retirando toda as nossas tralhas.

Arrumamos tudo e aguardamos a melhor hora de partida que seria no retorno da maré que ainda vazava vigorosamente e tivemos a paciência de esperar para subir o rio junto com a maré.

Logo cedo eu havia perdido o cadarço do capuz de meu casaco por tanto ter puxado o mesmo no desespero de deixar o menor espaço possível para as investidas dos mosquitos durante a noite. Na estado de sono que estava não percebi que puxei sempre de um lado só do capuz o que com o tempo o cadarço saiu inteiro e acabou caindo do pier direto na água do rio que descia rápida com a baixa da maré.

Quando o meu cadarço que horas antes havia caído no rio apareceu em sentido inverso, já estávamos prontos com tudo arrumado e amarrado, dentro da canoa começando a remada e subindo com a maré. Recolhemos o cadarço e começamos a remada exatamente às 12h.

Subir o rio junto com a maré foi tranquilo, remando firme atingiamos uma excelente velocidade e iamos subindo serpenteando o largo e sinuoso rio sempre buscando as bordas que estavam protegidas pelo vento que era forte e contrário a nossa direção.

Já estavamos subindo o rio na companhia de golfinhos a uma hora quando enfim encontramos nosso atalho (shortcut) atalho que garimpamos ao examinar as imagens de satélite do Google Earth 2 dias antes de começar a jornada e pelas imagens parecia que não tinha nenhuma obstrução. Tomara pois ganharemos tempo, encurtaremos o caminho pela metade, não daremos uma volta imensa no rio, fugiremos do vento contra e ainda desfrutaremos de um caminho por dentro da mata.


Foto: Bora?

Será que é este local mesmo? Ao longo de uma hora de remada passamos por várias entradas. Mas ai era confiar nas imagens de satélite e mapas que tinhamos e no bom senso do navegador. Será que tem profundidade pra remar?Depararemos com crocodilos? Cobras? Árvores caídas? Só saberemos se formos nessa!


Foto: Atalho

Entramos e depois de um pequeno início de atenção redobrada fomos relaxando naquele caminho estreito e fomos remando bonito junto com a corrente que era forte e sem nenhuma obstrução apesar de passarmos sempre rente a margem, as vezes por entre galhos baixos e caídos e sem saber o que nos esperava na próxima curva.


O cenário e as ótimas condições de remada nos proporcionaram uma dos melhores momentos da jornada, parecia um parque de diversão e assim foi num trecho cada vez mais estreito até que voltou a se alargar até sairmos do atalho (batizado por nós de Haddock Lobo Shortcut em homenagem ao nosso Rio de Janeiro e sua avevida tijucana e ao pier (dock) que foi nosso local de dormida na última noite.

Até o momento não deparamos com crocodilos e a impressão que nos deu é a de que este trecho ainda sob forte influência marinha possui mata com muita vegetação de mangue e muito densa sem beiras de rio ou canal para a crocodilagem ficar parada.

Depois do Haddock Lobo shortcut a Rodgers Bay se abriu e fomos a deriva e levados pelo vento que agora soprava a nosso favor enquanto faziamos um lanche celebrando a bela remada que tivemos.


Foto: Saíndo do atalho, chegando a Rodgers River Bay

Após o lanche bastaram 30min de remada para depararmos com nosso local de dormida, um paraíso em forma de palafita (chickee) chamado Rodgers River Bay Chickee. O primeiro chickee da viagem. Que luxo! Sem areia, lama, ratos, racoons, sem precisar tirar tudo nem a canoa da água... paraíso!


Foto: Chickee a vista!

Um pouco antes de chegarmos ao chickee havia acabado de chegar um grupo de 5 pescadores amadores em duas lanchas e que ocupariam a outra metade do campsite. Se bem que eles tinham tanta tralha que tiveram que ocupara até parte de nossa metade. Tudo bem sem problema! Vocês levarão nosso lixo amanhã... thanks!


Foto: Compare a quantidade de tralha (eles são 5 e estão em 2 lanchas)

Chegamos de moral alta, após uma noite mal dormida, tomamos banho de balde, arrumamos as coisas e preparamos uma arroz com feijão com linguiça.


Foto: Arroz, feijão e vinho!

Comemos muito acompanhados por duas garrafas de vinho californiano e assim que o sol se pôs e a lua nasceu apagamos sem barraca mesmo (que só foi armada após acordarmos após o primeiro sono) para tiramos o atraso do sono e nos prepararmos para o dia seguinte que será (pelo menos no planejado) o dia mais longo (13 milhas).


Foto: Lua nascendo em Rodgers River Bay


Imagem: Resumo do dia - percusso encurtado pelo atalho.

Dia 6: http://cardumebrasil.blogspot.com/2011/05/dois-brasileiros-no-everglades-parte-06.html

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