quarta-feira, 18 de abril de 2012
Pesca sem controle traz risco para biodiversidade dos oceanos
Em todo mundo, 20% da proteína consumida provêm do mar, alerta Ray Hilborn, cientista Universidade de Washington. No último dia 6, ele lançou o livro “Overfishing. What Everyone Needs to Know” (Sobrepesca. O que todo mundo precisa saber, em tradução livre), pela Oxford University Press, no qual ressalta que ainda é preciso criar mecanismos para garantir que esta atividade seja feita de maneira sustentável.
Controlar a indústria pesqueira não é uma tarefa fácil. Principalmente quando a atividade ocorre em alto-mar, sobretudo em águas internacionais. Outro problema é o transbordo de pescado de um barco para o outro, dificultando a determinação da origem do peixe.
O livro aborda os impactos na cadeia alimentar que uma única espécie de peixe pode provocar. E ressalta a ausência de dados suficientes, e mesmo de pesquisas científicas, que possam sustentar recomendações ou restrições à atividade pesqueira.
O especialista faz a pergunta: o que é sobrepesca? E fornece várias respostas. Ele chama de "sobrepesca de produção" a retirada de muitos peixes da água, deixando pouca quantidade deles no mar, o que afeta a reposição dos estoques. Mas classifica de "sobrepesca econômica" a diminuição dos lucros por conta da grande competição. A disputa de muitos barcos por algumas espécies leva a gastos excessivos em combustíveis, por exemplo. Isto representa um risco para a sobrevivência do bacalhau, de tubarões, atuns e de outros peixes ameaçados de extinção.
O autor, no entanto, não é alarmista. O especialista ressalta que os estoques de algumas destas espécies estão se recuperando bem, além de falar dos esforços da certificação da atividade, uma tarefa árdua por conta da difícil fiscalização. Além disso, cita alguns países, entre eles Nova Zelândia, Islândia, Noruega e Estados Unidos, que têm conseguido colocar em prática boas iniciativas relacionadas à pesca.
Fonte: D24AM
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