quarta-feira, 30 de junho de 2010

Camex reduz imposto de importação de sardinha congelada


A Câmara de comércio Exterior (Camex) publicou no Diário Oficial da União (DO) desta sexta-feira (25) resolução que baixa de 10% para 2% a alíquota do Imposto de importação da sardinha congelada até o fim de agosto, quando termina o período do "defeso", informou o Ministério do desenvolvimento, indústria e comércio Exterior (MDIC).

Durante o "defeso", a pesca não é permitida para promover a recuperação dos cardumes e dos estoques, objetivando o retorno da pesca para níveis considerados sustentáveis. Com a redução do imposto de importação, o produto congelado de outros países fica mais barato.

Fonte: Popular Online

terça-feira, 29 de junho de 2010


São Pedro

por Mauricio Düppré
Rio de Janeiro, junho de 2010

São Pedro


Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão (o verdadeiro nome de Pedro) era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Era filho de um homem chamado João ou Jonas e tinha por irmão o também apóstolo Santo André. Novas pesquisas no campo demonstram que Pedro e os demais apóstolos não eram simples pescadores. Ele e André eram "empresários" da pesca e tinham sua própria frota de barcos, em sociedade com Tiago, João e o pai destes Zebedeu. Pedro era casado e tinha pelo menos um filho. Sua esposa era de uma família rica e moravam numa casa própria.

Segundo o relato no Evangelho de São Lucas, Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma de suas embarcações, de forma a poder pregar a uma multidão de gente que o queria ouvir. Pedro, que estava lavando as redes com São Tiago e João, seus sócios, concedeu-lhe o lugar no barco que foi afastado um pouco da margem.

No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro disse-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira mas, em atenção ao seu pedido, iria. O resultado foi uma pescaria excelente, com as redes lotadas de peixe (dizem que era tilápia), sendo necessária a ajuda dos barcos dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes.

Numa atitude de humildade e espanto Pedro prostou-se perante Jesus e disse para que se afastasse dele, já que é um pecador. Jesus encorajou-o, então, a segui-lo, dizendo que o tornará "pescador de homens".


Informações: Wikipédia

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cabo Frio: Festival do Camarão

Neste final de semana ocorreu o Festival do Camarão na Praia do Siqueira, a beira da lagoa de Araruama no município de Cabo Frio.

A estrutura completa do evento, que contou com 26 barracas especializadas em pratos de camarão, 12 barracas de doces, 30 de artesanato, além de palco para shows, já está sendo montada nas areias da Praia do Siqueira. Serão comercializados 42 diferentes pratos à base no fruto do mar, no valor de R$ 8 cada (preço padrão).

No menu, estavam pratos nas mais diferentes formas e sabores, que vão dos petiscos, como os pastéis, bolinho de aipim, empanados e o tradicional e delicioso alho e óleo, até os mais sofisticados à francesa, à litorânea, ao Thermidor, ao molho de ervas finas, camarão na moranga, penne ao molho branco, entre outros.

Cuidado com o Meio Ambiente – Durante os três dias do Festival do Camarão, todo o óleo utilizado na fritura dos pratos foi recolhido pela empresa Centro de Logística e Apoio à Natureza. Em cada barraca foi colocado um recipiente para depósito da gordura utilizada, evitando que a areia sofra com a contaminação dos dejetos.

A programação de shows teve início às 20h na sexta-feira e às 19h no sábado e domingo.

O Festival do Camarão de Cabo Frio foi uma realização da Prefeitura local e o apoio do SEBRAE/RJ e da CCR – Via Lagos.

Fonte: Prefeitura Municipal de Cabo Frio

sábado, 26 de junho de 2010

LIVRO: No Coração do Mar (2000) - Nathaniel Philbrick

O naufrágio do baleeiro ESSEX, no Século 19 foi um acontecimento tão comentado quanto o naufrágio do Titanic no Século 20. Albaroada 2 vezes por uma baleia cachalote, que a golpeou com a cabeça, a embarcação afundou rapidamente.

Amontoados  em 3 botes no meio do Oceano Pacífico, os tripulantes navegaram por 3 meses, percorrendo milhares de milhas em mar aberto na esperança de salvação, por terra firme ou alguma embarcação que os socorresse.

Os naufragos chegaram a avistar uma ilha, desembarcaram nela, mas em poucos dias não havia mais água doce nem alimento na ilha deserta e tiveram que voltar aos botes em busca de melhor sorte.

A escassez de água e comida os submeteram aos horrores da inanição e da desidratação, da doença e da loucura, e os levou aos extremos da morte como o canibalismo.



Mais do que uma aventura, a tragédia desses homens simples, alguns ainda adolescentes, desafia o leitor a refletir sobre a capacidade de resistência do espírito humano diante de adversidades insuperáveis.

Este episódio inspirou Herman Melville a escrever sua obra mais conhecida, Moby Dick.

sexta-feira, 25 de junho de 2010


Jubartes

Oceano Atlântico - Novembro, 2002
por Maurício Düppré

Pesca de Baleia - Sem Acordo

Discussões entre nações baleeiras e oponentes à caça para chegar a um acordo durante uma reunião anual da Comissão Internacional de Caça a Baleias (IWC, na sigla em inglês) fracassaram.

Após dois dias de negociações privadas, delegados participantes anunciaram que não foram capazes de chegar a um acordo em relação às questões mais importantes.

O acordo teria colocado atividades baleeiras na Islândia, Japão e Noruega sob supervisão internacional durante dez anos.

As negociações para o "plano de paz" vinham acontecendo há dois anos. Agora, os participantes preveem que haja um período de esfriamento que deve durar um ano.

"Após dois dias de negociações (...) parece que nosso processo chegou a um impasse", disse uma representante dos Estados Unidos, Monica Medina.

Os Estados Unidos estão entre as nações fazendo pressão para que haja um acordo. Segundo Medina, o fracasso das discussões não é culpa de nenhum país em particular.

Responsabilidade
Outros delegados, no entanto, tentaram - ainda que de forma moderada - responsabilizar seus oponentes pelo fracasso do plano.

A representante da Argentina, Susana Ruiz Cerutti, disse que um esboço da proposta que circulava entre governos há dois meses não atendia às necessidades de países latino-americanos.

"Ela legitima a pesca científica no Oceano do Sul (pelo Japão) e não reduz substancialmente os números", disse Cerutti.

A diferença que existe entre esta visão e a posição das nações baleeiras foi exemplificada pela representante do Ministério da Agricultura e Pesca do Japão, Yasue Funayama.

Para Funayama, o objetivo das negociações era "devolver a IWC sua função de organização administradora de recursos".

Nações contrárias à pesca de baleias querem que a IWC se transforme em uma organização voltada à conservação.

A proposta "continha elementos que o Japão teria extrema dificuldade em aceitar", disse Funayama.

Nos bastidores, fontes japonesas disseram que, para elas, o principal problema era a exigência, pela União Europeia e países latino-americanos, de que o programa de pesca na Antártida fosse suspenso dentro de um prazo definido de tempo.

Do ponto de vista do Japão, concordar em reduzir sua cota de 935 baleias caçadas por ano hoje para 200 daqui a dez anos representava um passo significativo, uma oferta que deveria ter sido aceitável para seus oponentes. Mais negociações, possivelmente sobre uma redução gradual até a suspensão total, aconteceriam mais adiante.

Geoffrey Palmer, ex-primeiro-ministro da Nova Zelândia e atual comissário para atividades baleeiras, intimamente envolvido nas "negociações de paz" disse que o "Japão mostrou flexibilidade real e vontade real de chegar a um acordo".

"Mas estamos em uma situação hoje em que as distâncias não podem ser eliminadas".

"E a razão para isso é óbvia - falta vontade política de vencer essas distâncias para que se chegue a uma solução de meio-termo".
Incerteza
O caminho agora é incerto. Muitos delegados estão se perguntando qual seria a vantagem de se deixar o assunto em aberto durante mais um ano. Se o acordo é impossível, então talvez seja melhor encarar os fatos agora, argumentam.

Optar por mais tempo "questionaria a credibilidade da comissão", disse Rami Parmentier, consultor político do Pew Environment Group, uma das entidades que vêm apoiando a ideia de uma solução de meio-termo.

Mas talvez haja também uma relutância em abandonar o tom construtivo dos últimos dois anos e arriscar um retorno ao clima de conflito que caracterizou a IWC no passado.

Outros grupos contrários à pesca da baleia, no entanto, ficaram satisfeitos por seus governos não terem aceito a proposta, já que, para eles, ela teria legitimado as atividades baleeiras da Islândia, Japão e Noruega.

"Se esse acordo tivesse vivido, teria vivido na vergonha", disse Patrick Ramage, chefe do programa de baleias do International Fund for Animal Welfare (IFAW).

"Talvez haja um período de resfriamento na IWC, mas nesse período, os baleeiros estarão ocupados, caçando suas presas", afirmou.

Fonte: UOL / BBC Brasil

EUA - Golfo do México - Bolsão de óleo no fundo do mar

O governo americano reconheceu oficialmente que o vazamento no Golfo do México provocou um bolsão de óleo no fundo do mar. A empresa BP retomou a coleta de petróleo que tinha sido suspensa na quarta.

Foram 12 horas sem a tampa que tem funcionado como um grande aspirador do óleo que jorra sem parar desde abril. Ela foi retirada depois que um dos robôs submarinos usados na operação de sucção se chocou com a peça. Os engenheiros temiam que a ela pudesse estar danificada.

Depois de uma inspeção de segurança, a tampa foi recolocada no lugar e o trabalho de aspiração do petróleo recomeçou. Mesmo assim, de cada 100 litros de óleo que vazam, 70 continuam indo parar no meio do oceano. E o óleo que jorra do fundo do mar não vai todo direto para a superfície.

Nesta quinta-feira, cientistas do governo confirmaram que parte do petróleo está acumulado em um grande bolsão a quase um quilômetro de profundidade.

Por dia, vazam no golfo 6,8 milhões litros de petróleo, comprometendo a pesca na região e poluindo o litoral sul dos Estados Unidos, onde várias reservas ambientais já foram afetadas
.

Fonte: G1

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Indonésia: Pesca artesanal de baleia

Abaixo interessante reportagem de julho de 2007 (Mail Online) sobre a comunidade de Lamalera na Indonésia, que pesca baleias cachalotes de forma bem rústica e que são em determinada época do ano o principal sustento de toda a comunidade local.

Remete-nos não só a captura de baleias mas a qualquer recurso pesqueiro e a importância do equilíbrio necessário entre preservação e a exploração do recurso vivo de forma sustentável.

Os Pescadores que capturam baleias com as próprias mãos


Por Bona Beding (Tradução livre: Maurício Düppré)

O modo de vida é o mesmo há centenas de anos: um grupo de habilidosos pescadores que utilizam apenas a coragem e seus corpos para capturar cachalotes de até 25 metros de comprimento que fornece alimento e materiais para a aldeia inteira.

Estas incríveis imagens foram feitas durante uma pesca de baleia em um dos poucos locais do mundo onde se ainda utiliza métodos artesanais para se capturar estas imensas criaturas marinhas.


Sem arpão ou barco a motor, pescador arrisca-se a morte em uma pescaria que pode garantir alimento para toda sua aldeia (Foto: Bona Beding / Mail Online).

Estes pescadores batalham mais de 6 horas empunhando facas tradicionais para golpear a baleia, chamada por eles de Koteklema. Assim, os pescadores de Lamalera (uma vila situada na porção sul da ilha Lembata, na Indonésia) matam sua presa com as próprias mãos.

Cada barco é feita a mão, sem pregos ou partes de metal e as velas são feitas de folhas de Gebang. Os cabos são feitas de folhas de palmeiras e fibras de madeira (Waru) trançados em conjunto.



Dois barcos de pesca trabalham juntos e seus capitães (Lamafas) manejam lanças contra a cachalote e ficam no ar em plena costa da Indonésia. (Foto: Bona Beding / Mail Online).


Não utilizam nenhum outro apetrecho, no ritual secular de caça a baleia, transmitida de geração em geração.

A pobre ilha, por ser bastante pedregosa tem pouco de agricultura, por isso a sua população depende principalmente do mar, que é abundante em marlins, atuns, arraias, tartarugas, polvos e lagostas.

Durante a Lefa Nue (Temporada de maio a outubro) os aldeões pescam baleias, tubarões e golfinhos.

No entanto a comunidade tem medo com o seu futuro, pois cada vez menos ocorrem pescas bem sucedidas de baleias nos últimos 5 anos. No ano passado pescaram apenas 3 koteklemas.

Os aldeões culpam a falta de harmonia entre as tribos pela constante falta de sucesso: “Se não há paz entre nós, não há boa caça de baleias” disse o aldeão Anna Bataona.

A pesca de baleia no Mar de Sawu, a Oeste de Timor é uma tradição ligada a todos os aspectos da vida em Lamalera.

O povo local acredita na harmonia entre a vida no mar e na ilha. Paz na terra garante uma boa pesca no mar.

Se o pescador (Matros) navega sem fazer as pazes com seu irmão ou inimigo seu barco enfrentará problemas durante a pesca.

As pescarias são comandadas pelo Lamafa (Capitão) que se purifica durante a temporada de caça as baleias (seis meses) abstendo-se de sexo. Eles também são proibidos de dormir enquanto durar uma viagem de pesca.

Rofinus Sanga Sulaona, 47 anos, é um dos mais habilidosos Lamafas. Ele já matou 35 cachalotes e sua presença a bordo é considerado garantia de uma boa pescaria.

Sua embarcação de pesca (peledang) que acomoda 16 homens, chamada Dolu Tene, é famosa entre os pescadores de Lamalera.

O Lamafa salta do barco segurando a “Kefa” (uma vara de bambu com uma lamina de aço na ponta funcionando como um dardo) que ele utiliza para perfurar a baleia antes de nadar de volta ao barco e pegar outra kefa.

Os pescadores trabalham como uma equipe esfaqueando o dorso da baleia e trabalhando com os cabos em torno de seu corpo maciço. Os pequenos barcos, insignificantes e inferiores em comparação a baleia, correm o risco constante de serem adernados por uma única batida de cauda.


Com apenas um choque de sua cauda a baleia pode deixar um pescador inconciente (Foto: Bona Beding / Mail Online).

Movendo-se rápida como uma lancha, a baleia arrasta os barcos pela água e reagindo com espasmos a cada kefa que é lançada contra seu corpo. A gordura da baleia, cerca de 30 centímetros de espessura, exige um grande esforço dos pescadores para se atingir a carne macia por baixo.

Mais barcos de outras tribos juntam-se no esforço desesperado de domar a baleia. Cada salto sob a baleia pode ser o ultimo do Lamafa que pode ser abatido pela cauda da baleia que o deixará inconsciente no mar.

Pode parecer uma forma cruel de caçar, mas o Lamafa Korolus ressalta “Não temos outra escolha, precisamos da Koteklema para sobreviver”.



Os pescadores golpeiam a baleia com profundidade para ultrapassar a camada de gordura e chegar até a carne macia do animal (Foto: Bona Beding / Mail Online).

Quando a baleia desiste de lutar, aplausos surgem nos barcos junto aos vitoriosos gritos de “Hirkae!”

Nesta ocasião os Pescadores de Lamafera caçaram tantas baleias quanto no ano anterior inteiro. “É por que nos conciliamos seriamente e sinceramente” diz Sanga.


Como Lamafa, Sanga recebeu os primeiros cortes da carne de baleia, mas ao invés de levar para sua casa foi na casa do Lamafa anterior, Stefanus Beding, e entregou parte a sua viúva.


“Ele me ensinou as habilidades, a disciplina e a ética de ser um Lamafa” disse “Enquanto sua viúva viver darei metade de minha parte a sua família”.



A carcaça de 25 metros de uma cachalote é descarnada na praia para a alimentação da comunidade (Foto: Bona Beding / Mail Online).

O restante dos cortes de carne são distribuídos entre os pobres e idosos da aldeia com a convicção de que a harmonia no seio da comunidade garantirá boas capturas no futuro.

Mas, com o desaparecimento dos estoques de baleia e a competição com tecnologias mais modernas, utilizadas pela frota japonesa com barcos velosos, explosives e arpões, pergunta-se quanto tempo mais durará esta notável tradição?


Fonte: Mail Online

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Controvérsia: A Pesca de baleias



Todos os verões austrais, há uma guerra no Oceano Antárctico, por causa da caça à baleia. Este ano, em janeiro, foi o trimarã Ady Gil da ONG Sea Shepard Conservation Society e o baleeiro japonês Shonan Maru que se confrontaram, de forma violenta.

O Japão é acusado pelos conservacionistas de contornar a interdição da caça comercial à baleia sob o pretexto de pesquisa científica. Uma acusação suportada por Austrália e Nova Zelândia. As águas destes países fazem fronteira com o santuário do Oceano Austral, onde impera uma moratória desde 1994.

As posições de Camberra e Tóquio sobre a caça à baleia parecem irreconciliáveis.

“A Austrália vai apresentar na Comissão Baleeira Internacional uma proposta para acabar, de forma faseada, com a caça à baleia nos oceanos do sul num período de tempo razoável”, afirma o ministro australiano dos Negócios Estrangeiros, Stephen Smith.

“Se houver uma ação judicial, o Japão vai defender-se e mostrar que as suas atividades são legais e aceitas pela Comissão Baleeira Internacional”, contra-ataca Katsuya Okada, ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão.

Em Maio, a Austrália anunciou que vai apresentar queixa contra o Japão no Tribunal Internacional de Justiça, mas para os japoneses está fora de questão renunciar a uma actividade que consideram uma tradição.

No Japão, a carne de baleia congelada do Antárctico custa 27 euros o quilo, mas a carne proveniente das costas japonesas pode atingir os 900 euros o quilo.

Em 2009, o Japão caçou mais de mil baleias, maioritariamente no Oceano Árctico, alegando investigação científica.

A Noruega, com 536 baleias apanhadas, e a Islândia, com 38, recusam a moratória da Comissão Baleeira Internacional e retomaram a caça comercial, fixando eles próprios as quotas.

Em Março, as exportações islandesas de produtos derivados de baleia para o Japão, renderam quase 1 milhão de euros à ilha do Atlântico Norte.



Fonte: Euronews

terça-feira, 22 de junho de 2010

Programa Petrobras Ambiental 2010


O Programa Petrobras Ambiental vai destinar R$ 78 milhões para os projetos de preservação do meio ambiente. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pela estatal durante o lançamento da seleção pública para os projetos deste ano. A seleção pública é uma iniciativa que garante a democratização do acesso aos recursos da companhia, permitindo que sejam inscritos projetos de todas as regiões do país. Ela ocorre a cada dois anos e também prevê o fortalecimento das organizações ambientais e suas redes e a disseminação de informações sobre o desenvolvimento sustentável.

Segundo a Petrobras, os projetos devem ter como alvo a gestão de corpos hídricos superficiais e subterrâneos; a recuperação ou conservação de espécies e ambientes costeiros, marinhos e de água doce; e a fixação de carbono e emissões evitadas.

O período de inscrição vai de hoje até o dia 19 de agosto (2010) e serão aceitas inscrições de projetos sob a responsabilidade de pessoas jurídicas, fundações e ONGs, além de outras organizações da sociedade civil. Os projetos inscritos devem ter valor de até R$ 3,6 milhões e serem executados entre 18 a 24 meses. A divulgação dos projetos selecionados está prevista para novembro deste ano.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 21 de junho de 2010

História: Pesca de baleia no litoral catarinense





Em tempo de debate sobre o retorno ou não da pesca comercial de baleia, abaixo um pouco de história sobre a atividade no litoral catarinene, mas que foi muito comum ao longo da costa brasileira. Cidades e vilarejos que carregam em seu nome Armação trazem em sua história um passado de exploração deste então importante recurso pesqueiro, que era fonte principalmenete de energia mas também de alimento.

De acordo com historiador Vilson Farias, as armações baleeiras eram empreendimentos comerciais de abate de baleias na costa. Tinham alto custo e mão de obra artesanal. Exigiam frotas de navio, fábrica de transformação do óleo e estrutura suficiente para captar e abater a franca.

A perseguição às baleias era feita em lanchas (“baleeiras”, cujo formato até hoje é comum aos barcos de pesca artesanal catarinenses) impulsionadas a remo e à vela em alto mar. Os animais eram pegos com um arpão rudimentar de ferro batido com farpas e uma haste de madeira, preso à lancha por um cabo. A baleia costumava arrastar a lancha por várias horas, antes de, exausta, morrer. A morte poderia demorar até 24 horas.

As seis unidades em Santa Catarina funcionaram de 1740 a 1850. Conforme lembra o historiador Fernando Bitencourt, o consumo da carne nunca foi o objetivo das capturas de baleias. Elas foram dizimadas por causa da espessa camada de gordura que reveste o corpo. Derretido, o óleo era destinado a iluminação e lubrificação. As barbatanas eram vendidas para fabricação de espartilhos e utilizadas como liga na produção de argamassas para igrejas e fortalezas.


Fonte: Zero Hora
Imagem: CARDUME

Edital: Programa Petrobras Ambiental









 A Petrobras realiza hoje às 14h30, o lançamento da seleção pública de projetos 2010 do Programa Petrobras Ambiental (PPA). A Petrobras realiza seleções públicas nacionais a cada dois anos. No período de 2008 a 2012, serão investidos R$ 500 milhões nas ações estratégicas do Programa. A cerimônia será realizada no edifício-sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.

O evento terá a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, da secretária do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, Marilene Ramos, e do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo.

Fonte: Agência Petrobras de Notícias

domingo, 20 de junho de 2010

sábado, 19 de junho de 2010

Responsabilidade Empresarial e Pesca Artesanal


Está disponível no site da ABDL (Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Lideranças) o artigo "Pesca artesanal e responsabilidade empresarial na Bacia de Campos: diálogo e cooperação em busca da sustentabilidade" de autoria de Letícia Nobrega e Clarissa Magalhães.

O artigo versa sobre a experiência obtida através do Programa de Apoio à Agenda Peregrino de Cooperação com a Pesca - Desenvolvimento Sustentável na Bacia de Campos realizado em meados de 2009 e inicio de 2010 e que foi direcionada as grupos de pescadores e entidades afins dos municípios de Arraial do Cabo, Cabo Frio e Armação dos Búzios no litoral do Estado do Rio de Janeiro.

A atividade foi financiada pela empresa petrolífera Statoil e executada pela SOMA e ABDL.


Para acessar o artigo em sua integra clique aqui: ABDL

sexta-feira, 18 de junho de 2010


Lixo ao mar

Urca - Rio de Janeiro, abril de 2010
por Mauricio Düppré

Pescadores retiram mais de três toneladas de lixo do Guaíba


Por um Guaíba mais limpo

Reunidos em mais de 40 barcos, pescadores concluíram dia 10 de junho um mutirão de limpeza no Guaíba, na Capital. Ao longo de dois dias, o grupo recolheu das águas três toneladas de lixo depositado indevidamente pela população.

A montanha de resíduos foi colocada junto à Usina do Gasômetro para destacar o volume e abrir simbolicamente a Semana Estadual do Meio Ambiente, e depois recolhida por caminhões do DMLU.

Iniciativa da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Colônia de pescadores Z-5, Clube Veleiros do Sul e Proa, o projeto pescando Lixo, Salvando Rios é realizada pelo terceiro ano consecutivo. Em 2010, a semana tem como tema Plante Árvores, Cultive Vidas.

No ano passado, a quantidade de lixo retirada das águas foi maior: 40 toneladas. Neste ano, sofás, pneus e até capacetes de motociclistas foram achados às margens das ilhas do Guaíba. A Sema está finalizando um projeto de lei que deve ser encaminhado à Assembleia propondo a limpeza do Guaíba entre os meses de novembro e janeiro. Pelo trabalho, os pescadores cadastrados receberiam cestas básicas e diesel para as embarcações. O grupo já recebe seguro-desemprego do governo federal.


Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 17 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cabo Frio: Prefeitura divulga suas ações em junho


por Maria Werneck

O Departamento de Pesca e Aquicultura de Cabo Frio, através da Coordenadoria-Geral da Indústria, Comércio, Trabalho e Pesca, convida para o III Encontro de Pesquisa Aplicada em Pesca e Aqüicultura, que será realizado no campus Cabo Frio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF), no dia 17 de junho, quinta-feira, às 14h.

O evento será composto de palestras sobre pesca, educação e meio ambiente, e terá a presença dos representantes das entidades de pesca da região, autoridades municipais e empresas municipais.

Na ocasião, o Diretor do Departamento de Pesca e Aquicultura, Félix Valentim, fará palestra às 15h, com o tema “Procura-se comprador de sardinha”. Às 14h, o Assessor para Assuntos da Lagoa de Araruama, Mureb de Azevedo de Mureb, fará palestra com a temática: “Ações da Secretaria de Meio Ambiente na Lagoa de Araruama”.

Para confirmar a presença ao evento é necessário, preferencialmente, enviar um e-mail para o seguinte endereço: bernardomarcussi@yahoo.com.br. Ou através dos telefones (22) 2629-9792, 2629-9077 e 2629-9344, com Geovana ou Izabel.

Outra ação do Departamento de Pesca é a realização no município da Plataforma Educativa Repsol, carreta adaptada para atividades voltadas aos pescadores de Cabo Frio, com capacidade para 30 lugares, que ficará em frente à Subprefeitura de Tamoios, no bairro de Santo Antônio. No dia 16 de junho, quarta-feira, às 10h, o Comandante André Silva, da Capitania dos Portos, fará palestra sobre os passos de como regularizar das embarcações junto à Marinha e ao Ministério da Pesca. Já a regularização das embarcações junto à Marinha será realizada nos dias 22, 23, 29 e 30 de junho, próximas terças e quartas-feiras.

No dia 19 de junho, sábado, a Universidade Veiga de Almeida (UVA) vai realizar medição de pressão arterial e avaliação de diabetes, das 10h às 16h. No dia 21 de junho, próxima segunda-feira, Félix Valentim falará, às 14h, sobre piscicultura e no dia 24 de junho, quinta-feira, também às 14h, Mureb de Azevedo de Mureb, falará sobre meio ambiente.

No dia 22 de junho, às 13h, o Diretor do Departamento de Pesca representará o município de Cabo Frio, na Câmara Municipal de São Pedro da Aldeia, durante a reunião para ordenamento da pesca na Lagoa de Araruama com os municípios que integram a área do Consórcio Lagos São João, que são: Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação de Búzios e Silva Jardim, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacú, Casemiro de Abreu, Rio das Ostras e Maricá. Na ocasião, o representante do Rio de Janeiro da Superintendência do Ministério da Pesca, Jaime Tavares, estará na reunião.

Além dessas ações, a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ) vai inaugurar uma sala na Coordenadoria-Geral da Indústria, Comércio, Trabalho e Pesca no dia 2 de julho, com visita do Governador Sérgio Cabral, para estreitar os laços já existentes entre o município e o estado no que diz respeito à pesca.

Através de um concurso para 3 bolsas no valor de R$ 1.300 mensais, a FIPERJ realizou uma avaliação para coletores de pesca, a fim de produzir relatórios periódicos sobre a situação dos pontos de desembarque pesqueiro no município de Cabo Frio. A partir da inauguração dessa sala, os três alunos selecionados, do curso de Tecnologia em Produção Pesqueira da Universidade Estácio de Sá, começarão o trabalho de acordo com o Plano Nacional de Monitoramento Pesqueiro para consolidação da Estatística Pesqueira e Aquícola Nacional, medindo não apenas a pesca industrial.

O campus Cabo Frio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF) fica na Estrada Cabo Frio – Búzios, Km 7, s/n°, antigo Centrinho. Os telefones do IFF são: (22) 2629-9792, 2629-9077 e 2629-9344.

Fonte: Prefeitura Municipal de Cabo Frio

terça-feira, 15 de junho de 2010

Revista CEPSUL


Acaba de ser publicada a Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha.

No link abaixo o acesso ao seu conteúdo, artigos

Revista CEPSUL


Abaixo o resumo do artigo Pesca no Brasil e seus aspectos institucionais - um registro para o futuro de José Dias Neto.

RESUMO: O trabalho apresenta uma rápida discussão sobre a situação de crise da pesca no Brasil e no mundo. Aborda três fases institucionais da pesca nacional e os seus reflexos sobre o uso de alguns recursos pesqueiros. São relatados aspectos políticos da criação do Ministério da Pesca e Aquicultura e do novo momento de euforia do setor. Por fim, são feitas ponderações sobre as dificuldades que serão enfrentadas pela gestão pesqueira nacional e sobre os riscos negativos para o meio ambiente e para a sustentabilidade do uso dos recursos que suportam as principais pescarias no país.

Vale a pena ler o artigo de opinião, veja abaixo uma das considerações finais do autor:

"Uma possibilidade é de o MPA, na tentativa de viabilizar as metas inatingíveis e continuar agradando os políticos e os representantes das entidades de classe do setor, promova um regime de terra arrasada, semeando a insustentabilidade, em larga escala, na pesca e aquicultura desse país, cabendo ao MMA continuar batalhando para qualificar os debates e evitar maiores danos, acirrando, dessa forma, o “cabo de guerra” institucional."

segunda-feira, 14 de junho de 2010

MPA - Resultado "Kit-despolpadeira"


Na última sexta-feira o MPA divulgou o resultado das entidades privadas, sem fins lucrativos interessadas em participar do programa de inclusão do pescado na alimentação escolar. 


Ata da Comissão de Seleção do Edital Público n. º 03/2010

Das 76 propostas, 70 foram inabilitadas, e 6 habilitadas e classificadas para receber o "Kit -despolpadeira" .
A maioria das justificativas para o corte das outras 70 entidades foi a falta de registro de inspeção sanitária (SIM, SIE e SIF), além da idade da entidade (menos que 1 ano), da insuficiência de matéria-prima (pescado), terreno da entidade e ,como no caso de colônias e associações de pescadores, o fato de conter o pagamento de pró-labore em seu estatutos.

Na Bahia, 5 entidades se inscreveram, nenhuma foi habilitada.

No Espírito Santo, 3 entidades se inscreveram, inclusive a Colônia Z-10 de Itapemirim, mas apenas 1 entidade de piscicultura foi habilitada.

No Rio de Janeiro, 1 Cooperativa de Saquarema se inscreveu, mas não foi habilitada pela idade.

No estado de São Paulo, 3 entidades se inscreveram, todas associações de produtores rurais, mas nenhuma se habilitou.
Todas as 6 entidades habilitadas são todas associações e cooperativas de produtores rurais / piscicultores.

Ou seja, nenhuma entidade de pesca e consequentemente pescador foi beneficiado pelo presente edital.

Este caso acima é mais um exemplo e constitui-se no desafio atual para as entidades de pesca do Brasil na busca de adequação estatutária e estrutural para terem aceso a muitos dos editais. 

Neste caso especifico, já querer da entidade algum registro de inspeção dificultou ainda mais o acesso ao benefício.

sábado, 12 de junho de 2010

Aquarios: Okinawa Churaumi - Kuroshio Sea

O segundo maior aquário do mundo, com 35 x  27 x 20, o "mar" de Kuroshio em Okinawa no Japão comporta 7500 metros cúbicos de água do mar que são captadas a 300 metros da costa. Sua janela de observação é a maior que existe, com 8,25 metros de altura e 22,5 metros de largura e nada menos do que 60 centímetros de espessura composto por 7 placas de acrílico. Destaque para os tubarões e arraias, inclusive tubarões baleias.



Fonte: Youtube e Wikipedia

sexta-feira, 11 de junho de 2010

MPA - R$ 1 bilhão para reforma de embarcações

O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) está disponibilizando R$ 1 bilhão em financiamentos, no âmbito do programa Revitaliza, para reforma de embarcações das frotas pesqueiras artesanais de camarão sete barbas, lagosta, pargo, atum e polvo. Na primeira etapa do programa, poderão ser contemplados com financiamentos cerca de 10 mil proprietários de barcos.

Os empréstimos poderão variar de acordo com a necessidade de reforma de cada embarcação, sendo no mínimo R$ 10 mil até R$ 130 mil com juros de 2% ao ano e carência de três anos para início dos pagamentos. Para obter os recursos, que serão repassados pelos bancos oficiais do governo, os pescadores precisam ser cadastrados no Pronaf e cumprir algumas exigências do MPA.

O primeiro documento que os interessados nos empréstimos deverão requerer é a Declaração de Aptidão (DAP) que reconhece o pescador como produtor familiar. Essa declaração poderá ser concedida pelas Superintendências Estaduais do MPA ou por órgãos de extensão pesqueira e federações de pescadores, desde que tenham parceria com o Ministério.

Após obter essa declaração, o tomador do empréstimo deverá solicitar uma carta de anuência que será expedida exclusivamente pelas Superintendências. Essas cartas servirão para restringir a reforma às características do barco e evitar ampliação de sua capacidade de pesca, além de determinar os limites para desenvolvimento dos projetos posteriormente.

Esses limites serão impostos para evitar o aumento do esforço de pesca sobre as espécies capturadas por essas frotas. As reformas dos barcos servirão apenas para dar melhores condições de trabalho aos pescadores artesanais, mas não proporcionarão aumento das quantidades pescadas.

Os financiamentos, com recursos do Pronaf Mais Alimentos, serão concedidos pelo Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste do Brasil. Os primeiros contratos de financiamento serão assinados pelos representantes das instituições financeiras e o ministro da Pesca e Aquicultura numa solenidade em Recife, durante as comemorações do Dia do Pescador, no dia 29 deste mês.

Fonte: MPA

Aviso aos navegantes - condições de tempo e mar


METEOROMARINHA REFERENTE A ANÁLISE DE 0000 - 11/JUN/2010


PARTE UM - AVISOS DE MAU TEMPO

AVISO NR 360/2010

AVISO DE VENTO FORTE/MUITO FORTE

EMITIDO ÀS 1500 - QUI - 10/JUN/2010
ÁREA SUL OCEÂNICA ENTRE 038W E 030W E AO SUL DE 25S A PARTIR DE 121200.
VENTO SW/SE FORÇA 7/8 COM RAJADAS.
VÁLIDO ATÉ 130000.

AVISO NR 361/2010

AVISO DE VENTO FORTE/MUITO FORTE

EMITIDO ÀS 1500 - QUI - 10/JUN/2010
ÁREA SUL OCEÂNICA A LESTE DE 030W E AO SUL DE 30S A PARTIR DE 120900.
VENTO SE/E FORÇA 7/8 COM RAJADAS.
VÁLIDO ATÉ 130300.

AVISO NR 362/2010

AVISO DE MAR MUITO GROSSO/ALTO

EMITIDO ÀS 1500 - QUI - 10/JUN/2010
ÁREA SUL OCEÂNICA A OESTE DE 030W E SUL DE 25S A PARTIR DE 120600.
ONDAS DE SW/SE 4.0/5.0 PASSANDO 6.5/7.5.
VÁLIDO ATÉ 130000.

AVISO NR 363/2010

AVISO DE MAR MUITO GROSSO/ALTO

EMITIDO ÀS 1500 - QUI - 10/JUN/2010
ÁREA SUL OCEÂNICA A LESTE DE 030W E SUL DE 28S A PARTIR DE 121200.
ONDAS DE SW/SE 4.0/6.0 PASSANDO 6.0/7.0.
VÁLIDO ATÉ 130000.


Biodiesel de pescado



Abaixo coletamos informações baseadas no artigo Biodiesel Aquicola, que aqui denominamos como Biodiesel de Pescado pois este processo não precisa se limitar a aproveitar sobras de pescado oriundos da aquicultura. Muito dos peixes produzidos pela pesca tem suas sobras provenientes da evisceração e outros métodos de beneficiamento dispostos de forma inadequada. 

A matéria abaixo mostra mais uma fonte de aproveitamento deste resíduo e mais uma vez apresenta que além de se estar poluindo o ambiente com as sobras de pescado está se jogando dinheiro no lixo e não aproveitando uma potencial alternativa de geração de renda, emprego e no caso do Biodiesel do Pescado, de energia.

Biodiesel de Pescado

Tecnologias atuais permitem que os resíduos, restos, escórias, amparas e outras sobras de processamento de pescado sejam usados como excelentes matérias primas para produção de Biodiesel Aquícola e outros tipos de biocombustíveis.

O uso de gordura animal para produção de biodiesel não é uma tecnologia nova, entretanto a capacidade de adaptação desta tecnologia para produir o Biodiesel tem recentemente atraído o interesse da indústria de produção de pescados.

A controvérsia da produção de alimentos versus combustíveis ou seja a competição de produtos agrícolas para produzir bioenergia está se tornando bastante significativa e será ainda mais nos próximos anos. Tanto nos USA como em várias partes do mundo há uma corrida para achar matéria prima para biocombustíveis que não competem com a produção de alimento.

Após o óleo de peixe ser extraído, a partir dos resíduos de processamento do pescado, o mesmo passa por um processo químico chamado de transesterificação com o uso de um catalizador (normalmente soda potássica ou cáustica) e adição de um álcool (metanol ou etanol), o biodiesel é produzido.

Dez litros de óleo de peixe + um litro de álcool produzem cerca de 10 litros de Biodiesel de Pescado e 1 litro de glicerina. Dependendo do conteúdo de óleo nos resíduos aquícolas, é possível produzir até meio litro de biodiesel para cada kg de resíduos de pescados.

Fonte: Portal PA

quinta-feira, 10 de junho de 2010

PE - Projeto Cação de Escamas


O projeto "Cação de Escama", nome popular do bijupirá, é a primeira iniciativa a atender pescadores artesanais no Nordeste em piscicultura em gaiolas. O projeto Piloto, que beneficiará as colônias Z-1, no Pina, Z-25, em Piedade, e a Associação dos Pescadores de Barra de Jangada, A-13, receberá investimentos da ordem de R$ 2,2 milhões e contemplará cerca de 120 pescadores.

No projeto piloto, quatro gaiolas serão instaladas em alto-mar a uma profundidade de seis metros, a cerca de oito quilômetros em linha reta da costa do Recife, em frente à praia de Boa Viagem. Cada compartimento terá capacidade de 1,2 mil metros cúbicos e a estimativa de produção é 10 quilos/metro cúbico.

O projeto é coordenado pelo Departamento de Pesca e Aquicultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE e tem como parceiros o Ministério da pesca e Aquicultura - MPA, que financia boa parte do recurso, o SEBRAE, o Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA e empresas privadas. 

De acordo com o engenheiro de pesca e extensionista rural do IPA, Gilvan Paes de Lira Júnior,  o cultivo de espécies como o bijupirá tem a capacidade de elevar a oferta do pescado no mercado, reduzindo os preços e inviabilizando sua captura. 

As unidades, adquiridas no Chile, já estão em fase de montagem no Armazém 15, do Porto do Recife. “Uma das maiores vantagens do bijupirá é ser uma espécie nativa da costa nordestina de rápido crescimento, alcançando cinco quilos após um ano de cultivo”, acrescentou

Ele disse que o cultivo de peixes marinhos proporcionará uma excelente opção de renda para as comunidades pesqueiras que poderão, a partir daí, conciliar a maricultura com a pesca, melhorando desta forma sua qualidade de vida. As expectativas são de que, em breve, ocorra o povoamento das gaiolas com os alevinos de bijupirá.

Fonte: IPA e Agência SEBRAE

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Macaé: Tubarão-branco: 920kg - ~5 metros

As fotos do "monstro do mar" estampam o novo quadro de informações na entrada da Colonia de Pescadores Z-03 de Macaé - RJ, um enorme tubarão-branco capturado tempos atrás por uma embarcação local.

Segundo Marcelo e Genaldo, diretores da Colônia Z-3, o imenso tubarão-branco foi capturado inesperadamente na pesca de mijuada, espécie de rede de emalhar fixa muito utilizada pelas embarcações de pesca da região, como é o caso do Sandraque de propriedade do Sr. Manuel Gonçalves Santos. O Mestre Alcimar, conhecido como Masqué, e seus 3 tripulantes se surpreenderam ao avistar o peixe de 920kg e aproximadamente 5 metros de comprimento enroscado na rede.


Para retirá-lo de bordo, foi necessário a ajuda de um guincho improvisado. O tubarão-branco rendeu cerca de 780kg de carne comercializada no mercado local.




O tubarão-branco (Carcharodon carcharias) é o maior peixe predador na atualidade e pode atingir até 7,5 metros de comprimento e pesar até 2,5 toneladas. É muito raro o registro desta espécie na costa norte fluminense.

Fonte: Colônia de Pescadores Z-03.
Foto: Manuel Gonçalves Santos 


terça-feira, 8 de junho de 2010

EUA - Golfo do México - pescadores aguardam no cais


Normalmente, nesta época do ano Éric compraria 30 toneladas de marisco por dia dos barcos pesqueiros locais, porém nesta temporada. Porém desde o mês passado, a unidade de beneficiamento que a família possui a gerações tem andado bem sossegada, tendo dias em que as compras chegam a zero.

"Conseguirmos ir até à Lua e voltar já quantas vezes?", pergunta, ao ver uma vídeo-reportagem de petróleo a jorrar do derrame subaquático. "E não conseguimos tapar uma porcaria de um poço!"

Uma grande porção do mar e da costa estão fechados para a pesca devido ao vazamento de petróleo que se iniciou dia 20 de abril. A produção de ostras, siris e peixes de um modo geral chega a metade da produção normal registrada para esta época. Os camarões a apenas 25% do normal. As exceções são o atum e o pargo que são capturados mais afastados da costa.

A captura de camarão declinou em 75%. 
(Foto: Chris Bickford - the New York Times)

Nos Estados Unidos ainda não se sente ainda uma significativa falta de pescado, pois cerca de 80% do pescado consumido no país é importado. O estado da Lousiana, o mais atingido pelo desastre é responsável por 2% do pescado consumido no país, segundo o National Fisheries Institute.

Mas a mancha negra está a causar o caos nesta região que representa cerca de 30% da indústria de pescado americana e que rende aos cofres estaduais cerca de 2,4 bilhões de dólares por ano.

Do setor dependem diretamente 27 mil postos de trabalho.

Até o momento, técnicos ambientais de Lousiana ainda não detectaram nenhuma evidencia de que o petróleo causou a contaminação a algum fruto do mar. Mas a interrupção preventiva dos cultivos de ostra, viveiros de camarão e criadouros dos caranguejos em locais onde se encontrou petróleo tem tornado ociosa a vida de milhares de pescadores.

A BP contratou tantos barcos de pesca para apoiar as operações de limpeza que até nas áreas abertas para a pesca a atividade não tem sido tão intensiva quanto se esperava.

As imagens de mancha de óleo no mar e seu aglomerado ao longo de 12 mil quilômetros de costa do estado tem causado pesadelo nas relações públicas a indústria de pesca da Lousiana.

Alguns compradores partem do princípio que os produtos em oferta estão contaminados com óleo e simplesmente se recusam a comprar qualquer pescado que esteja associado a Lousiana ou Golfo do México, revela um atacadista de pescado.

"A imagem do produto está manchada" diz um executivo de uma empresa de pescado da região.

Algumas empresas de beneficiamento de pescado dizem no entanto que o maior impedimento a atividade não é o petróleo e sim a falta de pescadores para atuarem nas áreas ainda abertas a pesca.

"Estamos a funcionar a 10-20% de nossa capacidade de captura" diz o dono de uma empresa que costuma criar e beneficiar ostras na região e que segundo ele apesar do estado não ter encontrado provas de que as ostras tenham sido contaminadas, não consegue encontrar quem lhe recolha dada a grande quantidade de embarcações que foram alugadas pelas empresas petrolíferas.

Entretanto, a mancha de petróleo e os dispersantes estão a aproximar-se dos viveiros de ostras e muitas empresas temem que a poluição seja empurrada para o interior pelas tempestades tropicais, matando as larvas de que a produção do próximo ano depende. Como 4% a 10% das ostras consumidas nos Estados Unidos vêm do Luisiana, as faltas são inevitáveis se os encerramentos continuarem, dizem os produtores de ostras.

Um aspecto vantajoso para os produtores de marisco é o fato de que a escassez fez subir os preços. O camarão cinza pequeno, por exemplo, triplicou de preço no último ano. O preço das ostras também subiu em certos lotes nas últimas semanas, subindo mais de 20% em outros locais.

Ainda assim, muitos produtores dizem que devido à constante alteração dos planos para fechar determinadas áreas de pesca e captura, não compensa investir em mão-de-obra e combustível para ir ao camarão, que pode ter fugido da área, ou recolher ostras que podem ter sido contaminadas.

Em vez disso, muitos pescadores aceitaram o cheque de 5.000 dólares da BP (um depósito inicial que a petrolífera pagou voluntariamente como compensação por danos futuros) e aguardam no cais o que vai acontecer.

Os que se dedicam sobretudo ao atum ou ao pargo ainda estão a fazer grandes capturas , muito além das manchas de petróleo, mas estão com grandes dificuldades em convencer os compradores de que o pescado está limpo.

Só 6 das 10 embarcações saem para o mar, diz, mas "as que saem voltam abarrotadas", diz Maginnis, diretor de uma empresa de atuns.

Apesar da grande quantidade de peixe no mar, muitos capitães não conseguem formar equipagens. "Estão a receber dinheiro da BP para não trabalharem", sublinha.

Chris Bickford (The New York Times)

O maior impacto do vazamento foi sentido por quem captura e beneficia camarão. Bo Thibodeaux, de 43 anos, capitão de uma embarcação de arrasto de camarão, de Dulac, saiu numa pequena embarcação com o filho Evan, de 17 anos. Diz que, desde que se deu o derrame, saiu duas vezes com o seu barco de 43 pés, o Bull's Prize, mas que não conseguiu apanhar camarão em quantidade suficiente para compensar o combustível.

"Vamos tentar apanhar o pouco que sobrar" diz, enquanto apronta o barco e o filho calça as galochas de borracha branca. Diz que antigamente conseguia apanhar, nesta altura do ano, cinco a sete toneladas de camarão.

Agora, as redes apanham sobretudo água, porque as áreas de pesca de camarão que ele explora estão fechadas.

"Maio é a época do ano em que ganhamos dinheiro", declara. "Não sei o que fazer. Acho que vou à procura de emprego."

Fonte: The New York Times

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Amanhã : 8 de Junho Dia Mundial dos Oceanos

O Dia Mundial dos Oceanos (em inglês: World Ocean Day) começou a ser comemorado em 8 de junho de 1992 durante a Rio-92.

O Dia Mundial dos Oceanos tem a finalidade de, a cada ano, fazer um tributo aos oceanos e seus recursos naturais.

Abaixo vídeo convocando a todos ao redor do mundo, principalmente os que fazem alguma atividade no mar, como os velejadores, remadores, mergulhadores, e por que não os pescadores para durante algumas horas coletar lixo do mar, principalmente plástico. Interessante iniciativa que ocorreu neste final de semana, mas que poderíamos praticá-la em nossas comunidades com maior frequência. 


domingo, 6 de junho de 2010

sábado, 5 de junho de 2010

5 de Junho - Dia Mundial do Meio Ambiente

  
Pensando nisso e no oceano, publico abaixo fragmentos do texto introdutório de minha tese de mestrado que fala sobre os oceanos, sua imensidão e por conta disso o pensamento equivocado que reinou até o século passado, que infelizmente ainda é praticado por muitos de que o oceano era fonte inesgotável de riquezas, além de sua importância e sobre sua poluição e causas (fontes).

Interessante notar que 77% da poluição é proveniente das atividade realizadas em terra, no interior e litoral.

O meio ambiente marinho é um componente essencial do sistema que possibilita a existência de vida sobre a Terra, além de ser fonte de riqueza que oferece possibilidades para um desenvolvimento sustentável (ONU, 1992).

O oceano é de vital importância pela sua grande influência reguladora nas características climáticas e atmosféricas da Terra e têm papel essencial nos ciclos minerais.

O oceano cobre aproximadamente 361 milhões de quilômetros quadrados ou 71% da superfície da terra e contém, de longe, a maior parte da água do planeta (CMIO, 1999).

Do total de água disponível, 97% compõem o oceano.


Fonte
%
Oceano
97
Gelo em terra
1,9
Água subterrânea
0,5
Rios e lagos
0,02
Água na atmosfera
0,001

Tradicionalmente considerado como fonte segura de riqueza, oportunidade e abundância, a vastidão do espaço oceânico arrastou consigo a sugestão de que existiria pouco ou nenhum limite a seu uso. O conhecimento crescente sobre este ambiente mudou profundamente essa percepção. Conduziu a um reconhecimento cada vez maior não só da importância dos oceanos para o progresso social e econômico como também de sua vulnerabilidade (CMIO, 1999).

Durante séculos, o emprego dos mares e respectivos recursos foram guiados pelo pressuposto de que seria possível acomodar todos os usos. Os estoques pesqueiros eram abundantes, a navegação não tinha limitações, os resíduos lançados no mar apenas criavam dificuldades locais temporárias. 

Com essa percepção errada, a saúde dos oceanos deteriorou-se rapidamente, reveladas através de mudanças na qualidade da água, diminuição na produtividade pesqueira, entre outros indicativos que comprovam o impacto da ação antropogênica no ambiente marinho.

Fontes de poluição marinha:

Fonte de Poluição
Contribuição (%)
Produção off-shore
1
Transportes marítimos
12
Despejos no mar
10
 Total fontes no oceano
23 %
Escoamentos e descargas terrestres
44
Descarga para Atmosfera
33
Total fontes terrestres
77%
Fonte: CMIO - Comissão Mundial Independente Sobre os Oceanos.

Com o passar do tempo, mais precisamente em meados do século passado, foram criadas e desenvolvimento regulamentações sobre a poluição dos oceanos o que acarretou no surgimento de leis internacionais e nacionais mais rigorosas que procuram assegurar a não poluição dos mares pelas atividades humanas através de medidas que mitiguem e proporcionem maior controle... estas leis e normas podemos falar aqui em outras oportunidades, mas antes disso vale a reflexão que independente de leis temos que fazer nossa parte!


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Lagosta - Apreensão de redes caçoeiras no Ceará



Treze pescadores foram presos na Operação Impacto Profundo III, em Acaraú, na manhã desta quinta-feira, 3. O Ibama apreendeu ainda dois barcos com 800 quilos de lagosta e mais de 100 mil metros de rede caçoeira, que é proibida para a pesca.

Segundo o Ibama, os barcos não tinham autorização. Uma das embarcações já havia sido apreendida ano passado. Os pescadores e proprietários serão multados.

Os pescadores estão detidos na Delegacia Regional de Acaraú e podem pegar de um a três anos de detenção. A operação contou com a participação de fiscais do Ibama de Brasília, Rio Grande do Norte, Paraíba e outros estados.


Fonte: O POVO Online

SC - Primeiro Lance Pesca da Tainha

Pescadores capturam primeiro grande lanço de tainha em Florianópolis este ano
Foram pescados 1,5 mil quilos na praia do Pântano do Sul


Os grandes lanços de tainha esperados desde a metade do mês de maio estão demorando para chegar a Santa Catarina. A primeira grande pesca em Florianópolis foi registrada nesta quinta-feira, na praia do Pântano do Sul. Cerca de 700 tainha — mais de 1,5 mil quilos — foram pescados.

— Foi um lanço fácil porque o peixe é manso e pula pouco. Mas ainda estamos esperando mais tainhas. Esse foi o primeiro lanço de muitos neste ano — afirma o pescador Sérgio Ricardo Vieira.

Para manter a tradição do primeiro lanço, as tainhas foram distribuídas para pescadores da comunidade.

Pesca liberada

A liberação da temporada da pesca da tainha em Santa Catarina começou oficialmente no dia 15 de maio.

A demora da tainha pode estar relacionada ao clima. Tradicionalmente, elas chegam ao litoral quando começa o frio e torna-se comum os cardumes migrarem do Rio Grande do Sul em busca de águas quentes para desovar.

Em 2009, cerca de 3,3 toneladas de tainha foram capturadas em Santa Catarina. Foi a quarta melhor safra nos últimos 10 anos.

Fonte: DIARIO.COM.BR E RBS TV

ONU - Impactos Ambientais do Consumo e Produção no Mundo


Segundo estudo da ONU, uma das saídas estaria em uma mudança radical da dieta da população mundial

O uso de combustíveis fósseis e a agricultura são as atividades que causam maior impacto ambiental no mundo todo, segundo um estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Os próprios autores de "Impactos ambientais do consumo e produção: produtos e materiais prioritários" reconheceram que as conclusões do relatório são controversas e que eles mesmos ficaram surpresos com os resultados.

No entanto, asseguraram que os dados são irrefutáveis. "Fiquei surpreso. Mas quando se contempla a situação geral e se observa a fertilização excessiva, a mudança do uso da terra e da utilização de água se percebe facilmente que o impacto da agricultura é, na verdade, muito grande", afirmou o professor Edgar Hertwich, da Universidade da Noruega de Ciência e Tecnologia e principal autor da pesquisa.

O estudo foi preparado por 27 especialistas que constituem o Grupo Internacional para a Gestão Sustentável de Recursos e estabelece categorias sobre os produtos, materiais e atividades econômicas e sociais de acordo com seu impacto ambiental e sobre os recursos naturais.

Segundo os especialistas, os pontos prioritários para reduzir a pressão sobre o meio ambiente são a mudança climática, as remodelações de habitat, o desperdício de nitrogênio e fósforo, a exploração excessiva dos recursos pesqueiros e florestais, as espécies invasivas, a água potável entre outros.

Mas a parte mais controvertida do relatório está nas prioridades para mudar a situação atual. Para os pesquisadores, a humanidade tem que mudar radicalmente três aspectos: a forma como produz bens agrícolas, a utilização de combustíveis fósseis e a produção de materiais, especialmente plásticos, ferro, aço e alumínio.

No capítulo agrícola, eles consideram especialmente preocupante a produção de animais que são alimentados com mais da metade de todos as plantações mundiais. A produção agrícola representa 70% do consumo de água doce e 38% do uso total do território. A produção de alimentos é responsável por 19% das emissões mundiais de gases do efeito estufa, 60% da contaminação com fósforo e nitrogênio e 30% da contaminação tóxica na Europa.

Mudanças necessárias na alimentação

Sangwon Suh, outro dos autores do estudo e professor da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (EUA), ressaltou que o consumo de derivados de carnes está se transformando em um dos principais problemas ambientais da nossa civilização e advertiu que o relatório não analisa impactos futuros. "A população mundial está aumentando e cada vez está consumindo mais carne por pessoa. E isso é algo que não colocamos no relatório, mas que em 2050 terá implicações ambientais maiores ainda", disse Suh.

O cientista americano assinalou que, por exemplo, o consumo per capita de carne na China aumentou 42% entre 1995 e 2003. "E previsões recentes assinalam que nos próximos anos o consumo aumentará outros 30%. Na China se consomem 70 quilos de carne por pessoa ao ano. Nos Estados Unidos o número vai para 120 quilos, por isso que há muito espaço para que o consumo aumente em Pequim", explicou.

Embora os autores do relatório ressaltem que são os legisladores que têm que estudar os dados e colocar as soluções adequadas, disseram que esse problema tem que ser respondido com mudanças na gestão de recursos e dietas mais equilibradas.

"Um dos estudos assinala que há uma quantidade substancial de alimentos que são desperdiçados. E comer carne bovina tem um impacto mais elevado que consumir alternativas. Por exemplo, os frangos têm um impacto mais reduzido que as cabeças de gado", explicou Hertwich.

Outro dos problemas apontados são os "subsídios enormes" que os agricultores recebem para produzir seus alimentos, o que também provoca o desperdício de recursos. Por isso o relatório assinala que "uma redução substancial dos impactos só será possível com uma mudança substancial da dieta mundial que se afaste dos produtos animais".

Fonte: IG e EFE

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