O primeiro episódio do Globo Mar acompanhou um atuneiro, embarcação de grande porte que pesca bonito com isca-viva (sardinha), durante uma semana. O programa mostra a rotina desses homens do mar, que passam semanas embarcados.
Segundo o programa, o atuneiro registrado (Skyper II) só retornará para a terra firme depois que conseguirem, pelo menos, 20 toneladas de peixe – o peso mínimo que garante o pagamento das despesas da viagem. Só depois deste montante é que começa a vir o ganho da pescaria, divididos de modo hierárquico entre a tripulação e o armador de acordo com sua função e posto, em um sistema de partilha que a princípio parece complicada.
Outra questão interessante mostrada no programa é sobre a localização da área de pesca, os pesqueiros, em que esta frota atua: a Bacia de Campos, onde dividem espaço com as plataformas de produção de petróleo e gás, que ao longo dos anos se transformaram em atratores artificiais da fauna marinha oceânica.
Nesta mesma região outras frotas pesqueiras atuam, inclusive de embarcações de menor escala de produção, os artesanais, na pesca com espinhel, linha, etc.
O programa cumpre seu papel informativo trazendo para o brasileiro uma realidade que a maioria desconhece: a dura vida de quem vive da pesca. Mas, vendo a rotina a bordo de uma embarcação desta envergadura você consegue ter uma ideia da rotina a bordo de uma embarcação menor? Tipo 12 metros de comprimento, casario mais acanhado, tripulação de 4 a 6 homens, toda de madeira, menor recurso tecnológico, mas que também atua na região? Agora imagina com o mar grosso?
Há de se ter respeito e reconhecer a valentia destes homens do mar, os bravos pescadores brasileiros!
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