Cerca de mil pessoas assistiram ao desfile de dezenas de barcos que desatracaram do porto de Bragança, durante a maré cheia. As embarcações ficaram dando voltas em frente à cidade por duas horas, tempo suficiente para que fossem saindo em direção ao oceano, onde a partir da meia-noite a captura do pescado voltou a ser liberada. O defeso é aplicado durante o período de reprodução da espécie para garantir a preservação da fauna aquática.
Ao todo, 120 embarcações seguiram viagem, sendo 70 do porto de Bacuriteua, polo pesqueiro localizado a 10 quilômetros do Centro, e 50 que estavam atracadas na orla da cidade. A previsão é de que cada barco retorne trazendo 7 mil quilos de pargo, após 22 dias de viagem. O empresário Jessé da Cunha se diz otimista em relação à primeira viagem após o defeso. “Todos os anos, a primeira viagem após o defeso é muito gratificante. Sempre o mar está para peixe e os pescadores também vão muito entusiasmados, após quatro meses e meio de ausência no mar”, disse.
DESABAFO
Enquanto preparava os últimos detalhes para a viagem, o pescador José Macedo de Assis revelou que estava muito emocionado ao assistir o movimento na orla do Caeté. Para ele, o momento representou a retomada de um cotidiano produtivo. “Tenho 52 anos e trabalho no mar desde os 18. É difícil conseguir algum trabalho durante o pouco período que passamos em terra. E como este ano, não recebemos o apoio do Governo Federal, foi um período muito difícil. Essa manifestação também representa nossa indignação pelo desprezo do Governo Federal em relação aos pescadores”, desabafou.
DEFESO
O defeso é aplicado durante o período de reprodução da espécie para garantir a preservação da fauna aquática.
Fonte: Diário do Pará
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