Imagine um mundo sem peixes.
Filmado ao longo de dois anos, The End of the Line segue o repórter de investigação Charles Clover enquanto este confronta políticos e restaurantes célebres que mostram pouca preocupação pelos danos que causam aos oceanos. Filmado pelo mundo fora – desde o Estreito de Gibraltar até às costas do Senegal e Alasca, passando pelo mercado do peixe em Tóquio – e mostrando cientistas de renome internacional, pescadores locais, e fiscais da pesca, The End of the Line é um alerta para o mundo.
No filme são mostradas imagens em primeira mão dos efeitos da nossa paixão pelo peixe como fonte de alimento. É ainda mostrada a extinção eminente do atum-rabilho (azul), causada pela procura crescente do atum para sushi nos países ocidentais, o impacte sobre a vida marinha causado pela enorme sobrepopulação de alforrecas (medusas, água-vivas) e as profundas implicações de um mundo sem peixe, que causaria certamente a fome em grande escala.
O filme coloca frontalmente a responsabilidade nos consumidores que inocentemente compram peixe em risco, políticos que ignoram os conselhos e avisos dos cientistas, pescadores que excedem as quotas e pescam ilegalmente, e a indústria pesqueira mundial que tarda em reagir a um desastre eminente.
The End of the Line é um exemplo da nova onda de documentários. É um filme independente – feito fora da estrutura de produção cinematográfica convencional. É um filme de campanha que pretende mudar o mundo através do envolvimento de grandes audiências num assunto político.
Fonte: Planeta Azul
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