O objetivo do consórcio é apoiar e financiar ações de pesquisa em pesca e aquicultura no país. A ideia é estabelecer todas as regras de funcionamento do consórcio, como as fontes de recursos, as normas de financiamento, o perfil das instituições participantes, as instâncias deliberativas, as estratégias e as normas de operação.
Para o ministro, o momento é importante, uma vez que o setor de pesca e aquicultura cresce cada vez mais no Brasil. Segundo ele, o país passou a ser atrativo nessa área superando o consumo de pescado, que antes era bastante baixo. De 2003 até os dias atuais a produção cresceu cerca de 25%. “Podemos afirmar que esse é o segmento da agropecuária brasileira que vai colocar o Brasil entre os primeiros dos grandes produtores de pescado”, afirmou. O ministro espera que até o final do ano o consórcio esteja estabelecido.
De acordo com o presidente da Embrapa, o principal desafio do consórcio vai ser a articulação forte com o intuito de catalizar resultados. Ele apontou o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e desenvolvimento do Café, coordenado pela Embrapa, como um bom modelo a ser seguido. “A Embrapa pesca e aquicultura foi criada, mas a maior parte das competências está fora do centro de pesquisa. Por isso a necessidade de se criar o consórcio para unir essas competências, e consequentemente valorizar o pessoal envolvido e fazer com que se sintam parte do processo”, comentou.
Durante a abertura, o diretor da Embrapa, Kepler Euclides Filho, falou da importância de se formar um grupo de trabalho específico para apontar as necessidades de pesquisas atuais com visão de futuro. O diretor ressaltou ainda que é preciso fazer o coletivo sem perder as individualidades e não priorizar somente a produção como o processamento e agregação de valores.
A reunião conta com a participação também do chefe geral da Embrapa pesca, aquicultura e Sistemas Agrícolas, Carlos Magno, e de profissionais da Embrapa e do Ministério da pesca e aquicultura.
Consórcio Pesquisa Café é modelo de experiência
Durante o evento, a gerente-geral da Embrapa Café (Brasília-DF), Mirian Eira, apresentou o relato da experiência do Consórcio Pesquisa Café.
“O nosso papel é servir de exemplo de execução de um modelo consorciado. Vamos mostrar as oportunidades e os desafios enfrentados nesse arranjo institucional adotado pela pesquisa em café, sucesso não só no País, mas também fora dele. O fato de estarmos sendo buscados para dividir nossa experiência representa um reconhecimento do realizado trabalho pelo Consórcio e pela Embrapa Café, executora do Programa de Pesquisa do Café explica a gerente-geral.
Desde 2007 a Embrapa coordena um projeto em rede que envolve mais de 70 pesquisadores e conta com a participação de universidades públicas e privadas, empresas de pesquisa e institutos ligados às áreas de agricultura, aquicultura e meio ambiente. O projeto Aquabrasil é coordenado pela Embrapa Pantanal, sediada em Corumbá (MS).
A crescente demanda por pesquisas relacionadas ao tema motivou também a criação de uma nova unidade, a Embrapa pesca, aquicultura e Sistemas Agrícolas, que desde o ano passado conta com uma equipe no Estado do Tocantins para coordenar a construção de instalações administrativas, laboratórios e campos experimentais. A unidade terá um papel aglutinador das pesquisas em aquicultura no país, formando redes internas e externas à Empresa.
Fonte: PORTAL DO AGRONEGÓCIO
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