Visando a assegurar informações científicas à Comissão Internacional a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT), um convênio entre Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Universidade Federal do Espírito Santo (UFes) e Fundação Ciciliano Abel de Almeida irá estudar a pesca no Espírito Santo.
O projeto faz parte do Programa de Estatística Pesqueira do Espírito Santo que irá verificar a dinâmica da pesca artesanal e industrial das frotas linheira, lagosteira e camaroeira nos portos do Estado, e aproveitar que se trata de um dos maiores produtores de atum do País, para buscar dados científicos sobre a espécie, visando à sua preservação.
A notícia divulgada pela Fundação de Apoio à Ufes é que as informações poderão contribuir para a conservação e o manejo das diversas espécies de atum do Oceano Atlântico.
Além disso, serão analisados pescados como badejo, pescadinha, cação, peroá, lagosta e camarão. O projeto irá verificar a dinâmica da pesca artesanal e industrial nos portos de Itapemirim, Piúma, Marataízes, Anchieta, Guarapari, Vitória, Vila Velha, Aracruz, Conceição da Barra e São Mateus, onde estão situados alguns dos pontos amostrais da pesquisa.
Segundo a Fundação de Apoio a Ufes (FCAA), o monitoramento será contínuo de 23 locais de desembarque pesqueiro ao longo da costa capixaba, abrangendo todos os municípios costeiros e acompanhando os parâmetros biológicos das principais espécies desembarcadas no Espírito Santo.
A coleta de dados, já iniciada nos pontos amostrais, é feita em três etapas: desembarque (por meio de questionários que apontam a espécie do peixe, peso e quantidade); coletas mais detalhadas de observadores a bordo das embarcações; e amostragem biológica, que observa o tamanho, a variedade das espécies, a época de reprodução, os hábitos alimentares, entre outras características.
Ao todo, 23 coletores participam dos trabalhos. Entre eles, filhos de pescadores que residem na comunidade e têm o ensino médio completo. Segundo a FCAA, os coletores têm a expectativa de estudar e desenvolver o potencial para a pesquisa, assim como seguir carreira no mercado e até mesmo na Marinha.
Além dos filhos dos pescadores dos sete pontos amostrais, participam do estudo estudantes da Ufes, oceonógrafos, biólogos e as comunidades pesqueiras.
Ao todo, a pesca no Espírito Santo é responsável por 14 mil empregos diretos e cinco 5 mil indiretos.
Fonte: Século Diário
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