Os pescadores da área onde decorrem prospecções de petróleo podem vir a ser compensados pela empresa que está a proceder às operações, que estarão a afectar entre 400 a 500 pescadores, indicou o Ministério da Agricultura.
Entre 400 a 500 pescadores parados devido à prospecção de petróleo entre Aveiro e Nazaré
"Embora a compensação pelas consequências das interdições não tenham sido acauteladas aquando do licenciamento para a prospecção, em 2007, a empresa Mohave Oil and Gas Corporation (...) poderá ter reservado uma quantia para eventuais compensações", informou o ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, este domingo, em comunicado.
No sábado, as associações de pescadores do Norte alertaram, em declarações à Agência Lusa, que entre 400 a 500 associados estão "sem meios de subsistência" por "não trabalhar devido à prospecção de petróleo" que decorre entre Aveiro e a Nazaré e garantiram que estavam dispostos a avançar com "formas de luta".
José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, na Póvoa de Varzim, afirmou que as três associações (Pró-Maior, Propesca e Pescadores do Norte) tentaram durante toda a semana passada "falar com alguém do Ministério para obter uma justificação", mas sem sucesso.
O ministério liderado por Assunção Cristas afirma que a empresa que faz a prospecção de crude, "ciente da sua responsabilidade social", pode vir a compensar os pescadores.
Assim, os pedidos de compensação recebidos na última semana estão a ser "encaminhados para a Secretaria de Estado da Energia que tutela a Direcção Geral da Energia e Geologia responsável pela gestão do licenciamento da Mohave Oil and Gas Corporation".
Fonte: Jornal de Notícias
Foto: João Manuel Ribeiro/GLOBAL IMAGENS
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