quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PE - Primeira despesca de beijupirá criado em cativeiro por pescadores de Pernambuco




Na primeira quinzena de setembro foi realizada a primeira despesca no Brasil de peixes marinhos cultivados em alto mar por pescadores do Litoral de Pernambuco, neste caso o beijupirá. A atividade pioneira no País faz parte de um projeto piloto que pretende disponibilizar novas tecnologias para pescadores marinhos de base familiar e é coordenado por um Comitê Gestor liderado pela UFRPE, com as participações do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Ministério da Pesca e Aquicultura, Associação dos Pescadores Artesanais da Barra de Jangada, Colônia Z-1 e a Colônia Z-25.




O investimento, da ordem de R$ 2,2 milhões, é financiado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura e pela Petrobras e beneficiará diretamente pescadores de três organizações sociais, além de mais de 8,8 mil pescadores de forma indireta em todo o Estado. A parceria entre o IPA e a UFRPE é importante, pois permitirá aos engenheiros de pesca do Instituto absorver as tecnologias de cultivo à medida que são desenvolvidas, dando a possibilidade de difusão de criação em gaiolas por meio do trabalho de assistência técnica e extensão aquícola.
De acordo com o engenheiro de pesca e extensionista rural do IPA, Gilvan Pais de Lira Júnior, a piscicultura marinha é uma das atividades produtivas de grande potencial socioeconômico em escala mundial, pois, não apenas gera emprego e renda, como minimiza os impactos da pesca predatória, possibilitando o repovoamento marinho das espécies ameaçadas. “O cultivo de peixes marinhos proporcionará uma excelente opção de renda para as comunidades pesqueiras que poderão, a partir daí, conciliar a maricultura com a pesca, melhorando sua qualidade de vida”.



A unidade de pesquisa e aprendizagem coletiva foi implantada a 10 quilômetros da costa de Boa Viagem, sendo as estruturas de cultivo e a lancha de apoio adquiridas no Chile. “Uma das maiores vantagens do beijupirá é ser uma espécie nativa da costa nordestina de rápido crescimento, alcançando cinco quilos após um ano de cultivo. Gilvan diz que esse acontecimento é um marco na história da aquicultura brasileira de base familiar e a considera como uma grande realização profissional, pois há 11 anos realizou pesquisas em Santa Catarina com engorda, reprodução e larvicultura de peixes marinhos em nível experimental, mas desde essa época a atividade não apresentava ações com tamanhas perspectivas de fomento ao desenvolvimento da produtividade no país.

Fonte: IPA
Foto: IPA / Gilvan Lira Júnior
Vídeo: Gilvan Lira Júnior

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