terça-feira, 30 de junho de 2015
MPA: País possui mais de um milhão de pescadores ativos
“A cada 200 brasileiros, um é pescador”. A mensagem faz parte do vídeo divulgado pelo Ministério da Pesca, nesta segunda (29), Dia Nacional do Pescador.
Segundo o MPA o Brasil conta hoje com 1,084 milhão de pescadores que contribuem para a produção anual de 765 mil toneladas (2013) de pescado.
A produção brasileira poderia ainda ser maior. De acordo com o ministério, hoje a perda é de 20% a 25% pelo mau acondicionamento por conta da frota com tecnologia defasada (40%). Atualmente, o Brasil contribui com cerca de 8% da produção no oceano Atlântico, mas o governo pretende chegar a 15%.
Para tanto, o Ministério da Pesca está investido no aprimoramento dos processos de gestão e aumento da rentabilidade dos estoques, na eliminação dos desperdícios e na melhoria da infraestrutura de desembarque do pescado. A pretensão do governo é a de aumentar a produção da pesca de 765 mil toneladas/ano para 1 milhão de toneladas/ano até 2020 e da Aquicultura de 707 mil de toneladas/ano para 2 milhões de toneladas/ano no mesmo período.
O Brasil está promovendo a instalação de Comitês Permanentes de Gestão (CPG) para propor medidas e ações inerentes para fomentar a pesca de forma sustentável. Já foram instalados 12 CPGs para o ambiente marinho, incluindo espécies de lagosta e atum, Demersais (covina, cioba e pescada), Camarão e Pelágios, nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste e para o ambiente continental, relacionados às principais bacias.
O MPA também está fazendo o cruzamento de informações a partir dos bancos de dados do governo federal para identificar os pescadores, levando ajuda na classificação do pescador nas categorias Exclusivo, Principal e Subsidiário. Assim, o ministério pode definir quais pescadores têm direito ao Seguro-Defeso (benefício pago durante o período em que a pesca fica suspensa para a reprodução das espécies).
Para profissionalização desse trabalhador, estão sendo implantados cursos do Pronatec Pesca e Aquicultura para ensinar o pescador a agregar valor ao produto, fazer o aproveitamento dos subprodutos do pescado, melhorar o resultado na criação de peixes, ampliar a noção de segurança da navegação, entre outros. Há também a parceria entre o Programa Pescando Letras e o Programa Brasil Alfabetizado.
Para garantir os direitos do pescador, o Ministério da Pesca está entregado em todo o País, o Registro de Pescador Profissional Artesanal (RGP). As licenças são conhecidas como a carteira do pescador e é fundamental para credenciá-lo ao acesso de programas sociais do governo federal, como acesso ao combustível do barco a um preço mais baixo, com o programa de subvenção econômica ao Óleo Diesel, e a partir de outros programas, como o Minha Casa Minha Vida. Desde o início do ano, foram entregues mais de 24 mil licenças em todos os estados brasileiros.
Fonte: Portal Brasil
domingo, 21 de junho de 2015
Festa dos Pescadores de Cabo Frio (2015)
A Colônia de Pescadores Z-4 de Cabo Frio em parceria com o Cardume Socioambiental
convoca todos os pescadores, familiares, amigos, e parceiros a
participarem da festa de celebração do dia de São Pedro, padroeiro dos
pescadores.
Venham participar!
Homenagear São Pedro é agradecer a tudo que foi conquistado através da pesca, uma das principais atividades econômicas de Cabo Frio, e pedir proteção para mais um ano de luta aos pescadores artesanais que persistem na profissão apesar das dificuldades atreladas a uma atividade extrativista.
Programação:
Sábado 27/06 - 15h - Corrida de Canoas na Praia do Siqueira
Domingo 28/06 - 9h - Procissão de Barcos saindo do Boulevard Canal até a Praia do Forte
Viva São Pedro! Viva os Pescadores de Cabo Frio!
Venham participar!
Homenagear São Pedro é agradecer a tudo que foi conquistado através da pesca, uma das principais atividades econômicas de Cabo Frio, e pedir proteção para mais um ano de luta aos pescadores artesanais que persistem na profissão apesar das dificuldades atreladas a uma atividade extrativista.
Programação:
Sábado 27/06 - 15h - Corrida de Canoas na Praia do Siqueira
Domingo 28/06 - 9h - Procissão de Barcos saindo do Boulevard Canal até a Praia do Forte
Viva São Pedro! Viva os Pescadores de Cabo Frio!
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Primeira fábrica brasileira de caranguejo em conserva começa a operar no Pará
A carne de caranguejo, animal típico das regiões Norte e Nordeste, agora também vai ser comercializada em conserva. A novidade é fruto do trabalho de uma empresa do Pará, que recebe hoje a certificação da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e de Pesca (Sedap) e da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) para iniciar as atividades.
A Círio, cuja sede é em Icoaraci, será a primeira indústria brasileira de carne de caranguejo em lata, bem semelhante ao atum e sardinha enlatados. O produto será comercializado pronto para ser consumido, podendo ainda servir de preparo para outros pratos típicos do Pará, como a sopa de caranguejo e a casquinha.
A produção será feita a partir de carne de caranguejo adquirida de estabelecimentos que comercializam o produto, também certificados pela Adepará. Após ser temperada, passará por um breve cozimento e será enlatada. Posteriormente, as latas, já lacradas, passarão por uma caldeira a vapor para autoclavar (esterelizar) e ficam em quarentena antes de serem expostas à venda.
Processamento – O Ministério Público do Pará havia proibido a comercialização da carne tirada do caranguejo, por falta de condições de higiene durante o manuseio para a extração. Somente com a fiscalização dos órgãos competentes e a estruturação das empresas, a carne de caranguejo voltou a ser comercializada. Inicialmente, duas empresas do município de Bragança, no nordeste paraense, tiveram autorização para a produção da carne congelada. Agora, a Círio é oficialmente a terceira registrada para a comercialização da carne, dessa vez em forma de conserva.
Por enquanto, como faz parte da Lei de Produtos Artesanais (7.565/ 2011), toda a produção da Círio está restrita ao mercado estadual, não podendo ser exportada. "Esse pioneirismo pode e deve chamar a atenção dos empresários interessados nesse meio e que buscam a regularização.
"É mais uma passo importante para a consolidação da lei de produtos artesanais, além de ser um produto nosso, que é o caranguejo, hábito alimentar de diversos municípios e consumido de diferentes formas. É um produto que agrega valor a nossa produção, de caráter inovador e uma alternativa segura para ser consumida. Ao lado do atum e da sardinha, vamos ter o caranguejo enlatado”, disse o secretário Hildergardo Nunes. (Texto: Camila Moreira e Tylon Maués)
Fonte: Agência Pará
terça-feira, 16 de junho de 2015
CE: Agência do INSS em Cascavel é ocupada por pescadores
Cerca de 100 pescadores ocuparam a agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Cascavel, na manhã desta segunda-feira, 15, para protestar contra o decreto 8.425, que regula os critérios para inscrição no Registro Geral da Atividade Pesqueira e para a concessão de autorização, permissão ou licença para o exercício da atividade pesqueira.
Os ônibus chegaram com pescadores, mulheres e crianças de diferentes cidades litorâneas do Ceará, já pela manhã. “Essa é uma manifestação que está acontecendo entre pescadores de todo o país que busca sensibilizar as autoridades para uma legislação que será muito prejudicial para todos nós trabalhadores”, contou o pescador João Batista dos Santos, de Camocim.
Os manifestantes prometem que só saem do local após terem suas reivindicações atendidas. A principal delas, segundo o pescador João Batista, é contra artigos do decreto que prejudicam a pesca artesanal, especialmente as mulheres. Elas que lidam com captura de peixe, lagosta, tratamento, consertos de apetrechos utilizados na atividade pesqueira ficam impedidas de obter o Registro Geral da Pesca. Com isso, deixam de obter benefícios da Previdência Social, tais como o seguro defeso, auxílio doença e seguro desemprego.
Fonte: Ceará Agora
Os ônibus chegaram com pescadores, mulheres e crianças de diferentes cidades litorâneas do Ceará, já pela manhã. “Essa é uma manifestação que está acontecendo entre pescadores de todo o país que busca sensibilizar as autoridades para uma legislação que será muito prejudicial para todos nós trabalhadores”, contou o pescador João Batista dos Santos, de Camocim.
Os manifestantes prometem que só saem do local após terem suas reivindicações atendidas. A principal delas, segundo o pescador João Batista, é contra artigos do decreto que prejudicam a pesca artesanal, especialmente as mulheres. Elas que lidam com captura de peixe, lagosta, tratamento, consertos de apetrechos utilizados na atividade pesqueira ficam impedidas de obter o Registro Geral da Pesca. Com isso, deixam de obter benefícios da Previdência Social, tais como o seguro defeso, auxílio doença e seguro desemprego.
Fonte: Ceará Agora
segunda-feira, 15 de junho de 2015
Maricá inicia credenciamento de pescadores para frigorífico-móvel
A Prefeitura de Maricá, interior do Rio, está realizando mudanças no uso e comercialização de produtos no caminhão do peixe. A partir de agora, a venda do pescado no frigorífico-móvel será feita diretamente pelos pescadores e a Secretaria Municipal Adjunta de Agricultura, Pecuária e Pesca ficará responsável pela disponibilização de motorista e atendente. Desta segunda-feira (15) até a sexta-feira (19), acontece um chamamento público para o credenciamento das associações de pescadores. O sorteio, que definirá a data de uso, acontecerá no dia 23 deste mês, às 10h, na secretaria.
Para o credenciamento, que terá vigência de 12 meses, os representantes das associações precisam comparecer na secretaria (Estrada de Ubatiba, s/nº, em Ubatiba), das 9h às 17h, com original do CNPJ, cópia do estatuto e ata de posse da entidade registrada no órgão competente. Os documentos deverão ser entregues em envelopes.
O funcionamento do frigorífico-móvel acontece de terça-feira a sexta-feira, das 8h às 12h, no Caxito, São José do Imbassaí, Caju, Inoã, Itaipuaçu e Centro. Mais informações pelo telefone (21) 3731-4014.
Fonte: G1
Para o credenciamento, que terá vigência de 12 meses, os representantes das associações precisam comparecer na secretaria (Estrada de Ubatiba, s/nº, em Ubatiba), das 9h às 17h, com original do CNPJ, cópia do estatuto e ata de posse da entidade registrada no órgão competente. Os documentos deverão ser entregues em envelopes.
O funcionamento do frigorífico-móvel acontece de terça-feira a sexta-feira, das 8h às 12h, no Caxito, São José do Imbassaí, Caju, Inoã, Itaipuaçu e Centro. Mais informações pelo telefone (21) 3731-4014.
Fonte: G1
domingo, 14 de junho de 2015
sábado, 13 de junho de 2015
Antes do Inverno - Documentário sobre a Pesca Artesanal da Tainha em Bombinhas
A pesca artesanal da tainha é muito mais que uma atividade econômica, é
também uma manifestação cultural que atravessou gerações e tornou-se
patrimônio cultural da cidade de Bombinhas e do estado de Santa
Catarina.
Com o objetivo de registrar essa atividade e valorizar as práticas tradicionais da comunidade, a FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA DE BOMBINHAS idealizou o documentário "ANTES DO INVERNO". Produzido pela TRAMELA PRODUÇÕES, o filme revela a força e o encanto de uma das culturas tradicionais mais antigas que mantem-se viva no litoral sul do Brasil.O documentário que foi selecionado em festivais no Brasil, Argentina, Chile e Colômbia, retrata o cotidiano de uma comunidade pesqueira através de um roteiro poético, buscando sensibilizar e emocionar o público para que se reconheça a importância desse patrimônio através da arte.
Com o objetivo de registrar essa atividade e valorizar as práticas tradicionais da comunidade, a FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA DE BOMBINHAS idealizou o documentário "ANTES DO INVERNO". Produzido pela TRAMELA PRODUÇÕES, o filme revela a força e o encanto de uma das culturas tradicionais mais antigas que mantem-se viva no litoral sul do Brasil.O documentário que foi selecionado em festivais no Brasil, Argentina, Chile e Colômbia, retrata o cotidiano de uma comunidade pesqueira através de um roteiro poético, buscando sensibilizar e emocionar o público para que se reconheça a importância desse patrimônio através da arte.
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Portaria MMA 163/15 promove alterações na 445/15
A Portaria MMA 163/15 altera a Portaria nº 445, de 17 de dezembro de 2014, publicada no Diário Oficial da União de 18 de dezembro 2014, passando a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 4º ...................................................................................
§ 4º Para as espécies ameaçadas classificadas na categoria Criticamente em Perigo (CR) e Em Perigo (EN) de interesse econômico listadas no anexo III desta Portaria, o prazo previsto no caput será de 360 dias.
§ 5º Excepcionalmente, o prazo previsto no parágrafo anterior poderá ser prorrogado mediante justificativa técnica fundamentada a partir de análise por espécie.
§ 6º Durante o prazo de que trata o § 4º deste artigo, serão avaliadas e recomendadas medidas de preservação das espécies, de mitigação de ameaças e de monitoramento, a serem regulamentadas pelos órgãos federais competentes." (NR)
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
IZABELLA TEIXEIRA
"Art. 4º ...................................................................................
§ 4º Para as espécies ameaçadas classificadas na categoria Criticamente em Perigo (CR) e Em Perigo (EN) de interesse econômico listadas no anexo III desta Portaria, o prazo previsto no caput será de 360 dias.
§ 5º Excepcionalmente, o prazo previsto no parágrafo anterior poderá ser prorrogado mediante justificativa técnica fundamentada a partir de análise por espécie.
§ 6º Durante o prazo de que trata o § 4º deste artigo, serão avaliadas e recomendadas medidas de preservação das espécies, de mitigação de ameaças e de monitoramento, a serem regulamentadas pelos órgãos federais competentes." (NR)
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
IZABELLA TEIXEIRA
quinta-feira, 11 de junho de 2015
6ª Vara Cível de Santos, julgou improcedente uma ação de pescadores contra a Ultracargo
Improcedente? Cuja decisão foi baseada na ausência de laudos conclusivos e no resultado da investigação policial? Para o juiz entender que houve impacto no meio de vida destes pescadores bastava refletir através desta imagem:
Imagem: Instituto EcoFaxina
Tribuna de Santos (10/06/2015):
Dois meses após o fim do incêndio no terminal da Ultracargo, em Santos, a água do canal do estuário não está mais contaminada com combustíveis e o índice de oxigênio já voltou ao normal. A informação é da Companhia Ambiental do Estado (Cetesb), que agora concentra os trabalhos na vegetação atingida pela poluição.
Apesar de constatar a recuperação da água, a Cetesb afirma ainda não ser possível avaliar a qualidade do pescado para consumo. Pode haver o comprometimento dos animais com outras substâncias que não são provenientes do incêndio.
A estatal informa que o nível de oxigênio da água na região afetada pela explosão de tanques – o que interromperam a pesca artesanal – está entre 4 e 5 miligramas por litro (mg/l). Isto é, assemelha-se à concentração de 4,34 mg/l registrada em 25 de março, quase uma semana antes do incêndio.
As análises de cinco amostras colhidas antes, durante e depois do sinistro foram utilizadas pela Cetesb para constatar a volta à normalidade. Nos dias que sucederam as explosões, o baixo nível de oxigênio , a temperatura elevada e a toxicidade da água de rescaldo mataram quase dez toneladas de peixes.
Informada por A Tribuna sobre o laudo ambiental, a chefe do escritório do Ministério da Pesca em Santos, Diana Gurgel, disse que nunca houve restrição à pesca, apenas a suspensão temporária, aguardando-se o parecer da Cetesb.
A assessoria de imprensa da Ultracargo informou ter enviado à Cetesb laudos sobre monitoramento e controle de risco ambiental. Outra medida é manter uma “base regular por meio de duas antropólogas, que estão avaliando possíveis impactos” do incêndio.
Justiça nega indenização
Na segunda-feira, o juiz Joel Birello Mandelli, da 6ª Vara Cível de Santos, julgou improcedente uma ação de pescadores contra a Ultracargo, proprietária dos tanques incendiados em abril. Eles querem ao menos R$ 10 milhões em indenização devido aos impactos ambientais que os impediram de vender pescado na região.
A decisão do juiz se baseou na ausência de laudos conclusivos e no resultado da investigação policial. O parecer foi contestado no Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo pelo advogado Emerson Souza Gomes, que representa colônias de pescadores de Guarujá, São Vicente e a Associação Litorânea da Pesca (Alpesc).
Gomes defende que a Ultracargo pague aos 2,5 mil pescadores que integram a ação pelo menos três salários mínimos por mês (R$ 2.364,00), inicialmente por meio ano. É o prazo mínimo para que, segundo ele, os trabalhadores voltem a ter condições de sustentar suas famílias pelo trabalho no mar.
“Não pescamos, não vendemos e, então, não temos dinheiro”, relata a presidente da Colônia dos Pescadores em São Vicente, Maria Aparecida Nobre da Silva.
A Ultracargo não quis comentar a decisão judicial.
Imagem: Instituto EcoFaxina
Tribuna de Santos (10/06/2015):
Dois meses após o fim do incêndio no terminal da Ultracargo, em Santos, a água do canal do estuário não está mais contaminada com combustíveis e o índice de oxigênio já voltou ao normal. A informação é da Companhia Ambiental do Estado (Cetesb), que agora concentra os trabalhos na vegetação atingida pela poluição.
Apesar de constatar a recuperação da água, a Cetesb afirma ainda não ser possível avaliar a qualidade do pescado para consumo. Pode haver o comprometimento dos animais com outras substâncias que não são provenientes do incêndio.
A estatal informa que o nível de oxigênio da água na região afetada pela explosão de tanques – o que interromperam a pesca artesanal – está entre 4 e 5 miligramas por litro (mg/l). Isto é, assemelha-se à concentração de 4,34 mg/l registrada em 25 de março, quase uma semana antes do incêndio.
As análises de cinco amostras colhidas antes, durante e depois do sinistro foram utilizadas pela Cetesb para constatar a volta à normalidade. Nos dias que sucederam as explosões, o baixo nível de oxigênio , a temperatura elevada e a toxicidade da água de rescaldo mataram quase dez toneladas de peixes.
Informada por A Tribuna sobre o laudo ambiental, a chefe do escritório do Ministério da Pesca em Santos, Diana Gurgel, disse que nunca houve restrição à pesca, apenas a suspensão temporária, aguardando-se o parecer da Cetesb.
A assessoria de imprensa da Ultracargo informou ter enviado à Cetesb laudos sobre monitoramento e controle de risco ambiental. Outra medida é manter uma “base regular por meio de duas antropólogas, que estão avaliando possíveis impactos” do incêndio.
Justiça nega indenização
Na segunda-feira, o juiz Joel Birello Mandelli, da 6ª Vara Cível de Santos, julgou improcedente uma ação de pescadores contra a Ultracargo, proprietária dos tanques incendiados em abril. Eles querem ao menos R$ 10 milhões em indenização devido aos impactos ambientais que os impediram de vender pescado na região.
A decisão do juiz se baseou na ausência de laudos conclusivos e no resultado da investigação policial. O parecer foi contestado no Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo pelo advogado Emerson Souza Gomes, que representa colônias de pescadores de Guarujá, São Vicente e a Associação Litorânea da Pesca (Alpesc).
Gomes defende que a Ultracargo pague aos 2,5 mil pescadores que integram a ação pelo menos três salários mínimos por mês (R$ 2.364,00), inicialmente por meio ano. É o prazo mínimo para que, segundo ele, os trabalhadores voltem a ter condições de sustentar suas famílias pelo trabalho no mar.
“Não pescamos, não vendemos e, então, não temos dinheiro”, relata a presidente da Colônia dos Pescadores em São Vicente, Maria Aparecida Nobre da Silva.
A Ultracargo não quis comentar a decisão judicial.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Remoção forçada de ribeirinhos por Belo Monte provoca tragédia social em Altamira
No próximo dia 13 de junho não vai haver a tradicional festa de Santo Antônio, na Comunidade Santo Antônio, que existia desde a década de 70, entre a rodovia Transamazônica e o rio Xingu, em Altamira, no oeste do Pará. Não há mais a comunidade, uma das primeiras a ser dissolvida porque ficava no caminho da usina de Belo Monte. As 252 casas foram demolidas e os moradores, agricultores e pescadores que levavam o modo de vida tradicional das comunidades rurais da Amazônia, transferidos para cidades da região, longe do rio Xingu. Onde ficava o campo de futebol da comunidade, há hoje um estacionamento para os funcionários da Norte Energia e do Consórcio Construtor de Belo Monte.
“A destruição do modo de vida ribeirinho e a transformação compulsória de populações tradicionais que sempre tiraram o sustento do rio e da terra em moradores desempregados e subempregados da periferia de Altamira é prova definitiva de que as regras do licenciamento da usina, maior obra civil promovida pelo governo federal, não estão sendo cumpridas”, afirma a procuradora da República Thais Santi. Após receber dezenas de denúncias de ribeirinhos no escritório do Ministério Público Federal (MPF) em Altamira, a procuradora decidiu convocar várias instituições para fazerem uma inspeção nas áreas atingidas pela usina e verem pessoalmente a tragédia social provocada na região. A inspeção ocorreu nos dias 1 e 2 de junho e constatou a dissolução de famílias, a destruição de comunidades tradicionais e a impossibilidade de que os atingidos possam reconstruir suas vidas após a remoção.
“Não foram só as máquinas chegarem e derrubarem as casas, foi a destruição dos nossos sonhos, dos vínculos de amizade. Para a Norte Energia não existe direito. Eu olho para um lado e não vejo mais meu filho, olho para o outro e não está mais o meu compadre, olho para frente e não tem mais o agente de saúde, nem o vizinho que rezava”, disse o pescador Hélio Alves da Silva, um dos moradores de Santo Antônio, a comunidade dissolvida há 3 anos. Todos os moradores perderam seu sustento e não tem mais como pescar nem plantar. Hélio mora em Altamira, em um bairro muito distante do centro e vive de bicos, como pedreiro, nas cidades vizinhas.
“Se eu não tivesse aprendido a ser pedreiro, estava passando fome. Não tem ninguém para quem a vida tenha melhorado. Todos nós estamos impedidos de pescar”. A afirmação de Hélio foi repetida por todos os ribeirinhos visitados pela equipe de inspeção, que foi coordenada pelo MPF e incluiu representantes do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), Funai (Fundação Nacional do Índio), CNDH (Conselho Nacional de Direitos Humanos), ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), DPU (Defensoria Pública da União) e DPE (Defensoria Pública do Estado), além de vários pesquisadores, entre eles Mauro Almeida, da Unicamp, Manoela Carneiro da Cunha, da USP e Sônia Magalhães, da UFPA. O Procurador Federal dos Direitos do Cidadão, Aurélio Rios, veio de Brasília e também acompanhou a inspeção.
Inspeção – Durante dois dias, os grupos de inspeção visitaram 15 ilhas e beiradões do Xingu tomando o depoimento de pescadores e ribeirinhos. Também foram até os locais para onde essas pessoas estão sendo removidas e para áreas onde a empresa diz haver projetos de reassentamento coletivo, mas até agora nada foi construído. A conclusão da inspeção é taxativa: os direitos constitucionais das populações tradicionais do Xingu estão sendo frontalmente violados pela empresa e é necessário readequar as remoções para que cumpram o licenciamento e o Projeto Básico Ambiental de Belo Monte, assegurando os direitos dos ribeirinhos.
A violação já foi reconhecida oficialmente pelo Ibama em nota técnica enviada à Norte Energia. “A condição do atingido não deve ser observada do ponto de vista unicamente territorial e patrimonialista, e sim reconhecer uma situação onde prevalece a identificação e o reconhecimento de direitos e de seus detentores, evoluindo significativamente na amplitude com que procura assegurar a recomposição, e mesmo melhoria, das condições de vida das populações afetadas”, diz a nota.
Dona Maria Luiza Moreira é chamada pelos vizinhos de Cláudia e mora desde criança na Ilha Moriá, alguns quilômetros rio acima de Altamira. Sempre foi agricultora e pescadora. A ilha será alagada pelo reservatório de Belo Monte e a Norte Energia foi até o local avisar que ela teria que sair de lá e teria a casa demolida. Analfabeta e sem nenhuma assistência jurídica, assinou um documento em que constavam três opções de remoção: a indenização de benfeitorias, o reassentamento rural coletivo e o reassentamento rural individual. Mas a ela só foi dada uma opção, a indenização por benfeitorias. De acordo com a empresa, a ilha onde Cláudia sempre viveu e pescou não era local de moradia nem trabalho, era apenas de lazer. Pela roça, pela casa e pela terra, recebeu R$ 9 mil. Ao Xingu, não tem mais acesso.
Ela foi obrigada a trabalhar como faxineira e lavadeira em Altamira, mas não se conforma. Durante a inspeção, mostrou seu lugar e disse “que seria bom se me dessem uma terra para eu levar a vida que eu sempre levei, porque eu nasci e fui criada assim, onde tem muita água”. “Lá pra rua (é assim que os ribeirinhos se referem à cidade) eu já não gosto”. Na casa onde a Norte Energia a colocou, no reassentamento urbano Jatobá, há problemas de abastecimento de água. Ela relatou passar até uma semana sem água. A inspeção visitou dona Cláudia no dia 2 de junho. Hoje (3) a casa dela foi demolida pela Norte Energia.
O pescador José Arnaldo da Costa Pereira recebeu R$ 24 mil por tudo que conquistou em uma vida de trabalho. Mas não é a quantia irrisória que o incomoda. “Tiram a gente do sossego da gente, onde a gente tem nossos pés de macaxeira, nossas galinhas, onde nasceu e criou os filhos para mandar a gente pra cidade e ficar naquela zoada, com ladrão para todo lado. Eu sou pescador e não tenho de onde tirar meu sustento a não ser no rio”, disse à equipe de inspeção.
No beiradão chamado Bom Jardim, Maria Carmina Souza da Silva e Antonio Carlos Souza da Silva vivem há 38 anos em um sítio com galinhas, pés de cupuaçu, cacau, acerola, laranja, limão. Na roça plantam arroz, feijão, milho, mandioca. No rio pescam piau, matrinchã, curimatã, pescada e pacu. Segundo a Norte Energia, o sítio vai ser alagado e eles terão que se mudar para a beira de uma estrada. Como não foram considerados pela empresa merecedores de uma casa, receberam uma indenização que teve que ser dividida entre os irmãos e a parcela deles não é suficiente para comprar um terreno.
Moradia – Além da retirada da casa e do sustento dos pescadores e ribeirinhos, existem situações não reconhecidas de dupla moradia, de moradores dos rios da região que sempre mantiveram casa em Altamira para resolver questões na cidade. São extrativistas de vários locais que foram obrigados a optar entre uma casa ou outra, apesar de ambas serem de propriedade deles. “Quando você diz para um pescador que ele tem que escolher entre ser rural e ser urbano, você está dizendo qual parte dele ele vai abrir mão, o que implica em deixar de ser pescador”, diz a procuradora Thais Santi. A casa na cidade faz parte das posses das famílias ribeirinhas e é necessária para acessar equipamentos públicos, para que os filhos estudem, para a venda dos produtos da terra e do rio.
“O conceito de moradia aplicado pela Norte Energia está desassociado da realidade da região. A realidade da região não foi estudada, não está sendo respeitada e com isso está se tolhendo as pessoas de continuarem sendo pescadores. Como pode, a um pescador que nasceu e cresceu no rio e quer continuar sendo pescador, vocês darem a opção de morar na Transamazônica? Não existe nenhuma oferta próxima ao rio”, questionou Santi.
“A situação que vimos, de pessoas humilhadas, violadas, afrontadas pelo empreendedor torna Belo Monte um dos piores exemplos de licenciamento de hidrelétricas no país. As violações que constatamos são até mais graves do que em usinas feitas durante a ditadura militar. Não se pode destruir o modo de vida de populações tradicionais, eliminar tradições, conhecimento tradicional e o sustento dessas pessoas ”, disse o procurador Felício Pontes Jr, que também participou da inspeção.
O resultado foi apresentado no dia 3 de junho à Norte Energia em reunião com o superintendente de assuntos fundiários da empresa, Arlindo Miranda. “Nossa orientação é debater sempre, desde que não interfira na autonomia da empresa. Existem os interesses dos acionistas, então não temos autonomia para compor determinados compromissos”, disse. Um relatório consolidado da inspeção deve ser enviado aos órgãos do governo responsáveis pela usina até a semana que vem. Enquanto a situação não é corrigida, o MPF vai recomendar a suspensão das remoções de ribeirinhos.
Fonte: CIMI
terça-feira, 9 de junho de 2015
Pernambuco lança a Política Estadual da Pesca Artesanal
Incentivar o desenvolvimento sustentável da pesca artesanal e promover a gestão compartilhada dos recursos naturais. Essas são as diretrizes da Política Estadual da Pesca Artesanal, lançada pelo Governo de Pernambuco nesta sexta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente. Em ato com representantes do setor, no Palácio do Campo das Princesas, o governador Paulo Câmara assinou um projeto de Lei que será enviado à Assembleia Legislativa com o objetivo de regulamentar a atuação do Estado nessa área.
A medida foi a terceira anunciada pelo chefe do Executivo estadual, em menos de um mês, cujo escopo trata da preservação ambiental e do estímulo ao empreendedorismo por parte do setor. No dia 26 de maio, o Governo já havia enviado à Alepe outro projeto de Lei instituindo um conjunto de ações para preservar o meio ambiente. Entre elas, o incentivo, por parte do Estado, aos cidadãos que desenvolverem iniciativas nesse sentido. Já no último dia 29, foi lançado o programa PE Solar, cuja meta é estimular empresas locais a gerarem energia solar para consumo próprio.
"Pernambuco se desenvolve com a presença de indústrias; gera emprego e renda para a população. Mas temos, também, que garantir condições de trabalho para aqueles que querem proteger o meio ambiente e ter na pesca artesanal o seu meio de vida. Esse projeto de Lei regulamenta os direitos e deveres dos pescadores. Regulamenta, ainda, o caminho que nós, enquanto Governo do Estado, temos pela frente", explicou Paulo.
A medida lançada no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, será gerenciada por um comitê composto por representantes da sociedade civil e do poder público. "Eu não tenho dúvida que estamos construindo uma política diferenciada. Uma política pública que vai garantir, cada vez mais, o aumento das práticas sustentáveis no Estado. Como governador, oriento a minha equipe nesse sentido; para que a tenhamos um processo de discussão permanente, que passe por todo o Estado olhando as características de cada região", pontuou Câmara.
APORTE
Dentro da política estadual, o Governo fará um investimento de R$ 2 milhões para a criação das Unidades de Conservação nas áreas de populações que vivem da pesca artesanal. Inicialmente, serão destinados recursos para a Área de Proteção Ambiental de Santa Cruz; para a Área de Proteção Ambiental de Guadalupe; Bacia do Pina (Ilha de Deus e Parque do Manguezais) e Reserva Extrativista Acaú Goiana. O aporte financeiro visa integrar as comunidades de pescadores às ações de monitoramento e proteção das unidades.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Sérgio Xavier, o governador não poupa esforços para reforçar a política ambiental do Estado. "Esse projeto de Lei veio acompanhado, hoje, de um anúncio importante. Mesmo com os atuais desafios econômicos, o governador Paulo Câmara já garantiu R$ 2 milhões para que a gente possa tirar essa política do papel", comemorou o gestor. "Esse projeto vai no caminho certo: cuida do meio ambiente e das pessoas", completou Sérgio.
O governador também enalteceu a participação da sociedade na construção do projeto de Lei. "Uma legislação que trará muito mais segurança e fará com que a pesca artesanal seja um exemplo para o Brasil, com práticas sustentáveis e geração de emprego e renda", ressaltou Paulo Câmara.
PLANOS
A matéria ainda prevê a implantação do Plano de Assistência Técnica e Extensão da Pesca Artesanal, a ser executado pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). A iniciativa visa melhorar a produtividade, a rentabilidade e a eficiência do setor, para a obtenção da sustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental. Além disso, estabelece a criação dos Sistema Estadual de Informações sobre a Pesca Artesanal, medida que vai promover a descentralização dos dados sobre o setor.
Para o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota, a medida mostra a unidade da gestão. "Essa política é um símbolo da integração do Governo, além da reiteração do compromisso do governador com os que vivem da pesca. Temos aqui um trabalho de parcerias em todos os segmentos, em favor do povo. As secretarias de Agricultura e Meio Ambiente, com as suas vinculadas, estão juntas para melhorar a qualidade de vida da população", salientou, lembrando que a questão da pesca no Estado está integrada com a área da agricultura familiar.
Representante da colônia de pescadores Z-10, localizada em Itapissuma, na Região Metropolitana, Joana Mousinho afirmou que as negociações para a formatação do projeto de Lei começaram em 2011, na gestão de Eduardo Campos. Joana se disse feliz com resultado da construção coletiva. "Uma política de grande importância para o setor, pois essa é uma luta nossa de muito anos. Agora, com esse projeto de Lei, nós sabemos que vale a pena lutar pelos nossos direitos".
Os pescadores artesanais são responsáveis pela metade de toda a produção pesqueira do País. Em Pernambuco, o percentual chega a 70%. De acordo com dados do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o Estado ocupa a 15ª posição nacional na produção de pescados. O último levantamento feito pelo MPA, em 2012, apontou a presença de 14 mil pescadores no Estado.
Fonte: Jornal do Comércio
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais
Desde a sua criação, em 2011, o Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais do Plano Brasil Sem Miséria já repassou R$ 332,6 milhões para mais de 175 mil famílias de agricultores, quilombolas, indígenas, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos e silvicultores.
Os recursos, coordenados pelos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA) ajudam a organizar e ampliar as propriedades rurais.
Em todo o país, são mais de 1.200 técnicos de Ater para atender aos beneficiários do Programa de Fomento. Na primeira fase, eles colhem informações como renda e produção das famílias nas propriedades, verificam se elas possuem acesso a outras políticas públicas, como são as suas condições de vida e alimentação, e se já foram realizadas benfeitorias no local.
Depois, os técnicos realizam um projeto produtivo, que prevê desde a estrutura – como a construção de uma horta, um galinheiro ou um tanque para criação de peixes – até a forma de distribuição do que será produzido pelos beneficiários.
Para receber o benefício de R$ 2.400 do Programa as famílias precisam estar incluídas no Cadastro Único e ter renda mensal de até R$ 70 por pessoa. O pagamento é feito em duas parcelas, a primeira delas de R$ 1.400.
Para receber os R$ 1.000 restantes, o agricultor tem que cumprir uma série de quesitos previstos no projeto. Segundo Everton Ferreira, coordenador geral de Fomento à Ater do MDA, cerca de 83% das famílias conseguem realizar o que o determina o programa e recebem o restante do dinheiro.
“Todo o trabalho é individual, voltado para cada situação. Algumas vezes as famílias se unem a outras que tenham interesses semelhantes de produção, viabilizando um projeto coletivo”, ressalta.
As famílias recebem o benefício de R$ 2.400 apenas uma vez. A partir daí, explica Ferreira, com a aplicação do projeto realizado pelos técnicos, elas já conseguem ter acesso a outras linhas de crédito.
Luciana Alves Ferreira já morou em barraco de madeira e trabalhou na propriedade de outras pessoas antes de iniciar seu próprio negócio e construir sua casa. Na pequena chácara no assentamento Nova Vitória, próximo a São Sebastião, a beneficiária do Programa de Fomento recebeu o apoio de técnicos da Emater-DF para estruturar a sua produção, então limitada a um galo, uma galinha e alguns pintinhos.
“Com o dinheiro, construímos o galinheiro e o paiol. Agora, nós queremos juntar um valor e comprar uma chocadeira para produzir mais”, adianta Luciana. “Já consegui vender R$ 1.000 de galinha. A nossa vida melhorou bastante com esse projeto. Ajuda a pagar as contas de luz, o material da escola dos meus filhos.” A criadora ainda auxilia a sogra na produção de doces, que são vendidos com os ovos e galinhas nas feiras de São Sebastião e da Escola de Administração Fazendária (ESAF), no Lago Sul, em Brasília (DF).
Saiba como aderir ao Programa de Fomento
Para receber o apoio do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, agricultores familiares, quilombolas, indígenas, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos e silvicultores precisam assinar um termo de adesão, fornecido pelo MDA e recolhido pelo profissional responsável pelos serviços de Ater, com a assinatura do representante familiar.
A transferência dos recursos depende da assinatura do termo de adesão e da apresentação do projeto de estruturação da unidade produtiva familiar. Já a liberação da segunda parcela depende da apresentação de laudos de acompanhamento da unidade produtiva familiar pela equipe de Ater, atestando o progresso no desenvolvimento do projeto de estruturação.
Se a família beneficiária estiver de posse do cartão do Bolsa Família, do Cartão do Cidadão ou de qualquer outro cartão social e já cadastrou sua senha, pode sacar o seu benefício em qualquer um dos canais da rede de atendimento da Caixa Econômica Federal. Caso não seja possível o uso do cartão magnético, o beneficiário pode receber seu benefício nas agências do banco, por meio de uma guia de pagamento. O titular do cartão é o responsável pela família, conforme definido no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Caixa
Os recursos, coordenados pelos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA) ajudam a organizar e ampliar as propriedades rurais.
Em todo o país, são mais de 1.200 técnicos de Ater para atender aos beneficiários do Programa de Fomento. Na primeira fase, eles colhem informações como renda e produção das famílias nas propriedades, verificam se elas possuem acesso a outras políticas públicas, como são as suas condições de vida e alimentação, e se já foram realizadas benfeitorias no local.
Depois, os técnicos realizam um projeto produtivo, que prevê desde a estrutura – como a construção de uma horta, um galinheiro ou um tanque para criação de peixes – até a forma de distribuição do que será produzido pelos beneficiários.
Para receber o benefício de R$ 2.400 do Programa as famílias precisam estar incluídas no Cadastro Único e ter renda mensal de até R$ 70 por pessoa. O pagamento é feito em duas parcelas, a primeira delas de R$ 1.400.
Para receber os R$ 1.000 restantes, o agricultor tem que cumprir uma série de quesitos previstos no projeto. Segundo Everton Ferreira, coordenador geral de Fomento à Ater do MDA, cerca de 83% das famílias conseguem realizar o que o determina o programa e recebem o restante do dinheiro.
“Todo o trabalho é individual, voltado para cada situação. Algumas vezes as famílias se unem a outras que tenham interesses semelhantes de produção, viabilizando um projeto coletivo”, ressalta.
As famílias recebem o benefício de R$ 2.400 apenas uma vez. A partir daí, explica Ferreira, com a aplicação do projeto realizado pelos técnicos, elas já conseguem ter acesso a outras linhas de crédito.
Luciana Alves Ferreira já morou em barraco de madeira e trabalhou na propriedade de outras pessoas antes de iniciar seu próprio negócio e construir sua casa. Na pequena chácara no assentamento Nova Vitória, próximo a São Sebastião, a beneficiária do Programa de Fomento recebeu o apoio de técnicos da Emater-DF para estruturar a sua produção, então limitada a um galo, uma galinha e alguns pintinhos.
“Com o dinheiro, construímos o galinheiro e o paiol. Agora, nós queremos juntar um valor e comprar uma chocadeira para produzir mais”, adianta Luciana. “Já consegui vender R$ 1.000 de galinha. A nossa vida melhorou bastante com esse projeto. Ajuda a pagar as contas de luz, o material da escola dos meus filhos.” A criadora ainda auxilia a sogra na produção de doces, que são vendidos com os ovos e galinhas nas feiras de São Sebastião e da Escola de Administração Fazendária (ESAF), no Lago Sul, em Brasília (DF).
Saiba como aderir ao Programa de Fomento
Para receber o apoio do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, agricultores familiares, quilombolas, indígenas, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos e silvicultores precisam assinar um termo de adesão, fornecido pelo MDA e recolhido pelo profissional responsável pelos serviços de Ater, com a assinatura do representante familiar.
A transferência dos recursos depende da assinatura do termo de adesão e da apresentação do projeto de estruturação da unidade produtiva familiar. Já a liberação da segunda parcela depende da apresentação de laudos de acompanhamento da unidade produtiva familiar pela equipe de Ater, atestando o progresso no desenvolvimento do projeto de estruturação.
Se a família beneficiária estiver de posse do cartão do Bolsa Família, do Cartão do Cidadão ou de qualquer outro cartão social e já cadastrou sua senha, pode sacar o seu benefício em qualquer um dos canais da rede de atendimento da Caixa Econômica Federal. Caso não seja possível o uso do cartão magnético, o beneficiário pode receber seu benefício nas agências do banco, por meio de uma guia de pagamento. O titular do cartão é o responsável pela família, conforme definido no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Caixa
domingo, 7 de junho de 2015
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Seguro Defeso pelo INSS
É não tá fácil pro INSS assumir esta responsabilidade, mas pelo visto estão buscando meios de dar conta, como neste caso de Alagoas.
INSS atendeu 1.600 pescadores em Porto Calvo e Penedo
Mais 1.600 pescadores, que estavam com agendamento marcado para requerer o seguro defeso, foram atendidos através do mutirão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), realizado no fim de semana passado. A ação foi realizada em Porto Calvo e Penedo, atendendo a todos os usuários com agendamento para este serviço. Em Penedo o atendimento aconteceu das 07h às 18h30 no sábado; no domingo o atendimento foi encerrado às 11h. Já em Porto Calvo o atendimento foi estendido até 23h no sábado e até as 15h no domingo.
Foram realizados 495 atendimentos na unidade de Penedo e, em Porto Calvo, 1.141. Para realizar o atendimento, os pescadores foram atendidos por 12 servidores em Penedo e 13 em Porto Calvo.
Fonte: Alagoas 24 horas
INSS atendeu 1.600 pescadores em Porto Calvo e Penedo
Mais 1.600 pescadores, que estavam com agendamento marcado para requerer o seguro defeso, foram atendidos através do mutirão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), realizado no fim de semana passado. A ação foi realizada em Porto Calvo e Penedo, atendendo a todos os usuários com agendamento para este serviço. Em Penedo o atendimento aconteceu das 07h às 18h30 no sábado; no domingo o atendimento foi encerrado às 11h. Já em Porto Calvo o atendimento foi estendido até 23h no sábado e até as 15h no domingo.
Foram realizados 495 atendimentos na unidade de Penedo e, em Porto Calvo, 1.141. Para realizar o atendimento, os pescadores foram atendidos por 12 servidores em Penedo e 13 em Porto Calvo.
Fonte: Alagoas 24 horas
terça-feira, 2 de junho de 2015
Câmara dos Deputados rejeita liberação de pesca artesanal na Estação de Tamoios
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados rejeitou, na quarta-feira (27), o Projeto de Lei 4119/12, que libera a pesca artesanal na Estação Ecológica de Tamoios, nos municípios de Angra dos Reis e Parati (RJ). Como tramita em caráter conclusivo e foi rejeitado pela única comissão que analisaria seu mérito, o texto será arquivado, exceto se houver recurso.
De acordo com o autor da proposta, deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), a demarcação da estação ecológica foi feita sem estudo técnico-científico e consulta aos moradores da região, em prejuízo a mais de 15 mil moradores da Costa Verde (Angra-Paraty), que praticam a pesca amadora, o comércio artesanal e alugam moradias para turistas.
A Comissão de Meio Ambiente, no entanto, seguiu o voto do relator, deputado Daniel Coelho (PSDB-PE), pela rejeição da matéria. Segundo ele, o extrativismo dentro de estações ecológicas contraria a Lei 9.985/00, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.
Daniel Coelho acrescentou que a Estação Ecológica de Tamoios foi criada em 1990 pelo Decreto 98.864, como unidade de conservação federal de proteção integral. A área inclui 29 ilhas, lajes e rochedos e seus respectivos entornos marinhos com raio de 1 km, representando 4% da Baía da Ilha Grande.
“O conflito entre a conservação e o uso econômico da biodiversidade deve ser gerenciado em um contexto mais amplo que apenas as 29 ilhas da estação”, argumentou o relator. Na opinião dele, para solucionar a questão, ele sugere negociação entre o poder público e os moradores da região que vise a preservar os criadouros naturais e a garantir o repovoamento pesqueiro.
Alternativa
Como alternativa à pesca proibida, Coelho cita a maricultura (cultivo de organismos vivos na água salgada) que pode ser realizada na Baía da Ilha Grande sem necessidade de usar as áreas protegidas. Conforme o deputado, o Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande distribui, há duas décadas, vieiras (moluscos naturais da costa brasileira) jovens como medida de expandir seu cultivo na baía.
A comissão também rejeitou o PL 4196/12, que tramita apensado ao PL 4119/12 e libera o tráfego de embarcações particulares, a pesca artesanal e a utilização das praias, por banhistas, na Estação Ecológica de Tamoios. Conforme o relator, a geografia da unidade de conservação é fragmentada, com suas ilhas distribuídas pela Baía da Ilha Grande, e já não existe impedimento legal ao tráfego de embarcações no espaço entre ilhas, exceto no raio de 1 km que as circunda.
Íntegra da proposta:
PL-4119/2012
PL-4196/2012
Fonte: Agência Câmara Notícias
Para saber mais:
Estação Ecológica de Tamoios:
A ESEC Tamoios é uma Unidade de Conservação federal de proteção integral, criada em 1990, como contrapartida da implantação das Usinas Nucleares de Angra 1, 2 e 3, com o objetivo de preservar o riquíssimo ecossistema insular e marinho da Baía da Ilha Grande e permitir o monitoramento de sua qualidade ambiental.
Criada pelo Decreto nº 98.864, de 23 de janeiro de 1990, com o objetivos de proteção integral para a realização de pesquisa e monitoramento dos ambientes marinhos e das ilhas da Baía da Ilha Grande, a ESEC Tamoios está localizada entre os municípios de Angra dos Reis e Paraty. Sua área inclui 29 ilhas lajes e rochedos e seus respectivos entornos marinhos com raio de 1km, representando 4% da Baía da Ilha Grande.
Para garantir que os objetivos da Unidade sejam cumpridos, as seguintes atividades são proibidas dentro dos limites da Estação Ecológica:
Desembarcar
Mergulhar
Pescar
Fundear
Construir
Fonte e imagem: ICMBio
De acordo com o autor da proposta, deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), a demarcação da estação ecológica foi feita sem estudo técnico-científico e consulta aos moradores da região, em prejuízo a mais de 15 mil moradores da Costa Verde (Angra-Paraty), que praticam a pesca amadora, o comércio artesanal e alugam moradias para turistas.
A Comissão de Meio Ambiente, no entanto, seguiu o voto do relator, deputado Daniel Coelho (PSDB-PE), pela rejeição da matéria. Segundo ele, o extrativismo dentro de estações ecológicas contraria a Lei 9.985/00, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.
Daniel Coelho acrescentou que a Estação Ecológica de Tamoios foi criada em 1990 pelo Decreto 98.864, como unidade de conservação federal de proteção integral. A área inclui 29 ilhas, lajes e rochedos e seus respectivos entornos marinhos com raio de 1 km, representando 4% da Baía da Ilha Grande.
“O conflito entre a conservação e o uso econômico da biodiversidade deve ser gerenciado em um contexto mais amplo que apenas as 29 ilhas da estação”, argumentou o relator. Na opinião dele, para solucionar a questão, ele sugere negociação entre o poder público e os moradores da região que vise a preservar os criadouros naturais e a garantir o repovoamento pesqueiro.
Alternativa
Como alternativa à pesca proibida, Coelho cita a maricultura (cultivo de organismos vivos na água salgada) que pode ser realizada na Baía da Ilha Grande sem necessidade de usar as áreas protegidas. Conforme o deputado, o Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande distribui, há duas décadas, vieiras (moluscos naturais da costa brasileira) jovens como medida de expandir seu cultivo na baía.
A comissão também rejeitou o PL 4196/12, que tramita apensado ao PL 4119/12 e libera o tráfego de embarcações particulares, a pesca artesanal e a utilização das praias, por banhistas, na Estação Ecológica de Tamoios. Conforme o relator, a geografia da unidade de conservação é fragmentada, com suas ilhas distribuídas pela Baía da Ilha Grande, e já não existe impedimento legal ao tráfego de embarcações no espaço entre ilhas, exceto no raio de 1 km que as circunda.
Íntegra da proposta:
PL-4119/2012
PL-4196/2012
Fonte: Agência Câmara Notícias
Para saber mais:
Estação Ecológica de Tamoios:
A ESEC Tamoios é uma Unidade de Conservação federal de proteção integral, criada em 1990, como contrapartida da implantação das Usinas Nucleares de Angra 1, 2 e 3, com o objetivo de preservar o riquíssimo ecossistema insular e marinho da Baía da Ilha Grande e permitir o monitoramento de sua qualidade ambiental.
Criada pelo Decreto nº 98.864, de 23 de janeiro de 1990, com o objetivos de proteção integral para a realização de pesquisa e monitoramento dos ambientes marinhos e das ilhas da Baía da Ilha Grande, a ESEC Tamoios está localizada entre os municípios de Angra dos Reis e Paraty. Sua área inclui 29 ilhas lajes e rochedos e seus respectivos entornos marinhos com raio de 1km, representando 4% da Baía da Ilha Grande.
Para garantir que os objetivos da Unidade sejam cumpridos, as seguintes atividades são proibidas dentro dos limites da Estação Ecológica:
Desembarcar
Mergulhar
Pescar
Fundear
Construir
Fonte e imagem: ICMBio
segunda-feira, 1 de junho de 2015
MP alerta para impacto de mega-empreendimento sobre comunidade pesqueira de Maricá
Os ministérios públicos Federal (MPF) e do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) querem saber qual será o impacto da instalação do complexo turístico e residencial Fazenda São Bento da Lagoa, de 840 hectares, na comunidade tradicional de pescadores Zacarias, em Maricá. Em maio, o projeto recebeu a licença prévia, a primeira de três, que vão autorizar a construção e o funcionamento do local.
Representantes dos ministérios Público Federal e do Rio de Janeiro visitaram a Comunidade Tradicional de Pescadores Zacarias, em Maricá, para saber qual será o impacto da instalação de um mega-empreendimento turístico na regiãoTânia Rêgo/Agência Brasil
A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) também monta um dossiê para acionar a Organização das Nações Unidas (ONU) contra o empreendimento. O documento trará denúncias de coação e intimidação de moradores. O grupo IDB Brasil, responsável pelo complexo, nega qualquer forma de ameaça.
Às margens da Lagoa de Maricá, em uma área de chão batido, a comunidade Zacarias terá de ser parcialmente realocada para instalação do complexo. Perderá a centenária sede da associação de pescadores, onde funciona o único parquinho para crianças e tradicionalmente são realizadas as festas. Muitos moradores são contra o empreendimento, temem que a chegada de 20 mil pessoas e as novas edificações causem danos ao meio ambiente e mudem o perfil do lugar. Outra preocupação é com a passagem para o mar, que terá de ser feita pelo condomínio.
Na última semana, após reunião na comunidade, um dos promotores que analisam os impactos socioambientais do projeto, José Alexandre Maximino Mota, disse que algumas questões ainda não estão claras. “Será que os moradores serão absorvidos pelos novos empregos? Será que estarão qualificados? Ou, no médio e longo prazo, haverá uma expulsão, por aumento do custo de vida?”.
O Ministério Público Federal, que também esteve na reunião, inicia estudos antropológicos sobre os impactos na comunidade e acompanha a questão ambiental. Um dos pontos é a regularização fundiária coletiva que a comunidade tem direito, na visão dos ministérios públicos, por estar há anos assentada em Zacarias.
Para tentar permanecer, uma parte da comunidade quer a titulação coletiva do território, incluindo a sede da Associação Comunitária de Cultura e Lazer dos Pescadores de Zacarias, de 1943. “O povo aqui só sabe pescar. Sair daqui, é sair para morrer”, disse o presidente da entidade, Vilson Corrêa. A posse coletiva é dada em nome da comunidade e não permite a venda, o que garante unidade, diz.
Para titulação coletiva, é necessária uma ação de desapropriação de parte da fazenda, que hoje é particular.
Alguns dissidentes, no entanto, que fundaram outra associação, a Associação de Moradores e Pescadores de Zacarias, de 2009, são a favor do empreendimento, que concederá títulos individuais, concordam com a realocação de casas. Para eles, o complexo trará serviços que a população aguarda.
“Não temos comércio, não temos posto de saúde, asfalto, saneamento, lazer, nada”, disse o presidente, Washington da Costa. “Se os órgãos competentes não fazem, melhor entregar às empresas para facilitar a vida da comunidade”, avaliou.
Responsável pelo empreendimento, o grupo IDB Brasil esclarece que estenderá à comunidade de Zacarias as mesmas vantagens que serão oferecidas aos novos residentes. “Faremos toda a infraestrutura do nosso empreendimento, como pavimentação e urbanização porque a prefeitura pode não ter fundos ou ter outras prioridades”, disse o diretor-executivo do IDB Brasil, David Galipienzo. “Como Zacarias está integrada, decidimos estender as benfeitorias por iniciativa própria”, explicou.
As melhorias, segundo David, não podem ser vistas como forma de assédio à comunidade local. “São claramente uma contrapartida socioeconômica”, frisou.
Fonte: EBC
Imagens: EBC
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