Barco pesqueiro é atingido por navio petroleiro no litoral de Pernambuco - O Globo
RECIFE - Uma pescaria quase acabou em um grave acidente no mar, em Pernambuco. Três pescadores estavam a 50 quilômetros da costa pernambucana quando foram surpreendidos por um navio petroleiro. O susto foi no fim da manhã do último domingo. Por pouco o barco Rocha Eterna não afundou. Os pescadores, que são do bairro de Brasília Teimosa, em Recife, contaram que a embarcação foi atingida por um navio petroleiro em alto mar.
FOLHA DE PERNAMBUCO (PE) • 13/4/2010
Eles estavam a 41,6 quilômetros da costa e há seis dias no mar. O acidente, que aconteceu por volta das 10h, quase destruiu o barco, mas ninguém ficou ferido. A embarcação não chegou a afundar, no entanto, o pescado e alguns objetos dos profissionais foram perdidos.
Para voltar à costa, o barco precisou ser rebocado.
JORNAL DO COMMERCIO (PE) • 13/4/2010
Pescadores vivem drama após acidente em alto-mar
O pescador Luciano Luiz de Sousa, 30 anos, precisou pedir ajuda a um conhecido para achar as palavras e poder descrever o drama que viveu em alto-mar. O pequeno barco que ele usava para trabalhar, batizado de Rocha Eterna, ficou destruído após ser atingido, no último domingo, por um navio que passava pela mesma região, distante 41 quilômetros da costa pernambucana. O acidente aconteceu por volta das 10h. A ajuda veio apenas às 11h, quando tripulantes de um outro pesqueiro viram Luciano e seus dois ajudantes, Paulo Henrique Félix da Silva, 37, e Rivaldo Tavares dos Santos Neto, 23, agarrados ao que restava do Rocha Eterna.Os restos da embarcação não voltaram para a Colônia Z4, em Olinda, no Grande Recife, de onde saiu inteira, domingo. Estão em Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, de onde havia partido o Ferreira, embarcação que salvou os pescadores. A madeira sofreu vários danos e não resta mais nada da cabine que reunia os equipamentos para navegação, entre eles, GPS, radar e rádio. Um outro barco do mesmo porte está avaliado em cerca de R$ 25 mil, um custo alto para três pescadores que, agora, não têm mais como trabalhar.
Luciano, Paulo Henrique e Rivaldo afirmam que prestaram queixa à Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE) na tarde do domingo. Em nota oficial, o órgão confirmou o recebimento da denúncia e disse que abriu inquérito para apurar o acidente. O documento afirma que ainda não há maiores informações sobre o navio que atingiu o barco de Luciano, Paulo Henrique e Rivaldo.
Um dia após o acidente, a principal pergunta relativa ao caso continua sem resposta. Por que os tripulantes do navio não utilizaram o rádio para se comunicar com o barco de pesca? O procedimento é considerado padrão na Marinha, mas os pescadores dizem que não obtiveram resposta ao tentar entrar em contato com o navio tanto antes quanto depois da colisão.
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