Em setembro de 1961, a Refinaria Duque de Caxias (REDUC) deu início às suas operações. Passados 50 anos, o presente seminário objetiva discutir os impactos ambientais, sociais e econômicos da instalação dessa refinaria e do complexo petroquímico que se desenvolveu ao seu redor.
Para alguns, ela é vista como fonte de riqueza econômica e progresso, representada nos impostos pagos pela refinaria e na geração de postos de trabalho.
Para outros, contudo, representa fonte de poluição, de condições de vida insalubres, resultado de riscos e danos cotidianos tais como riscos de vazamentos de óleo/gases, lançamento de efluentes industriais nos rios, mar e solos, transporte de cargas perigosas, armazenamento de combustíveis e outros derivados do petróleo, emissões gasosas, explosões, incêndios (como o de 1972), entre outros, que se somam aos sofrimentos decorrentes de se residir em habitações precárias, em locais com riscos de enchentes, falta de equipamentos públicos de saúde, abastecimento regular de água tratada e de outras ações de saneamento e dificuldade de inserção em postos de trabalho na Refinaria e outras empresas do Pólo Petroquímico (quando conseguem, em geral são em funções que exigem menor qualificação e maior exposição a riscos).
Esta situação, que pode ser entendida como de injustiça ambiental, tem origem em processos complexos de produção de desigualdades, envolvendo relações entre trabalhadores, empresas, sociedade e governos, que serão discutidas ao longo do seminário.
A partir desse debate, espera-se contribuir para processos decisórios mais participativos, que envolvam o controle social das atividades industriais e a promoção de justiça ambiental.
Fonte: Sindipetro
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