No Japão da década de 20, centenas de mulheres mergulhavam nuas em busca de ostras e pérolas. Com um fôlego invejável, elas chegavam a ficar mais de 2 minutos debaixo d’água, inclusive durante o inverno. Chamadas de Amas, essas mulheres foram registradas por Iwase Yoshiyuki em sua Kodak. As fotografias são um dos únicos registros dessa milenar profissão que se extinguiu algumas décadas depois.
Utilizando uma máscara para os olhos e chinelos especiais, mulheres e meninas, também conhecidas como sereias, enfrentavam os mares por toda a costa japonesa. O motivo de fazerem isso nuas? Enquanto que roupas de mergulho não chegaram ao país até 1950, roupas de algodão atrapalhavam o mergulho, além de serem desconfortáveis quando molhadas e demorarem para secar.
Cada mergulho de 2 minutos em busca de ostras era intercalado com pequenos intervalos de respiro. A maratona era feita até 60 vezes por dia. Tanto esforço, contudo, pagava-se. Em poucas semanas de trabalho, uma Ama conseguia mais dinheiro que um homem comum que trabalhasse por um ano.
Os homens, aliás, raramente participavam da busca por ostras. Acreditava-se que o corpo da mulher, por conter mais gordura, era mais apropriado para controlar a respiração e as baixas temperaturas.
Fonte: Hypeness
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