O presidente da Z-1, Ilário Borges, diz acreditar que esta não será uma grande safra, mas poderá ser boa. "Hoje a preocupação é que a água não salgou na região de São Lourenço. A água está salgada só até a Z-3 (Pelotas). A região tem em torno de 4,5 mil pescadores artesanais. Se houver camarão só nesta área, podemos ter uma safra curta", explica Borges. O período estabelecido para a safra se estende até o final de maio. Conforme ele, pescadores dizem que tem camarão no estuário na área do Rio Grande, mas ainda não se sabe em que proporção.
Para o presidente da Z-2, Carlos Alberto Simões, este é um início de safra com dúvidas sobre a ocorrência do crustáceo no estuário. A dúvida se deve ao fato de a água não ter salgado em toda a lagoa. "O camarão se criou da Barra até Pelotas", observou. No restante, a água está doce. "Foram quatro meses com pouca chuva e mesmo assim a água não está salgada", salientou Simões. Na sua opinião, esta situação deve ter origem no aumento dos Molhes da Barra que, conforme ele, diminui a entrada da água do mar no estuário. Simões acha que vai ter crustáceo no estuário, porém entende que não dá para ter uma previsão de que esta será uma safra boa.
O preço a ser pago pelo quilo do crustáceo ao pescador é outro fator que preocupa Ilário Borges. "Não se sabe com que preço a safra vai começar. Tem que ser de R$ 3 para cima, pois a despesa para a captura é grande", salientou.
Fiscalização
O chefe do Escritório Regional do Ibama, Luiz Louzada, lembra que a captura do crustáceo está liberada, mas que o único petrecho permitido para a atividade é a rede de aviãozinho. As redes de prancha, berimbau, coca e qualquer outro tipo de arrasto continuam proibidas no estuário. O tamanho da malha também tem que ser observado. O mínimo é de 12 milímetros. O Ibama e o Pelotão Ambiental da Brigada Militar estarão fazendo a fiscalização.
Quanto à documentação exigida, Luiz Louzada informou que o pescador que ainda não retirou a licença deste ano pode usar o protocolo do pedido e a licença do ano passado.
Por Carmem Ziebell
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Fonte: Jornal Agora
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