Para fechar 2013 com uma ótima notícia, que renova as esperanças por justiça as comunidades tradicionais!
Abraços a todos e feliz 2014!
Com a conquista do Termo de Autorização de Uso Sustentável (TAUS), o Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) ensaia importantes passos para o reconhecimento do território pesqueiro em Pedras de Maria da Cruz, localizada no estado de Minas Gerais.
Ontem, 19 de dezembro, a Comunidade pesqueira Caraíbas, representada pelos pescadores Hermes Batista Pinheiro e João Batista Antônio da Silva, recebeu da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), um Termo de Autorização de Uso Sustentável (TAUS) em favor da Associação dos Vazanteiros e Pescadores Artesanais da Ilha da Capivara e Caraíbas. A associação é formada por 30 famílias residentes às margens direita do Rio São Francisco e nas Ilhas da Capivara, do Balaieiro e do Coruja no município de Pedras de Maria da Cruz, norte de Minas Gerais.
O termo garante aos vazanteiros e pescadores o uso para moradia, pesca e agricultura sustentável de uma área de 2.043,45 hectares. As terras constituem patrimônio da União, já que constituída por terrenos marginais ao rio São Francisco.
Histórico de Resistência Comunidade Caraíbas
À margem direita do rio São Francisco, em Pedras de Maria da Cruz, sempre viveram comunidades pesqueiras tradicionais compostas por uma vasta diversidade cultural. Documentos da comunidade pesqueira Caraíbas confirmam sua presença neste território antes de 1909. A partir de 1970, passou a ter a posse do território ameaçado pelos latifundiários. Com o argumento de que haviam comprado aquelas terras, fazendeiros passaram a praticar violência contra essas famílias no intuito de afastá-las do local. Muitas dessas se refugiaram nas redondezas da região e outras permanecem em seus locais de origem, resistindo até os dias de hoje.
O cercamento e proibição de uso da estrada que liga diversas comunidades à zona urbana do município e queimadas de barracas de pescadores são alguns dos prejuízos ocasionados por esse esbulho.
No dia 18 de maio de 2013, as famílias organizadas como Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP) retomaram parte de seu território. E no dia 04 de Outubro de 2013, a comunidade derruba a liminar de reintegração de posse dada pelo juiz da Vara agrária Estadual, em favor da Fazenda Pedras de São João.
Comunidades Pesqueiras empoderam-se no processo de afirmação e reconhecimento identitário
Norma Valêncio (2010) afirma que o Rio São Francisco está no centro de disputas territoriais, estando seus povos em constante ameaça, dentre esses, os pescadores artesanais, os quais “não podem ser explicados sem o rio onde seguem encadeando as características ecossistêmicas próprias do lugar – ritmos das águas, comportamento das espécies - com o seu fazer social”. Diz que “há uma produção social da inexistência da pesca artesanal no Velho Chico”, ações estratégicas deflagram a desterritorialização dos pescadores artesanais.
Para o Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), a conquista do TAUS foi um importante passo no empoderamento das Comunidades Pesqueiras do Rio e do mar que se encontram em Campanha Nacional pela Regularização do Território das Comunidades Tradicionais Pesqueiras.
Juntamente com a resistência das Comunidades ao longo de mais de 30 anos de esbulho do seu território, reconhece-se a importante parceria de toda a equipe da SPU/MG, Ministério Público Federal, Centro de Apoio de Conflitos Agrários/ MP-MG, Defensoria Pública da União e outros parceiros.
Certamente, as famílias da Comunidade Caraíbas e todas as pessoas envolvidas no processo tem uma boa motivação para celebrar o Natal.
Fonte: Campanha Nacional pela Regularização do Território das Comunidades Tradicionais Pesqueiras
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
BA - INEMA divulga nota sobre o acidente com o navio Golden Miller
Nota INEMA (27/12/13):
O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Inema informa que, nos dias 19 e 20 de dezembro de 2013, realizou coleta de amostras da água do mar na região circunvizinha ao Porto de Aratu. A ação teve como finalidade verificar a extensão da contaminação por óleo decorrente do acidente em operação de carregamento no navio Golden Miller, quando ancorado no referido porto.
Em todos os pontos monitorados no dia 19 foram encontrados concentração de Hidrocarbonetos – TPH (parâmetro utilizado nas avaliações ambientais, quando se pretende verificar contaminações provenientes de vazamentos de óleo combustível e outros) sendo que o ponto com a maior concentração (370 mg/l) situava-se na entrada do canal de acesso a baía de Aratu em frente ao terminal; e o de menor concentração (menos de 1/10 do valor maior – 21,7 mg/l) na região da Ilha de Maré na localidade conhecida como Praia das Neves.
Os resultados indicaram que as maiores concentrações do produto derramado estavam situadas na área próxima ao Porto e o canal de Cotegipe, constatação esperada, considerando o padrão de circulação da água na área.
Em nova coleta realizada no dia 20/12, nos quatros pontos mais críticos observados na coleta anterior (dia 19), não foi mais detectada contaminação por Hidrocarbonetos – TPH (abaixo do limite de quantificação do método).
O Inema continua monitorando a limpeza da área. Vale salientar também que até o momento não foi constatado mortandade de animais.
20/12/13 - Inema se reúne com comunidade em Ilha de Maré
Em todos os pontos monitorados no dia 19 foram encontrados concentração de Hidrocarbonetos – TPH (parâmetro utilizado nas avaliações ambientais, quando se pretende verificar contaminações provenientes de vazamentos de óleo combustível e outros) sendo que o ponto com a maior concentração (370 mg/l) situava-se na entrada do canal de acesso a baía de Aratu em frente ao terminal; e o de menor concentração (menos de 1/10 do valor maior – 21,7 mg/l) na região da Ilha de Maré na localidade conhecida como Praia das Neves.
Os resultados indicaram que as maiores concentrações do produto derramado estavam situadas na área próxima ao Porto e o canal de Cotegipe, constatação esperada, considerando o padrão de circulação da água na área.
Em nova coleta realizada no dia 20/12, nos quatros pontos mais críticos observados na coleta anterior (dia 19), não foi mais detectada contaminação por Hidrocarbonetos – TPH (abaixo do limite de quantificação do método).
O Inema continua monitorando a limpeza da área. Vale salientar também que até o momento não foi constatado mortandade de animais.
Fonte: INEMA
Imagem: A Tarde
Para saber mais:
19/12/13 - Óleo vazado de navio chega à Ilha de Maré
20/12/13 - Manifesto do MPP sobre explosão de navio no Porto de Aratu
20/12/13 - Manifesto do MPP sobre explosão de navio no Porto de Aratu
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Teste de rampa para pescadores de Ponta Negra falha
A Prefeitura de Natal terá que encontrar outra solução para as embarcações dos pescadores de Ponta Negra. O Município, que tem colocado pedras ao longo da praia para proteger a estrutura do calçadão do avanço do mar, chegou a construir uma rampa de madeira para permitir o acesso das embarcações até a rua, onde elas deverão ficar ancoradas após a conclusão da obra. A estratégia, no entanto, não deu certo.
Os pescadores fizeram um teste na manhã de hoje, acompanhados pela promotora de Meio Ambiente do Ministério Público do Rio Grande do Norte, Gilka da Mata, e mostraram que é "impossível" atravessar o corredor de pedras com as embarcações, mesmo usando a rampa construída pela Prefeitura, e chegar até a rua.
O casco da jangada usada no teste rachou antes mesmo de concluir o percurso. "Desse jeito, ela não pode nem ir para o mar, porque vai entrar água", disse um dos pescadores que acompanhava a ação. O prejuízo foi avaliado em R$ 2 mil pelo dono da embarcação, Edilson Nascimento, e será pago pelo Município.
Segundo ele, o conserto levará até dez dias para ser concluído. "Ficarei sem pescar nesse período", lamentou. Por dia, um pescador chega a apurar até R$ 200, em Ponta Negra.
A promotora Gilka da Mata flagrou o fracasso da iniciativa e convocou uma audiência pública para a próxima quinta-feira (26) para discutir o assunto, na Vila de Ponta Negra.
A Prefeitura, afirmou a promotora, terá que apresentar uma nova alternativa para o problema. Um vídeo gravado durante a inspenção do MP será encaminhado para Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura para subsidiar a decisão. O secretário-adjunto de Obras, Caio Pascoal, acompanhou a ação e admitiu o fracasso da iniciativa. Segundo ele, ainda é cedo para dizer que solução será adotada. "Há uma solução para tudo", disse.
A Prefeitura, segundo ele, conseguiu recursos para dar continuidade à obra do 'enrocamento'. O dinheiro (a quantia não foi revelada) foi incluído na dotação orçamentária e já está garantido. O aporte de mais recursos, segundo ele, é necessário, porque a obra passou por alterações.
Falta de diálogo
Segundo a promotora de Meio Ambiente, Gilka da Mata, o Município errou ao não ouvir os pescadores antes de iniciar a obra. A promotora explicou ainda que, em casos como esse, o patrimônio histórico e cultural - como o modo de vida dos pescadores - deve ser preservado. "Não sou eu que estou dizendo isso. Há uma lei federal que determina".
Enquanto a obra não é concluída, os pescadores ancoram suas embarcações na área onde as pedras ainda não foram colocadas, entre o Morro do Careca e o calçadão de Ponta Negra. Lugar que ocupam há decadas. Segundo o projeto original, as embarcações deveriam sair dali para dar lugar às pedras. A ideia causou descontentamento entre os pescadores.
Sustento
Cerca de 40 famílias vivem da pesca, em Ponta Negra. São famílias como a de Gilberto Cardoso, 54 anos, pescador desde criança. O homem que nasceu em Ponta Negra e nunca teve outro ofício que não o de pescador e sustenta a mulher e seus dois filhos com o dinheiro da venda do pescado. "A questão é que a pesca vai acabar. Não conseguiremos descer com nossas embarcações, se nada for feito. Não sou contra obra. Quero só espaço para deixar minha embarcação. Vamos lutar até o fim para manter o nosso local", disse. Todos os pescadores, segundo ele, estão sendo afetados.
Os pescadores fizeram um teste na manhã de hoje, acompanhados pela promotora de Meio Ambiente do Ministério Público do Rio Grande do Norte, Gilka da Mata, e mostraram que é "impossível" atravessar o corredor de pedras com as embarcações, mesmo usando a rampa construída pela Prefeitura, e chegar até a rua.
O casco da jangada usada no teste rachou antes mesmo de concluir o percurso. "Desse jeito, ela não pode nem ir para o mar, porque vai entrar água", disse um dos pescadores que acompanhava a ação. O prejuízo foi avaliado em R$ 2 mil pelo dono da embarcação, Edilson Nascimento, e será pago pelo Município.
Segundo ele, o conserto levará até dez dias para ser concluído. "Ficarei sem pescar nesse período", lamentou. Por dia, um pescador chega a apurar até R$ 200, em Ponta Negra.
A promotora Gilka da Mata flagrou o fracasso da iniciativa e convocou uma audiência pública para a próxima quinta-feira (26) para discutir o assunto, na Vila de Ponta Negra.
A Prefeitura, afirmou a promotora, terá que apresentar uma nova alternativa para o problema. Um vídeo gravado durante a inspenção do MP será encaminhado para Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura para subsidiar a decisão. O secretário-adjunto de Obras, Caio Pascoal, acompanhou a ação e admitiu o fracasso da iniciativa. Segundo ele, ainda é cedo para dizer que solução será adotada. "Há uma solução para tudo", disse.
A Prefeitura, segundo ele, conseguiu recursos para dar continuidade à obra do 'enrocamento'. O dinheiro (a quantia não foi revelada) foi incluído na dotação orçamentária e já está garantido. O aporte de mais recursos, segundo ele, é necessário, porque a obra passou por alterações.
Falta de diálogo
Segundo a promotora de Meio Ambiente, Gilka da Mata, o Município errou ao não ouvir os pescadores antes de iniciar a obra. A promotora explicou ainda que, em casos como esse, o patrimônio histórico e cultural - como o modo de vida dos pescadores - deve ser preservado. "Não sou eu que estou dizendo isso. Há uma lei federal que determina".
Enquanto a obra não é concluída, os pescadores ancoram suas embarcações na área onde as pedras ainda não foram colocadas, entre o Morro do Careca e o calçadão de Ponta Negra. Lugar que ocupam há decadas. Segundo o projeto original, as embarcações deveriam sair dali para dar lugar às pedras. A ideia causou descontentamento entre os pescadores.
Sustento
Cerca de 40 famílias vivem da pesca, em Ponta Negra. São famílias como a de Gilberto Cardoso, 54 anos, pescador desde criança. O homem que nasceu em Ponta Negra e nunca teve outro ofício que não o de pescador e sustenta a mulher e seus dois filhos com o dinheiro da venda do pescado. "A questão é que a pesca vai acabar. Não conseguiremos descer com nossas embarcações, se nada for feito. Não sou contra obra. Quero só espaço para deixar minha embarcação. Vamos lutar até o fim para manter o nosso local", disse. Todos os pescadores, segundo ele, estão sendo afetados.
Fonte: Tribuna do Norte
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Pescadores de Barra do Itabapoana resgatados em alto mar
Mais um naufrágio, está parecendo rotina: ano passado a tripulação de outra embarcação de Barra de Itabapoana, o Marimanda, não tiveram a mesma sorte.
Na data do ocorrido, quis o destino que eu estivesse em Barra e pude presenciar o clima no lugar que era de tristeza e preocupação com os seguidos casos de naufrágio envolvendo as embarcações locais.
O que posso aqui relatar também foi o bom trabalho e a comunicação da Colônia de Pescadores Z-19 (Farol de São Tomé) e o Núcleo de Barra da Colônia Z-01, na pessoa de Nurievi, que buscou imediatamente confortar os familiares e dar o apoio necessário.
Notícia:
Onda gigante afundou a embarcação
Os pescadores estavam no mar há oito dias e contaram que por volta das 19h de quinta-feira (19/12), ocorreu uma tempestade e uma onda gigante afundou a embarcação. Os cinco homens, sendo três deles irmãos, passaram a noite inteira agarrados a casaria do barco, a única parte que ficou de fora.
Imagem: destroços do barco utilizados pelos sobreviventes
Segundo o pescador Fábio Rangel, que tem 23 anos de profissão, ele e mais dois pescadores de Farol de São Tomé, estavam navegando quando se depararam com os cinco homens desesperados, por volta das 11h desta sexta-feira (20/12). Os três pescadores de Farol resgataram os cinco de Barra e fizeram contato com o Corpo de Bombeiros Militar, que imediatamente enviou uma equipe de mergulhadores e equipes médicas para o Terminal Pesqueiro de Farol, um helicóptero também foi acionado, mas não foi necessária a utilização da aeronave, pois o barco conseguiu chegar a praia antes.
Inicialmente, os bombeiros foram informados que havia um resgatado em estado grave, mas a informação não se confirmou. Os cinco pescadores tiveram apenas escoriações. Eles foram atendidos no Terminal Pesqueiro pelas equipes do Corpo de Bombeiros e encaminhados ao Hospital Ferreira Machado, em Campos.
Os pescadores do barco que naufragou foram identificados como Jeferson Douglas L. Silva, Gilvan Cordeiro Alves e os irmãos Leonardo Ribeiro Fontão, Altamir Ribeiro Fontão e Rosivaldo da Silva Fontão.
Fonte: Blog do Paulo Noel
Fotos: Uruau e Emily Maitan
sábado, 21 de dezembro de 2013
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
ES - Justiça determina que Jurong indenize 200 famílias de pescadores
A Justiça do Espírito Santo determinou que o estaleiro Jurong indenize mais de 200 famílias de pescadores da Barra do Sahy e Barra do Riacho, em Aracruz, região Norte do estado. Segundo a Associação de Pescadores, a construção do estaleiro está prejudicando a pesca na região. A Jurong informou nesta segunda-feira (2) que já foi notificada e vai recorrer da decisão.
Segundo a Justiça, o estaleiro Jurong terá que indenizar cada pescador com um salário mínimo por mês. “Nossa perda é muito maior do que isso”, defendeu o presidente da Associação de Pescadores, Vicente Buteri.
De acordo com o presidente da Associação de Pescadores, Vicente Buteri, a empresa entrou na área pesqueira. “Aqui era uma comunidade pesqueira e hoje é uma comunidade industrial. As indústrias estão entrando na área pesqueira e evitando que os pescadores peguem seus peixes. A indenização é o mínimo que pode ser feito”, disse Buteri.
Segundo Vicente Buteri, antes da construção do estaleiro, 600 kg de peixes eram pescados por dia, mas atualmente esta não é a realidade dos trabalhadores. O estaleiro Jurong disse que cumpre todas as normas estabelecidas pelos órgãos ambientais.
O primeiro navio construído no Espírito Santo vai ficar pronto em junho de 2015. As obras da fábrica de navios na Barra do Sahy começaram em dezembro de 2012 e vão gerar mais de 6 mil empregos diretos com a construção e finalização do primeiro estaleiro capixaba.
Fonte: G1
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Instituto faz teste em espuma do mar de Angra dos Reis
Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), fazem hoje (2) nova vistoria para descobrir a origem da espuma que se acumula nas praias da região entre Angra dos Reis e Paraty, na costa verde fluminense.
Dessa vez, a análise será feita na captação de água e no descarte de efluentes das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, pertencentes à Eletrobras/Eletronuclear, que ficam próximas aos locais onde a espuma apareceu, há cerca de dois meses.
"Vamos fazer essa análise nas usinas para termos uma comparação entre essas amostras, apenas com o intuito de confirmar os primeiros exames", disse a presidenta do Inea, Marilene Ramos.
Os primeiros testes com amostras da espuma foram feitos na semana passada e os resultados mostraram que a composição é orgânica e não apresenta risco ao meio ambiente.
Segundo o superintendente regional do INEA, Júlio Avelar, a análise não detectou a presença de surfactantes – que são substâncias como detergente e sabão – que poderiam ser provenientes de atividades industriais. A substância encontrada, em sua maior parte, foi de microalgas que, por ação dos ventos e turbulência no mar, causam a espuma.
O presidente da colônia de pescadores de Angra dos Reis, Alexandre de Castro, se queixou que até o momento nenhuma autoridade se reuniu com os pescadores para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido.
"A espuma é muito densa, e os peixes não circulam nos locais onde ela está concentrada. A renda dos pescadores aqui da região depende única e exclusivamente da pesca, e nós estamos sendo muito prejudicados. Esperamos uma explicação ou justificativa, para entendermos o que está ocorrendo", contou.
A Eletrobrás/Eletronuclear informou em nota publicada em seu site que o fenômeno não tem qualquer relação com as atividades da empresa e que o mesmo fenômeno ocorreu em Mooloolaba, na Costa Leste da Austrália, e em Aberdeen, no Norte da Escócia.
De acordo com a empresa, os estudos do Inea constataram que "se trata de um feito natural, que ocorre praticamente todos os anos também na costa brasileira e que, neste ano, alcançou grandes proporções devido às condições oceanográficas e meteorológicas".
Dessa vez, a análise será feita na captação de água e no descarte de efluentes das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, pertencentes à Eletrobras/Eletronuclear, que ficam próximas aos locais onde a espuma apareceu, há cerca de dois meses.
"Vamos fazer essa análise nas usinas para termos uma comparação entre essas amostras, apenas com o intuito de confirmar os primeiros exames", disse a presidenta do Inea, Marilene Ramos.
Os primeiros testes com amostras da espuma foram feitos na semana passada e os resultados mostraram que a composição é orgânica e não apresenta risco ao meio ambiente.
Segundo o superintendente regional do INEA, Júlio Avelar, a análise não detectou a presença de surfactantes – que são substâncias como detergente e sabão – que poderiam ser provenientes de atividades industriais. A substância encontrada, em sua maior parte, foi de microalgas que, por ação dos ventos e turbulência no mar, causam a espuma.
O presidente da colônia de pescadores de Angra dos Reis, Alexandre de Castro, se queixou que até o momento nenhuma autoridade se reuniu com os pescadores para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido.
"A espuma é muito densa, e os peixes não circulam nos locais onde ela está concentrada. A renda dos pescadores aqui da região depende única e exclusivamente da pesca, e nós estamos sendo muito prejudicados. Esperamos uma explicação ou justificativa, para entendermos o que está ocorrendo", contou.
A Eletrobrás/Eletronuclear informou em nota publicada em seu site que o fenômeno não tem qualquer relação com as atividades da empresa e que o mesmo fenômeno ocorreu em Mooloolaba, na Costa Leste da Austrália, e em Aberdeen, no Norte da Escócia.
De acordo com a empresa, os estudos do Inea constataram que "se trata de um feito natural, que ocorre praticamente todos os anos também na costa brasileira e que, neste ano, alcançou grandes proporções devido às condições oceanográficas e meteorológicas".
O superintendente do INEA também tranqüilizou a população em relação a esta mesma espuma, em maior quantidade, saindo na saída de água das usinas nucleares Angra I e II. De acordo com ele, não há a menor relação entre o fenômeno e a atividade nuclear. O que acontece é que a água do mar entra no sistema de refrigeração das turbinas das unidades, e sai em maior quantidade, mas não há poluição.
A espuma amarelada preocupou moradores e turistas de Angra dos Reis e Paraty, principalmente pela cor e espessura. Em consequência, o Inea coletou amostras em 31 de outubro para análise. Apesar de o material não oferecer riscos, o representante do instituto dá um aviso. “O que promove essas florações de algas é a quantidade de nutrientes no ambiente, muito vindo por esgoto doméstico, como nitrogênio, fósforo. Esta contaminação orgânica vai colocando nutrientes na água”, alertou Júlio Avelar, completando que também está relacionado a fatores ambientais, como temperatura e salinidade. O superintendente informou, ainda, que o monitoramento da Baía da Ilha Grande é feito pelo próprio Inea em 22 pontos diferentes. Neste ano, foram realizadas 13 expedições com objetivo de acumular informação sobre a biodiversidade do local.
A espuma amarelada preocupou moradores e turistas de Angra dos Reis e Paraty, principalmente pela cor e espessura. Em consequência, o Inea coletou amostras em 31 de outubro para análise. Apesar de o material não oferecer riscos, o representante do instituto dá um aviso. “O que promove essas florações de algas é a quantidade de nutrientes no ambiente, muito vindo por esgoto doméstico, como nitrogênio, fósforo. Esta contaminação orgânica vai colocando nutrientes na água”, alertou Júlio Avelar, completando que também está relacionado a fatores ambientais, como temperatura e salinidade. O superintendente informou, ainda, que o monitoramento da Baía da Ilha Grande é feito pelo próprio Inea em 22 pontos diferentes. Neste ano, foram realizadas 13 expedições com objetivo de acumular informação sobre a biodiversidade do local.
MT - Famílias de comunidades indígenas e de pescadores serão beneficiadas com instalação de apiários
Cerca de 160 famílias que vivem em comunidades indígenas e de pescadores na região sul do estado irá ser beneficiado com instalação de apiários. De acordo com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural (Empaer), o objetivo é ampliar em até 15% a produção de mel na região. As comunidades que serão contempladas ficam localizadas nos municípios de Santo Antônio de Levarger (33 km de Cuiabá) e Barão de Melgaço (109 km de Cuiabá).
Para a produção de qualidades no apiário, serão realizados treinamentos com orientações teorias e práticas para os funcionários. A criação de abelhas africana será umas das práticas aplicadas nos treinamentos. Segundo o Empaer, ao todo serão 1150 colméias, e cada família poderá adquiri de 5 a 10 para sua própria produção.
De acordo com o biólogo do Empaer, João Bosco Pereira, em Mato Grosso uma colméia pode produzir em média 30 quilos de mel por ano. Na região do Pantanal, a produção pode atingir 60 quilos.
A ampliação da apicultura em Mato Grosso começou com um projeto no ano de 2012, com reuniões e orientações para as famílias que vivem da pesca como outra opção de fonte de renda, principalmente no período da piracema.
Novas tecnologias
Uma das inovações tecnológicas que serão aplicadas é a instalação de colméias nos galhos das árvores, suspensas a uma altura de dois metros do chão, penduradas por arames.
A medida é evita a ação dos predadores como formigas, cupins, tamanduás e outros problemas no período das chuvas. Outro ponto importante, segundo o biólogo da Empaer, é o preço da caixa de abelha que vai custar R$ 60 a unidade e pago com o produto.
Para a produção de qualidades no apiário, serão realizados treinamentos com orientações teorias e práticas para os funcionários. A criação de abelhas africana será umas das práticas aplicadas nos treinamentos. Segundo o Empaer, ao todo serão 1150 colméias, e cada família poderá adquiri de 5 a 10 para sua própria produção.
De acordo com o biólogo do Empaer, João Bosco Pereira, em Mato Grosso uma colméia pode produzir em média 30 quilos de mel por ano. Na região do Pantanal, a produção pode atingir 60 quilos.
A ampliação da apicultura em Mato Grosso começou com um projeto no ano de 2012, com reuniões e orientações para as famílias que vivem da pesca como outra opção de fonte de renda, principalmente no período da piracema.
Novas tecnologias
Uma das inovações tecnológicas que serão aplicadas é a instalação de colméias nos galhos das árvores, suspensas a uma altura de dois metros do chão, penduradas por arames.
A medida é evita a ação dos predadores como formigas, cupins, tamanduás e outros problemas no período das chuvas. Outro ponto importante, segundo o biólogo da Empaer, é o preço da caixa de abelha que vai custar R$ 60 a unidade e pago com o produto.
Fonte: Olhar Direto
Assinar:
Postagens (Atom)
As postagens mais populares da última semana:
-
Ao visitar o amigo Airton "Maluf" pescador artesanal de São Francisco de Itabapoana, em Gargaú, uma das principais comunidades pe...
-
As fotos do "monstro do mar" estampam o novo quadro de informações na entrada da Colonia de Pescadores Z-03 de Macaé - RJ, um en...
-
Pela segunda vez comi sem saber que peixe era e me dei mal, pois de tão bom comi demais e aí o efeito colateral é muito desagradável! Já ...
-
As quase 400 canoas artesanais registradas em Camocim, aptas à pescaria de até 20 milhas, desconhecem a existência da tal "cris...
-
Curiosa onda de encalhe de cachalotes no litoral do Ceará e Piauí, 3 ocorrências em menos de 1 mês! Antes já havia sido descrito outro e...
-
Fauna Acompanhante Farol de São Tomé, Campos dos Goytacazes- RJ por Mauricio Düppré
-
Portaria publicada ontem no Diário Oficial da União estabelece as condições para a liberação da pesca das espécies Mycteroperca interstitial...
-
Com a chegada da frente fria e a aproximação de um ciclone extratropical no Oceano Atlântico, as ondas aumentaram e destruíram completame...
-
Pescadores e marisqueiras vão trocar experiências com chef de cozinha do RJ e com lideranças comunitárias para valorizar a pesca artesanal e...