quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
PAN Manguezal - Definidas as espécies
Definidas as espécies de importância socioeconômica que serão alvo do Plano de Ação Nacional de Conservação dos Manguezais, o PAN Manguezal. A decisão foi tomada durante reunião realizada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade e Populações Tradicionais (CNPT) com representantes de povos e comunidades tradicionais.
O evento realizado na sede do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos, em Itamaracá, em Pernambuco, reuniu cerca de 20 representantes de povos e comunidades tradicionais que vivem em áreas estratégicas de manguezais na Região Nordeste e no Espírito Santo.
“Com a reunião fechamos um ciclo importantíssimo, identificando espécies prioritárias para a segurança alimentar, geração de renda e usos tradicionais de diversos povos que utilizam as áreas de manguezais brasileiras”, afirma a coordenadora do centro, Katia Barros. Durante a reunião foram selecionadas 17 espécies de importância socioeconômica, identificadas as principais ameaças enfrentadas por elas e pelo ecossistema manguezal e selecionados os representantes de povos e comunidades tradicionais que irão participar das Oficinas Regionais de Planejamento do PAN Manguezal em 2013.
São as seguintes as espécies: Ostra do mangue, Camarão-branco, Camarão-rosa, camarão-sete-barbas, sururu de manta ou de pasta, sururu de dedo ou bico-de-ouro, Guaiamúm ou caranguejo terrestre, Parati, Tainha, Carapeba-branca ou caratinga, Carapeba-prateada, Robalo-peba ou camorim corcunda, Robalo-flexa, Mangue-preto, Mangue vermelho, Mangue- negro ou Siriba, Maçunim ou Berbigão.
Fonte: Ambiente Brasil
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Justiça determina ampliação do embargo à maricultura na Grande Florianópolis
A Justiça Federal determinou à Fatma que amplie para toda região da Grande Florianópolis o embargo que até então compreendia apenas a área onde ocorreu o vazamento de óleo tóxico na subestação desativada da Celesc no sul da Ilha.
A decisão inclui a Capital e os municípios de Palhoça, São José, Biguaçu e Governador Celso Ramos. A medida deve vigorar até que seja feito um diagnóstico preciso sobre a contaminação do local e os impactos. A retirada do óleo tóxico que deveria ser feita pela Celesc na sexta-feira passada foi adiada.
Fonte: RICTV
MPF/RJ realiza audiência pública para debater impacto ambiental das obras do Porto do Açu
O Ministério Público Federal em Campos dos Goytacazes (RJ) realizará audiência pública na segunda quinzena de março para discutir os danos ambientais relacionadas às obras do Complexo Portuário do Açu, no município de São João da Barra, no Norte Fluminense. A audiência pública foi convocada pelo procurador da República em Campos dos Goytacazes, Eduardo Santos de Oliveira, em local e data ainda a serem divulgados.
A Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) Darcy Ribeiro elaborou um parecer técnico alertando sobre o aumento da salinidade na localidade do Açu, que evidências indicam ser resultado da intervenção ambiental ocorrida a partir de obras realizadas pelo grupo EBX/LLX para instalação do Complexo Portuário. Em dezembro de 2012, o MPF em Campos instaurou inquérito para apurar a salinização do canal do Quitingute, em São João da Barra. O processo de concentração progressiva de sais estaria ocorrendo por causa do aterro feito com areia retirada do mar, objetivando elevar a área para erguer o Distrito Industrial do Açu.
O MPF expediu ofício ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e ao Grupo EBX/LLX para que informem as medidas adotas em relação às informações contidas nos pareceres técnicos emitidos pela UENF no prazo de dez dias.
Fonte: Eco Agência
domingo, 27 de janeiro de 2013
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Brasília - Comissão de Meio Ambiente aprova legalização de acordos comunitários de pesca
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou a legalização dos acordos comunitários de pesca formalmente reconhecidos pelos órgãos ambientais federais e estaduais, em todo o País. A proposta, votada no dia 7 de novembro, está prevista no Projeto de Lei 2191/11. O texto é de autoria do deputado Miriquinho Batista (PT-PA).
O relator na comissão, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), defendeu a aprovação da proposta. Ele destacou a importância de “reforçar os fundamentos legais dos acordos comunitários de pesca, acordos esses que são essenciais para assegurar a conservação e o uso sustentável dos estoques pesqueiros amazônicos, dos quais dependem centenas de milhares de pessoas”.
A comissão aprovou uma complementação de voto do relator determinando que o reconhecimento dos acordos de pesca seja feito mediante avaliação e aprovação pelo Comitê Permanente de Gestão correspondente ou, na falta deste, por aprovação dos ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada ainda pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:
PL-2191/2011
Fonte: Câmara dos Deputados
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Maricultura é liberada na Grande Florianópolis
Entidades ambientais, juntamente com os representantes do Ministério Público Federal (MPF), dos maricultores, da União e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) assinaram um acordo sobre a maricultura no estado.
O documento foi divulgado nesta terça-feira (22) pela Justiça Federal. Ele havia sido homologado na segunda (21) durante audiência de reconciliação entre as partes envolvidas na ação civil pública que resultou no embargo à maricultura no Sul da Ilha de Santa Catarina.
Saiba mais:
- Justiça decide por manter embargo à maricultura apenas no Sul da Ilha
- Ibama multa Celesc em R$ 50 milhões por vazamento de óleo
- Juiz designa audiência de conciliação sobre embargo à maricultura em SC
Entre as seis propostas assinadas está a construção de um banco de dados para tornar disponíveis informações técnicas relacionadas a cada área de cultivo, como a localização, cadastro dos maricultores e dados do monitoramento. Também foi concordado que, até o final de 2014, deverá estar concluída uma realocação de cultivos para novas áreas, ficando proibida a exploração dos lugares antes ocupados.
A Federação das Empresas de Aquicultura e a Associação Catarinense de Aquicultura ficarão encarregadas de fiscalizar a retirada de todo o material relacionado aos antigo cultivos. Caberá à Fundação do Meio Ambiente emitir um laudo que ateste a recuperação ambiental da área.
Vazamento ocorreu na Tapera, no Sul da Ilha (Foto: Naim Campos/ RBS TV)
Outra proposta determina que informações de todos os processos de licenciamento, cessão e licitação das atividades de maricultura sejam disponibilizadas na página na internet de cada entidade envolvida. A quarta proposição delibera que nenhuma área aquícola seja licitada fora dos limites dos parques aquícolas que já obtiveram pareceres favoráveis das autoridades ambientais.
A quinta, que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) seja previamente consultado quanto às Unidades de Conservação Federal. A última, que as entidades públicas competentes envolvidas no licenciamento se comprometem a buscar alternativas para a inclusão de exames sobre metais pesados e produtos orgânicos persistentes no atual sistema de monitoramento e possuem um prazo de 60 dias para informar a viabilidade técnica e financeira da demanda.
Na mesma audiência de reconciliação, a Justiça Federal decidiu por revogar a decisão do embargo à maricultura na Grande Florianópolis e determinou que a proibição seja efetuada apenas em parte do Sul da Ilha. A determinação da paralisação temporária das atividades da maricultura na área foi motivada pelo vazamento de 12 mil litros de óleo ocorrido no bairro Tapera.
Fonte: G1
Marcadores:
Ambiente,
Aquicultura,
ICMBio,
Licenciamento Ambiental,
Maricultura,
Ministério Público,
Poluição,
Santa Catarina,
Unidade de Conservação,
Vazamento
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
O caviar verde
O umibudo _ cuja tradução é uva do mar _ é uma iguaria da culinária japonesa ainda pouco conhecida no exterior, mas muito valorizada nas mesas orientais. Também chamado de "caviar verde", o umibudo é uma alga com sabor bem suave, mais delicado que o já globalizado nori. Em Tóquio, esse tipo de alga é mais comum nos restaurantes especializados em comida de Okinawa, ilha ao Sul do Japão. Mas se encontrá-lo em algum cardápio, pode pedir sem medo. É gostoso, faz bem e não engorda. Os japoneses comem umibudo com sashimi ou puro, com um pouco de shoyo, como uma entrada. Chefs ocidentais, atentos para tudo o que sai da cozinha japonesa, já andam usando o "caviar verde" como um toque final, para enfeitar os pratos.
Fonte: Ela Blogs
Fonte: Ela Blogs
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
CE - Pescadores de lagosta querem suspensão da atividade por 18 meses
A razão é queda nos estoques do crustáceo no litoral cearense, causada pela pesca ilegal. Período seria necessário para a recuperação
Pescadores e entidades ligadas à pesca da lagosta reivindicam a suspensão da atividade por 18 meses. A proposta causa é o impacto da pesca ilegal, que diminui estoque do crustáceo em alto-mar. O intervalo permitiria a recuperação do estoque.
A “moratória” da pesca da lagosta, como está sendo chamada, iria permitir que os barcos retornassem ao mar apenas no final do primeiro semestre de 2014. De acordo com René Schärer, presidente da ONG Terramar e um dos responsáveis pela mobilização, o prazo iria ajudar na reposição dos estoques marítimos e, até mesmo, na valorização da lagosta, que, atualmente, é comercializada, em média, por menos de R$20 pelo pescador.
“Houve um consenso que as medidas normais de fiscalização não estão funcionando e que precisava uma medida radical: fechar a pesca, durante 18 meses seguidos, fechando também a comercialização e exportação. Se não, os barcos ilegais continuariam a abastecer o mercado e nada mudaria”, explica René. Em virtude da dificuldade de encontrar lagosta no mar, no ano passado, muitos barcos suspenderam a pesca, antes do mês de outubro, considerado a época de término da captura.
Segundo René, há 16 anos, os barcos lagosteiros da Prainha do Canto Verde, no litoral Leste, chegavam a capturar até 2000 quilos de cauda do crustáceo por ano, o que dava uma renda média de R$10 mil anuais para os pescadores. Em 2012, a pesca da lagosta rendeu apenas um total de 900 quilos.
Seguro-defeso
Ainda de acordo com René, a reivindicação é para que, durante a “moratória”, os pescadores recebam o seguro-defeso de um salário mínimo, que já é pago pelo período de seis meses enquanto vigora o defeso da lagosta, que vai de dezembro ao final de maio. “Também vamos pedir compensação para os donos das jangadas, que não pescam e que não têm direito ao seguro defeso”.
No comparativo do ano passado com 2011, a queda na venda do produto para o exterior chegou a 42% em termos de valor exportado, com apenas US$ 29 milhões comercializados, o pior desempenho dos últimos sete anos. O Ceará é o maior exportador de lagosta do País, com participação de quase 60%.
Por quê ?
Os baixos estoques de lagosta em alto-mar e a pesca ilegal motivaram pescadores a reivindicar a suspensão da atividade por 18 meses. Em 2012, a exportação de lagosta teve queda de 42%.
Saiba mais
Pedido está em análise
De acordo com Henrique Almeida, diretor de Planejamento e Ordenamento da Pesca Artesanal do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o órgão já foi notificado em relação ao pedido de “moratória” da pesca da lagosta.
Conforme Almeida, o assunto foi abordado na última reunião do Comitê Permanente de Gestão da Pesca da Lagosta (CGPL), realizada nos dias 9 e 10 deste mês. Segundo ele, caberá ao Subcomitê Científico da Lagosta dar um posicionamento em relação à demanda.
“Não há o que se falar inicialmente sem análise previa do Subcomitê cientifico em parar a pesca da lagosta”, diz o diretor do MPA.
Fonte: O POVO
SC - Maricultores esperam revogar a suspensão da atividade
Semana passada, motivado por um vazamento de óleo, o Ministério Público Federal suspendeu a produção na Grande Florianópolis
Desde a última quarta-feira (16/1), por uma determinação do Ministério Público Federal, estão suspensas todas as atividades ligadas à prática da maricultura na Grande Florianópolis (SC). O embargo afeta os os municípios de Palhoça, São José, Biguaçu e Governador Celso Ramos, principais áreas produtoras do Estado, que concentra 95% da produção brasileira de moluscos sobretudo ostras, mexilhões e vieiras.
A liminar foi motivada por uma ação civil pública que questiona a o órgão estadual Fatma (Fundação do Meio Ambiente), responsável pelo licenciamento ambiental da atividade. De acordo com o texto da ação, a suspensão imediata exige que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais renováveis) passe a fazer o Estudo de Impacto Ambiental (EIA). O órgão federal seria o mais apropriado para avaliar as consequências de uma atividade que cresce ano após ano.
A ação já tinha sido indeferida em outubro do ano passado por falta de provas. Neste ano, um vazamento de óleo de uma estação abandonada da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina), no sul da Ilha de Santa Catarina, motivou novo pedido de suspensão. “Venho recebendo denúncias das comunidades desde 2009 relatando irregularidades na maricultura”, afirma o promotor da República Eduardo Barragan, que atua na área de crimes ambientais no Estado. “Quando tomei conhecimento do derramamento de óleo, juntei mais informações para reiterar. O novo juiz decidiu então conceder a suspensão do licenciamento feito pela Fatma e determinar o início do procedimento tocado pelo Ibama”, explica o procurador.
De acordo com a imprensa local, foram derramados 12 mil litros de um óleo. O vazamento teria comprometido 730 hectares de mar “A maricultura pode ter sido contaminada”, alerta o procurador. Hoje, a região abriga 28 fazendas marinhas que produzem 2200 toneladas de ostras, o que equivale a mais de 96% da produção do molusco no estado, segundo dados de 2011 do Cedap-SC (Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca).
Maricultores
Para André Luis Novaes, especialista em regularização de cultivo de maricultura e engenheiro agrônomo do Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), a medida é extremada e não se justifica. “Fizeram uma série de afirmações sem embasamento científico. A situação entre os produtores está caótica, nós, técnicos, sabemos que um relatório de impactos do Ibama não se faz de uma hora para outra, vai prejudicar a safra”, afirma. Novaes destaca o peso que a medida infligirá na vida dos produtores que atuam na região embargada, acima de tudo porque se trata de cultivos familiares. “São 500 famílias, para cada família mais 10 empregados. Qual será o prejuízo deles? Qual será o prejuízo dos restaurantes e dos exportadores?”, questiona. De acordo com o Cedap, em 2011 a atividade movimentou mais de 43 milhões de reais no estado. Os maricultores “ainda estão em estado de choque”, conforme descreve Vinicius Ramos, produtor de moluscos há 11 anos. “Nos reunimos todos os dias procurando formas de reverter a situação. A liminar, além de não deixar vender, não nos deixa nem trabalhar. A produção está na água mas não podemos mexer”, informa. “Estamos apavorados e assustados”.
Proprietário de uma fazenda marinha em Ribeirão da Ilha, bairro afetado pelo vazamento de óleo, Vinicius não sabe o que esperar do futuro. “Existe a possibilidade de extinção da profissão, porque o estudo leva anos. Se ficarmos sem trabalhar todo esse tempo, a profissão está acabada, tudo que está na água vai ser perdido”, lamenta. Ele tem oito funcionários com carteira assinada, e 38 clientes pararam de ser atendidos em uma região que reúne mais de 180 produtores. “Estamos apostando todas as fichas para derrubar esta liminar. Cada hora que passa o negócio fica pior”, diz Vinicius.
Na sexta-feira (19/1), a Associação Catarinense de Aquicultura e a Federação das Empresas de Aquicultura disse que ia entrar com uma petição junto à Justiça Federal para ser incluída na ação. A Secretaria de Agricultura e Pesca do Estado também já tinha anunciado que iria recorrer da decisão.
Impactos
A ação civil pública diz que o cultivo de moluscos contribui para a eliminação de espécies animais da região, além de causar problemas ao trânsito aquaviário e à pesca artesanal. Além disso, segundo a denúncia, a atividade causa poluição visual pelos aparatos utilizados na produção e os excrementos dos moluscos têm assoreado as praias, transformando o fundo, antes arenoso e límpido, em matéria lodosa e fétida.
A presidente da Sociedade Amigos da Barra do Sul (bairro que fica no sul da Ilha), Maristela Daros, principal relatora das denúncias feitas pelas comunidades locais ao procurador, diz que os moradores estão preocupados com o assoreamento. “Não somos contrários à criação, nossa preocupação é o crescimento desenfreado, desordenado e sem controle”, afirma.
Segundo o engenheiro químico e ambientalista focado em sustentabilidade, Pedro Springmann, a falta de um estudo aprofundado pode comprometer a integridade futura do negócio. “O estudo simplificado pode ser feito em atividades pouco impactantes, como era a maricultura no princípio. Mas estamos falando de milhões de ostras”, diz. Estima-se que as ostras liberem 2 gramas de excrementos por dia. O relatório do Cedap de 2011 informou que foram produzidas mais de 2 milhões de ostras no período em todo o estado.
Springmann defende que, apesar dos riscos causados ao ambiente pelo cultivo de moluscos, a liminar causará um impacto profundo entre os produtores, e põe em cheque sua eficácia. “Não sei se a decisão de parar tudo até fazer o estudo é a mais acertada. De repente impedir que o cultivo cresça no ritmo que vem crescendo seja melhor que travar toda a cadeia produtiva”, especula.
Fonte: Globo Rural
Marcadores:
Ambiente,
Aquicultores,
Derramamento Óleo,
Estudo,
Ibama,
Impactos,
Licenciamento Ambiental,
Maricultura,
Mexilhão,
Ministério Público,
MPA,
Ostra,
Santa Catarina,
Vieira
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
ONG do Japão vai dar formação a pescadores e peixeiras da Praia, em Cabo Verde
A “Overseas Fishery Cooperation Foundation”, uma organização não-governamental japonesa, vai financiar ações de formação para melhorar as condições de trabalho dos cerca de 600 pescadores e 400 peixeiras que frequentam o cais de pesca da Praia, informou o diário digital A Semana.
“O projeto financiado pela fundação japonesa visa melhorar e proporcionar mais valor e qualidade aos produtos da pesca, aumentar a competitividade e o rendimento dos pescadores e peixeiras”, disse José Maria Santos, diretor do porto de pesca.
José Maria Santos disse ainda que depois de 31 de Março haverá melhores condições de higiene e apresentação do pescado no cais de pesca da Praia, a capital de Cabo Verde.
De acordo com aquele responsável, a ONG, além das ações de formação, vai entregar aos pescadores e peixeiras equipamentos avaliados em quase 17 mil contos cabo-verdianos.
Todos os dias há mais de 1200 pessoas que circulam pelo cais de pesca no porto da Praia, entre elas pescadores, peixeiras, funcionários, clientes e outros, onde atracam dezenas de embarcações, entre semi-industriais e artesanais, que descarregam até 5 toneladas de peixe. O cais de pesca do porto da Praia foi construído em 1992 com a ajuda de um financiamento da cooperação japonesa.
Fonte: Macau Hub
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
As boas e más marés da vida dos pescadores em Angola
A extensa costa angolana e os inúmeros recursos hídricos onde abunda a
fauna piscícola fazem da pesca um importante recurso para o sustento de
muitas famílias.
Profissão nobre, em Angola como em qualquer parte do mundo, ser pescador implica correr riscos, a maioria dos quais relacionados com a adversidade dos elementos: temporais, calemas, ciclones.
Quase todos os dias, os nossos pescadores artesanais partem nas suas chatas, sem equipamento adequado ou aparelhos de orientação, para lançar as redes ao mar, esperançados numa boa faina.
O Jornal de Angola conversou com alguns destes valorosos homens do mar, no bairro do Lobito Velho, sobre o dia-a-dia dos pescadores artesanais, para se inteirar das vicissitudes que enfrentam para pôr o peixe em terra, sabendo que muitos deles perecem nessa dura profissão.
A partida para o mar alto é feita, em geral, ao fim da tarde, para lá chegarem já noite cerrada. Sem pregar olho, ali pernoitam, expostos às adversidades e no desejo que nada de mal perturbe o trabalho, uma vez que a surgir algum imprevisto não têm modo de pedir ajuda.
Após chegarem do mar, o que acontece entre as 5h00 e as 7h00, fazem as vendas, verificam os lucros que obtiveram e repartem-nos entre os membros da equipa. Depois, cada um segue o seu caminho, na certeza do reencontro nesse mesmo dia ao fim da tarde, para mais uma jornada.
Durante o período em que estão em terra, reparam as redes quando estão esburacadas, ou preparam a isca e as linhas, se efectuam a pesca com anzóis. O resto da manhã é ocupado a resolver os problemas do lar, entre os quais a compra de alimentos ou de outros géneros necessários.
Após um breve descanso, há que verificar se está tudo em ordem para o “embarque”, conviver um pouco com os parentes e amigos, até que chega a hora da partida. Sob o olhar de familiares e conhecidos, as embarcações afastam-se no mar.
Fonte: Jornal de Angola
Profissão nobre, em Angola como em qualquer parte do mundo, ser pescador implica correr riscos, a maioria dos quais relacionados com a adversidade dos elementos: temporais, calemas, ciclones.
Quase todos os dias, os nossos pescadores artesanais partem nas suas chatas, sem equipamento adequado ou aparelhos de orientação, para lançar as redes ao mar, esperançados numa boa faina.
O Jornal de Angola conversou com alguns destes valorosos homens do mar, no bairro do Lobito Velho, sobre o dia-a-dia dos pescadores artesanais, para se inteirar das vicissitudes que enfrentam para pôr o peixe em terra, sabendo que muitos deles perecem nessa dura profissão.
A partida para o mar alto é feita, em geral, ao fim da tarde, para lá chegarem já noite cerrada. Sem pregar olho, ali pernoitam, expostos às adversidades e no desejo que nada de mal perturbe o trabalho, uma vez que a surgir algum imprevisto não têm modo de pedir ajuda.
Após chegarem do mar, o que acontece entre as 5h00 e as 7h00, fazem as vendas, verificam os lucros que obtiveram e repartem-nos entre os membros da equipa. Depois, cada um segue o seu caminho, na certeza do reencontro nesse mesmo dia ao fim da tarde, para mais uma jornada.
Durante o período em que estão em terra, reparam as redes quando estão esburacadas, ou preparam a isca e as linhas, se efectuam a pesca com anzóis. O resto da manhã é ocupado a resolver os problemas do lar, entre os quais a compra de alimentos ou de outros géneros necessários.
Após um breve descanso, há que verificar se está tudo em ordem para o “embarque”, conviver um pouco com os parentes e amigos, até que chega a hora da partida. Sob o olhar de familiares e conhecidos, as embarcações afastam-se no mar.
Fonte: Jornal de Angola
domingo, 6 de janeiro de 2013
sábado, 5 de janeiro de 2013
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Unidade de perfuração encalha no Alasca
Um navio de perfuração de grande porte, pertencente à companhia de petróleo Shell, encalhou na costa do Alasca depois de perder o rumo sob uma tempestade, declararam o governo e funcionários da empresa.
Na tarde de segunda-feira, o Kulluk rompeu um de seus cabos de reboque e foi levado, em poucas horas, até as rochas que rodeiam a ilha Kodiak, onde bateu por volta das 9h, no horário local, disseram autoridades.
A tripulação de 18 membros foi evacuada pela guarda costeira na noite de sábado, por causa dos riscos da tempestade ainda em curso.
Não foi detectado derramamento de óleo e não há relatos de danos, mas o Kulluk tinha quase 600 mil litros de combustível a bordo, disse o comandante da guarda costeira Shane Montoya, líder da equipe de resgate.
Com ventos alcançando 96 quilometros por hora e um mar, no Golfo do Alaska, com ondas de até 12 metros, a equipe de resgate não foi capaz de evitar o encalhe, disse Montoya em entrevista coletiva na noite de segunda-feira, em Anchorage. "Estamos agora na fase de resgate e de reação a um possível vazamento de óleo".
O encalhe do Kulluk, uma embarcação cônica de quase 28 mil toneladas, projetada para perfuração no Ártico, é um duro golpe para o programa offshore da Shell no Alaska, orçado em 4,5 bilhões de dólares (cerca de R$9 bilhões). O plano da empresa em converter a área em uma nova e importante fronteira petrolífera alarmou ambientalistas e nativos do Alasca, mas entusiasmou os simpatizantes da indústria.
Ambientalistas e nativos adversários do plano dizem que o programa de perfuração ameaça uma região frágil, que já está sendo atingida por rápida mudança climática.
"A Shell e seus contratados não são páreo para o clima do Alasca e as condições do mar, seja durante as operações de perfuração ou durante a navegação", disse por email Lois Epstein, diretor do programa do Ártico para a Wilderness Society. "A custosa experiência da Shell com perfuração no Oceano Ártico precisa ser interrompida pelo governo federal ou pela própria Shell, dados os riscos inaceitavelmente altos que ela representa para os seres humanos e ao meio ambiente".
Os problemas do Kulluk começaram na sexta-feira, quando o navio de reboque da Shell, que navegava para o sul, sofreu uma falha mecânica e rompeu a conexão com o navio de perfuração. Esse navio, o Aivik, foi reconectado ao Kulluk na manhã de segunda-feira, ao mesmo tempo em que outro rebocador era enviado para o local pelo operador do Sistema de Oleodutos Trans Alaska. Mas o Aivik perdeu novamente a conexão com o Kulluk na tarde de segunda-feira, e sobrou à tripulação do rebocador tentar apenas guiar o navio de perfuração para uma posição em que, se encalhasse, “teria o mínimo de impacto no meio ambiente", disse Montoya.
Empresa nega riscos
A Shell usou o Kulluk em setembro e outubro para trabalhos de prospecção no mar de Beaufort. Quando os problemas começaram, ele estava sendo levado para Seattle, onde ficaria durante o período fora de estação.
Susan Childs, líder do grupo de emergências da Shell, sugeriu que um vazamento advindo do navio de quantidade de óleo significativa era improvável. "O projeto único do Kulluk inclui tanques de diesel isolados no centro da embarcação, envoltos em aço pesado", disse ela.
A Shell espera que o tempo melhore para começar uma avaliação completa do navio, disse ela. "Esperamos recuperar o Kulluk com danos mínimos ou nenhum dano para o meio ambiente".
O Kulluk foi construído em 1983 e havia planos para transformá-lo em sucata até que a Shell o comprou em 2005. Desde então, a empresa gastou 292 milhões de dólares (cerca de R$320 milhões) para reformar o navio.
A empreitada da Shell no Ártico tem sido atormentada por problemas. Em dezembro, um segundo navio de prospecção, o Discoverer, foi brevemente detido pela guarda costeira, em Seward, Alasca, devido a preocupações com segurança. Uma barcaça de contenção de óleo, obrigatória por lei, a Arctic Challenger, demorou meses para atender às exigências de navegabilidade da guarda costeira, e um acidente com outro navio causou danos a uma peça de equipamento crítica para conter vazamentos de poços de petróleo.
*Esse texto é uma tradução do original publicado no Guardian através da parceria de ((o))eco com a Guardian Environment Network. Tradução de Eduardo Pegurier
FONTE: O ECO
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Campos - Conselho Municipal de Políticas Agropecuárias e Pesqueiras
Reativado no dia 18/12, o Conselho Municipal de Políticas Agropecuárias e Pesqueiras do município de Campos dos Goytacazes, deve avaliar e aprovar o estatuto do conselho, a eleição de presidente e vice-presidente, além de definição de membros do conselho na próxima reunião, marcada para o dia oito de janeiro, na sede do Sindicato Rural, no bairro Pecuária, às 14h. A entidade está sendo reestruturada com a participação das associações de agricultores, pescadores, cooperativas, universidades, Emater-Rio e Pesagro-Rio.
O secretário municipal de Agricultura, Eduardo Alves, disse que o conselho é muito importante na definição de políticas públicas para a agropecuária e para a pesca. Ele destacou também que a entidade ajuda a unir forças com as instituições e programas que trabalham com pesquisa e extensão.
“Campos é parceira do Programa Rio Rural, porque precisamos pensar em boas condições de cidadania para a população do campo – e isso inclui as questões ambientais, econômicas e sociais, como propõe o próprio projeto”, disse o secretário municipal.
Atual vice-presidente do conselho, o engenheiro agrônomo Luiz Carlos Teixeira Guimarães, da Emater-Rio, ajudou a orientar a pauta de discussões. Os encontros vão acontecer uma vez por mês, de forma itinerante, nas sedes das instituições que têm membros no conselho.
Fonte: O DIÁRIO
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Búzios - Ordem no Cais do Centro
Estiveram reunidos na ACEB – Associação Comercial e Empresarial de Búzios, no começo da tarde de sexta-feira (21), representantes do Turismo Náutico da Cidade e o futuro secretário de Turismo, José Marcio, para dar continuidade às propostas que farão valer o TAC – Termo de Ajuste de Conduta, que vêm sendo discutido desde o final das eleições municipais, visando principalmente o ordenamento do Cais público, no Centro, a partir de 1º de Janeiro.
Associação de Táxis Marítimos, Associação dos Pescadores do Centro, Colônia Z-23, Associação dos Guias de Turismo, Associação das Agências de Viagem e proprietários de Agências de Turismo encaminharam ao futuro secretário propostas com as reivindicações de cada segmento, depois de discutirem em plenária uma a uma. – É preciso retirar os vendedores ilegais do Cais do Centro. Esperamos que a nova prefeitura faça valer a Lei 11.771, do Ministério do Turismo, já temos até um projeto para organizar as atividades dos pescadores e das traineiras naquele local – disse o pescador Jean.
– Manter contato permanente com a prefeitura é primordial para os guias de turismo de Búzios. Ao contrário do que foi publicado no Peru Molhado, os grupos de turistas que geram bagunça são exatamente os que não têm guias. Esses é que não param nos lugares determinados. Pedimos a nova prefeitura que fiscalize a atuação das agências para que contratem somente guias credenciados. Somos um dos principais receptivos do setor. – reivindicou Jaqueline, guia de Turismo e representante da Aguitab.
Roberto Guionni, engenheiro e proprietário da Agência de Turismo Babylon, acredita que todas as sugestões levantadas para o ordenamento são válidas, mas que o principal problema do Pier do Centro atualmente é a sua estrutura, que precisa ser revista com urgência. – Vejo que o problema maior é a estrutura física do píer. Ele não foi projetado para suportar o peso que sustenta na alta temporada, com o fluxo das escunas, dos navios, dos turistas e vendedores. Se continuar como está, pode acontecer uma tragédia – avaliou.
- A ampliação do píer deve ser feita já. Do jeito que está é muito inseguro. A própria Capitania dos Portos já está ciente disso. O píer está fora do Parque dos Corais e não vejo problemas que impeçam a obra. A ampliação resolveria o problema das traineiras, das escunas e dos navios. É preciso fiscalizar também as bananas boat, que ficam na frente dos quiosques e restaurantes das praias. Outro problema grave é o esgoto lançado na praia do Canto, ao lado do píer – argumentou Amarildo, presidente da Colônia dos pescadores Z-23.
O futuro secretário de Turismo, José Marcio, que já foi presidente da ACEB, afirma conhecer bem o lado empresarial de Búzios e as suas demandas, do comércio e das pessoas envolvidas no Turismo da Cidade, e diz estar disposto a conciliar as duas vertentes, objetivando uma parceria entre governo municipal e iniciativa privada. – Temos que buscar este equilíbrio para podermos trabalhar juntos, porque a Cidade vive do Turismo e se não conseguirmos a união dessas forças, nós, de fato, não seremos uma cidade turística com organização e profissionalismo.
- Hoje estamos recebendo as propostas do setor náutico e conhecendo melhor as entidades, ouvindo suas sugestões e deficiências, enfim, colhendo as informações necessárias para formular o TAC e depois dessa reunião passar para todos que aqui estão a posição do prefeito André Granado, que pretende fazer esse trabalho agora, emergencialmente para o verão, junto ao MP.
Em relação à desordem que se instalou no Cais do Centro, José Marcio foi taxativo: - A intenção do Dr. André é de organizar e ordenar os vários setores da Cidade, a começar pelo Pier do Centro, fazendo as mudanças necessárias. Como pessoas que vêm da iniciativa privada, com experiência em gestão, o que não nos falta é experiência administrativa.
Fonte: Primeira Hora
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Assinar:
Postagens (Atom)
As postagens mais populares da última semana:
-
Ao visitar o amigo Airton "Maluf" pescador artesanal de São Francisco de Itabapoana, em Gargaú, uma das principais comunidades pe...
-
As fotos do "monstro do mar" estampam o novo quadro de informações na entrada da Colonia de Pescadores Z-03 de Macaé - RJ, um en...
-
Pela segunda vez comi sem saber que peixe era e me dei mal, pois de tão bom comi demais e aí o efeito colateral é muito desagradável! Já ...
-
As quase 400 canoas artesanais registradas em Camocim, aptas à pescaria de até 20 milhas, desconhecem a existência da tal "cris...
-
Curiosa onda de encalhe de cachalotes no litoral do Ceará e Piauí, 3 ocorrências em menos de 1 mês! Antes já havia sido descrito outro e...
-
Fauna Acompanhante Farol de São Tomé, Campos dos Goytacazes- RJ por Mauricio Düppré
-
Portaria publicada ontem no Diário Oficial da União estabelece as condições para a liberação da pesca das espécies Mycteroperca interstitial...
-
Com a chegada da frente fria e a aproximação de um ciclone extratropical no Oceano Atlântico, as ondas aumentaram e destruíram completame...
-
Pescadores e marisqueiras vão trocar experiências com chef de cozinha do RJ e com lideranças comunitárias para valorizar a pesca artesanal e...