O comércio de pescado é o maior negócio global entre todas as proteínas animais no mundo, superando as grandes commodities animais: carnes bovina, suína e de aves. De acordo com o Rabobank, só em 2014 foram movimentados mais de US$ 140 bilhões em compras e vendas de pescado. E o mais impressionante: essa quantia dobrou nos últimos cinco anos.
“A indústria é muito diversa e oferece uma ampla gama de produtos. Tanto a indústria quanto o fluxo de comércio devem permanecer em constante fluxo”, diz relatório do banco a que a Seafood Brasil teve acesso. A instituição avalia ainda que a indústria aquícola em ascensão, especialmente de peixes brancos, está se tornando cada vez mais importante para o fluxo comercial de pescado, particularmente da Ásia para o Ocidente.
Na opinião do Rabobank, a aquicultura, uma enorme indústria de reprocessamento e um aumento da afluência de consumidores domésticos são as razões principais pelas quais a China é, de longe, o maior player mundial no mercado de pescado. E isso só deve crescer. “Esperamos que a China aumente cada vez mais a importação de produtos de alto valor agregado no futuro, enquanto sua indústria vai se concentrar mais na demanda doméstica, gradualmente estabilizando sua balança comercial altamente positiva”, diz o relatório.
Consumo x exportação
Os maiores mercados consumidores de pescado são a União Europeia, Estados Unidos e Japão. Entretanto, a China, como o maior exportador e quarta região que mais importa pescado no mundo, tem papel fundamental na análise do consumo, diz o Rabobank. Como se nota no mapa, o volume de comércio do Peru para a China sublinha a quantidade de pequenos peixes pelágicos capturados para o uso em ração para a aquicultura chinesa.
De qualquer forma, os Estados Unidos seguem na liderança da importação, com US$ 26 bilhões em 2013, enquanto a União Europeia respondeu por US$ 19 bilhões nos dados de 2013 analisados pelo Rabobank. O Brasil aparece no ranking, ocupando a 10º posição.
A Noruega e, novamente, a China, lideram as vendas. O país asiático comercializou o equivalente a US$ 20 bilhões em 2013, o dobro dos nórdicos, que ocupam a segunda posição na lista dos maiores exportadores mundiais.
Fonte: Seafood Brasil e Rabobank
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